quinta-feira, 22 de novembro de 2007

ESCOLHAS


Nascemos, pequenos, nús, sem dinheiro, sem saber por que ou para quê. Somos literalmente jogados na vida sem lenço e documento, com apenas uma certeza; que da mesma maneira louca que viemos ao mundo podemos ir embora, sem data ou hora, nós e todos ao nosso redor, sem privilégio aparente algum. E o que fazer com esse tempo? Simples... a gente escolhe. A gente escolhe amar, a gente escolhe ser feliz, a gente escolhe reclamar, a gente escolhe dizer não, a gente escolhe dizer sim.... a gente escolhe dizer que não teve escolha, a gente escolhe aprender a viver uma vida que a gente não escolheu ter, mas principalmente a gente escolhe mudar os fatos que não nos deram escolha. A gente escolhe a cada segundo, desde a hora de levantar da cama e até a hora de dormir, inclusive dormir e quanto dormir... não existe desculpa para as "não" escolhas, porque a não escolha já é uma escolha, até o Ateu escolheu não acreditar em nada e acredita que nada acredita! A gente escolhe deixar alguém entrar em nossa vida, assim como, a gente escolhe deixar esse alguém ir embora, e quem sabe ficar se lamentando pelo resto da vida pela escolha de não fazer nada além de se lamentar; tudo isso, porque a gente escolhe mostrar a real importância do outro para nós, ou não. A gente escolhe brigar, a gente escolhe fazer as pazes, a gente escolhe sorrir, a gente escolhe criticar, a gente escolhe elogiar, fazer diferente, ter resultados diferentes. A gente escolhe o "timming" das coisas, assim como a gente escolhe acreditar que não era o "timming", mesmo sabendo que nunca vai existir o momento certo, ou situação ideal, isso é a utopia, que a gente escolhe e defende veementemente em acreditar! A gente escolhe se enganar, se enganar, se enganar, e se enganar até acreditar que não se enganou! Não existe homem perfeito, mulher perfeita, família perfeita, amigos perfeitos, emprego perfeito, cabelo perfeito, corpo perfeito, até porque você também escolhe o que é perfeito e o barato da vida está justamente aí, na imperfeição, nas diferenças, nas escolhas que podemos fazer para mudar a chuva de acontecimentos, fatos e sentimentos que desmoronam em nosso caminho... cabe escolher pular, agarrar, jogar, se jogar, conquistar, se dedicar, invadir, repelir, expulsar, exorcizar, viciar, gozar, derramar, reclamar, chorar, sentir, engolir, comer, resistir, fugir, rir, continuar e até cansar!! Cabe qualquer coisa que pareça ser certa para nós que faça valer o detalhe mais importante de nossa lápide, o hífen entre a data que nascemos e o dia que formos embora!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Um tímido manifesto que deu certo....

Há poucos dias escrevi sobre a amargura feminina após assistir o filme “El pasado” do renomado cineasta argentino Hector Babenco. Muito me surpreendi com o manifesto positivo a meu tímido manifesto contra a amargura feminina. O texto foi encaminhado a poucas pessoas que repassaram a outras e outras. Sem maiores pretensões acabei recebendo inúmeros emails e comentários e percebi que havia ultrapassado e longe dos 5% necessário para se gerar uma massa crítica, que leva a uma mudança de cultura - o que muito me alegrou. Percebi os resultados nas mesas de bar, no papo com as amigas, nas manifestações masculinas e ainda tive direito a cultura geral em saber através de amiga de mãe que a amargura feminina é uma característica marcante e regional de países latinos... só não sei se isso me entristece ou me deixa feliz.

Essa receptividade me fez ver muitas coisas além de uma amargura, não mais tão amarga, mas cansada pelas mulheres e homens que clamam por doçura, simplicidade e leveza. Me fez ver como as pessoas estão carentes por comunicação, por verbalização de sentimentos; homens e mulheres que querem se comunicar, mas não se comunicam, por puro medo de se exporem a uma possível rejeição. Cada vez mais as pessoas usam da linguagem não dita, a comunicação virtual, “torpedal” que chega a ser até imoral para se expressarem. Hoje relacionamentos são terminados por torpedo, declarações são feitas pelo MSN e reclamações só por email. Podemos ainda colocar, ou melhor, criar na maior vitrine virtual do mundo, o Orkut, o mundinho cor-de-rosa, todo colorido e cheio de amigos de uma vida sobriamente cinza e solitária.

Na era da comunicação e da informação as pessoas perderam completamente a intimidade em se comunicar com intimidade e por conseqüência ficam carentes por respostas; mesmo tendo mais de 1 celular, smart fone, blackberry, GPS, estarem “plugadas” 24hs na internet... mesmo assim, ainda conseguem dizer: “não consegui encontrar meios para te dizer isso...”. Chega a ser ironia, não? As pessoas estão desaprendendo a se comunicar e ao mesmo tempo estão cada vez mais carentes por comunicação; da mesma forma que temem cada vez mais pela exposição e ao mesmo tempo estão 100% mais expostas e disponíveis.

Sábio era o meu pai que sempre me fazia lembrar que o “não” eu já tinha e que o máximo que eu podia conseguir era o “sim”. Confesso que já obtive vários “nãos” e às vezes me perco com tanta informação, tanta “falação” e tão pouca clara comunicação - principalmente de sentimentos. Porém, percebo hoje que me expor me gera essa pequena grande oportunidade capaz de transformar até uma folha branca em um universo de possibilidades. E, assim como meu pai, sábia também é a mãe que me faz lembrar que “tudo pode acontecer inclusive o nada”, mas o fato é que ao me expor coloco um pouco de mim em cada um de vocês e só por tudo isso faz valer a pena!

Obrigada pelo carinho.

domingo, 18 de novembro de 2007

Amargurada não sou....


O festival da amargura feminina já virou uma cultura, aqui alí em todo lugar! Pensei que era impressão minha e regional, mas percebi que essa situação é internacional e não do Rio de Janeiro, no meu ciclo de amigas. Parece que a amargura feminina virou uma sombra que ronda por aí em todos os lugares, mesas de bares, boites, festas, casamentos, viagens e brota como “pombo” – em bando.

Muito bem apresentada no filme “El Pasado”, do famoso cineasta argentino Hector Babenco, onde a amargura feminina é quase que o tema focal, retratando mulheres neuróticas, amargas e vaidosas, dentro da história de um ex casal. Uma mulher louca pela amargura e cega pela vaidade em recuperar um homem completamente apático e inexpressivo, mas que possui a incrível capacidade de atrair mulheres em sua maioria amarguradas, rejeitadas, traídas e abandonadas. Frases do tipo “Os relacionamentos não acabam, mas sim somos abandonadas”; são apresentadas no filme. Triste fiquei ao ver essa internacional amargura feminina desesperançosa e que de certa forma me fez até entender o exponencial crescimento da homossexualidade masculina, pois mediante tal neurose, amargura e chatice feminina até eu viraria homossexual se fosse homem! Socorro! Deus me deixa puxar a cordinha e descer desse ônibus desgovernado que é esse mundo contemporâneo e amargo. Não quero acreditar que faço parte desse mundo onde a doçura feminina foi trocada pelo tempero amargo e azedo disputando homens insossos!

Vale entender que muitas vezes estar solteira não é estar sozinha; que ter terminado um relacionamento não necessariamente é ter sido abandonada; que o não interesse comum acontece; que um pé na bunda é apenas um pé na bunda e você não se torna, maior, menor, melhor ou pior por isso; que a vida é feita de encontros e desencontros; que muitas histórias maravilhosas têm início, meio e fim com toda eternidade e perfeição enquanto durou; que as pessoas mudam todos os dias; que temos a incrível capacidade de dormir para que no dia seguinte um mundo inteiro de possibilidades possam surgir; que somos donos de nossa própria história; que somos inteiros mesmo sem ter cara metade; que somos mais felizes quando amando e amado, porém não infelizes quando só; que a vida é uma só e por isso devemos tratá-la e nos tratar muito bem; que tem mais mulher no mundo sim e que a homossexualidade cresce como uma epidemia, mas e daí? Que viva as diferenças! Que não precisamos ficar lindas, gostosas, bem resolvidas profissionalmente, financeiramente e emocionalmente para disputar a “sobra” de homens iguais, mal resolvidos, que fogem quando um problema acontece e imaturos, porque existem 99 outros dos 100 que você podia ter escolhido ou visto, mas não viu ou não quis, não é mesmo? Que a vida é feita de escolhas e não somos responsáveis pelas escolhas erradas dos outros, mas somos frutos de nossas escolhas, certas ou erradas, considerando que o certo e o errado são relativos; que o comum ou incomum nem sempre agrada; que entender nem sempre é compreender, mas aceitar; que os fatos falam por si e uma atitude vale muito mais que mil palavras...

Eu podia ficar aqui horas e horas dissertando sobre a “maravilhosidade” em entender tantas coisas, mas resumindo o mais importante é entender que quem planta amargura colhe amargura e quem planta amor colhe amor e que precisamos atingir 5% de uma população para mudar uma cultura para gerar uma massa crítica. Já fez a sua escolha, mulher?

A ARTE DO NÃO SE APAIXONAR

As pessoas costumam escrever sobre a arte de se apaixonar, mas esquecem que a maior arte, ou desastre é o não se apaixonar. Na maioria das vezes não nos apaixonamos pela pessoa certa, que deixa de ser a pessoa certa, devido à arte do não se apaixonar. Abre-se então um espaço para a arte do se apaixonar erradamente pela pessoa errada e que por sua vez, vira a pessoa certa. Uma arte triste pegar sentimentos nobres de alguém e “jogar no lixo” porque simplesmente e inexplicavelmente “não bateu” e oferecer os seus sentimentos mais nobres para o errado, porque simplesmente e inexplicavelmente “bateu”. Como não ter vontade de bater com a cabeça na parede ao se deparar fazendo escolhas todos os dias desde a hora que se acorda e não ter o poder de escolher por quem se apaixonar, pelo simples fato que em matéria do coração a gente não escolhe. De onde surge esse sentimento inexplicável, intangível, imensurável e devastador? Qual é a fonte explicável da paixão? Maturidade, imaturidade? Para que rio nossos sentimentos correm e que jogo ele joga, ou a gente joga? A nosso favor ou contra? Às vezes me pego a pensar de onde vêm minhas erradas escolhas certas e minhas certas escolhas erradas? Só sei que a dor do não se apaixonar é inversamente proporcional a dor do amor não correspondido, o lado de duas moedas que sempre me encontro. Desencontros contínuos de um coração apaixonado, dono da arte do não se apaixonar a espera do Cupido e sua flecha certeira rumo à última e verdadeira paixão, transformando a arte de não se apaixonar em amor.

Uma saída por torpedo...

Cada vez mais as pessoas se comunicam por torpedos, emails, msn e afins… e cada vez mais as pessoas se relacionam pelos meios de comunicação escrita. Até que ponto isso é bom, ruim, aproxima ou afasta? Até que ponto esses meios se transformam em um “trampolim” ou confortável escudo protetor da rejeição? Mensagens podem não chegar, podem chegar a outro destinatário, podem falar o que não é possível ser dito, podem ter dupla interpretação, podem gerar tempo, podem ter consultoria de amigo, amiga, pai, mãe, garçon, colega de bar, manicure e até terapeuta. Por que cada vez mais as pessoas só conseguem escrever o que não conseguem dizer? Palavras podem ser jogadas ao vento, já algo escrito é um registro formal de muitas promessas, mágoas e de até inquéritos policiais. Por que cada vez mais o contato pessoal fica mais distante e amedrontador? Será que um torpedo de boa noite substitui uma ligação de voz macia? Ou horas de conversa no msn, googletalk e afins... substitui um encontro em uma mesa de bar? Na época dos meus pais, eles não se encontravam nessa tal internet. Será que um chat entre duas pessoas pode ser considerado dramaturgia ao ponto de virar uma história a lá Nelson Rodrigues?

Tive a minha primeira saída por torpedo! E o mais engraçado de tudo que o remetente trabalha numa empresa de telecomunicações com livre acesso há minutos de papo. Conheci o remetente em um ambiente típico noturno da cidade cenográfica, chamada Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele logo me chamou a atenção quando entrou, não sei por que, simplesmente me chamou a atenção. Porém, por interesses noturnos diferentes a noite terminaria mais cedo para mim, a destinatária. Telefones foram trocados, mas antes disso, as difíceis palavras normalmente escondidas em torpedos, tornaram-se tão fáceis e poucas para o remetente que queria partir logo para a ação. Enfim, telefones foram trocados e uma comunicação por torpedos estabelecida. Confesso que para mim, a destinatária, a situação passou a ficar um pouco confusa, por que muitas vezes me deparei sendo a remetente querendo partir para a ação. Uma coleção de torpedos, um tal de “plim” “plim”, pra lá, “plim” “plim”, pra cá, interrompendo, reuniões, sono e sonhos, me deixou sem saber se o pó do “pirlim plim plim” estava indo ou vindo. Torpedos muitas vezes não têm hora para chegar, muitas vezes são a tábua de salvação de um sábado a noite, onde todo mundo bem no fundo quer “zuar”. Minha paciência estava cheia como a minha caixa de mensagens. Mas, resolvi não ir contra o inimigo, e sim juntar-me a ele e fazer dele os olhos de uma paquera e quem sabe me divertir. Até que num sábado, um “plim plim” convite para o show de Lulu Santos surgiu, surpresa fiquei e claro que não acreditei que o remetente ia deixar de ser um envelope de mensagem, para se transformar num belo pacote completo. Já estava preparada para dividir as fatias do bolo que ia tomar. Mas, no horário marcado, o telefone tocou e não era uma voz do além, mas sim o remetente informando que estava lá embaixo, não num cavalo branco, mas em seu possante preto. Eu não era “Miss Daisy”, mas fui conduzida para uma agradável noite com muita música, cheiro, forma, olhares, conversa, risos, sentido e sexto sentido. E ao som de Lulu Santos, remetente e destinatária não tiveram qualquer problema de comunicação ou línguas. Mas, se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer, eu vou sobreviver, o que eu ganho o que eu perco, ninguém precisa saber. Afinal, mesmo por torpedo, todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite.

Relato de um encontro casual: ou mais um capítulo de uma citycom qualquer. | By Flávio - Agência Quê Comunicação

Quinta à noite. Fim de expediente. Seis amigas marcam encontro em um bar da cidade. Falar da vida, relembrar aventuras de colégio, dividir experiências e... conselhos.
Aliás, os seres humanos cometem um erro básico sobre o assunto predileto das mulheres. Esqueçam novelas, namorados, moda. O assunto campeão de audiência é “dar conselho”. Nenhuma mulher consegue ouvir um relato de uma amiga sem emitir opinião: “por que você não faz assim?”, “é melhor deixar pra lá...”, “liga pra ele, liga pra ele”, “ ih, esse cara aí, não sei não..” . Talvez isso faça das mulheres seres interessantes. Bom, voltando ao assunto principal. Seis amigas diferentes entre si, com passado parecido e a mesma paixão por prosecco. A alma feminina guarda segredos: por que todas as mulheres do mundo gostam de festa de casamento e prosecco?! Na verdade, só tem uma coisa que as mulheres gostam mais do que festa de casamento: ver as fotos da festa de casamento! É nessa hora que elas fazem o checklist de vestidos, maquiagem e lembram – ou não – dos melhores detalhes da festa.
Bom, misture uma engenheira, uma chef, uma médica, uma cortineira, uma cantora que fabrica velas, uma vendedora de roupa e publicitária nas horas vagas: pronto, você tem o seu próprio sex in the city ao vivo. E o melhor: o capítulo especial de quinta durou umas duas horas.
Para começar, jamais cometa o erro de chamar quiche de alho-poró de empadinha. Você corre o sério risco de apanhar. É ou não é uma fala de Charlotte ou Samantha? “Sei não, o cara mora sozinho com uma gata chamada kitty...” Tem também o registro do mundo moderno: “aí, eles se encontraram na internet”. Confesso que fiquei imaginando onde fica esse bar novo chamado internet. “Não... é no MSN” Ah, depois da explicação, eu entendi. A noite passa. E as meninas, espremidas em um banco, continuam bebendo e conversando. No banco em frente, eu continuava acompanhando meu programa predileto. Em determinado momento, os humores já não são o mesmo. Imagina esperar por uma mesa duas horas? E quando chega... “ Na varanda, nããão!”, falam duas ou três ao mesmo tempo. “ Essa aí, foi a primeira mesa que vagou e a gente não quis!” Vai entender: duas horas depois e as meninas ainda continuavam escolhendo mesa...
Finalmente a luz vermelha se acende. Mesa vaga! “ Na área de fumante”. A noite segue. As seis resolvem beber coca light ao mesmo tempo. O melhor argumento que eu já ouvi: uma dieta relâmpago de dois dias. Poderia ser Rachel Green ou Mônica Geller: “se até os trinta e poucos anos eu ainda estiver sozinha, viro mãe-solteira!” Toca um telefone celular, toca outro, uma vez, duas... Medicina também é diversão: “daqui a uns anos eu viro uma especialista, mais alguns anos eu começo a ganhar dinheiro...” Por que alguém faz medicina se acha que vai começar a gastar dinheiro com uns 50 anos? Ainda tem a boa história da menina que não sabe a idade do carinha do último sábado... Ela não sabe a idade, mas a mãe dele bem quis saber quem ela era... Fim do episódio. Hora de ir embora. A sorte do público é que mês que vem, ou amanhã em uma festa de aniversário, tem mais. E, pelo jeito, não é como Friends ou Sienfield. Se continua tendo temporada até hoje, vai ter nova temporada o resto da vida.

ENCONTROS E DESENCONTROS

A vida às vezes brinca de pique e pega e faz dos encontros a arte dos desencontros. Quando achamos que encontramos a pessoa certa, nos perdemos e muitas vezes perdemos o outro, ou quando nos achamos, deixamos o outro ir para se encontrar.
Será que a história sempre será, “João que amava Maria, que amava José, que amava Joana, mas que amava João??” Os encontros e desencontros, estão aí por todas as ruas e prateleiras, nas vitrines, nos livros, nas novelas... na multidão. Os momentos não são que nem a física, mas muitas vezes podem ser exatos. Os erros muitas vezes podem ser acertos e nem sempre os fatos falam por si. Mas, muitas vezes palavras são apenas palavras, palavras apenas, palavras pequenas.... os encontros eles acontecem quando existe genuinidade, quando o querer é maior que o bem querer.
Encontrar requer coragem, requer escolher, se abrir para o novo, mergulhar no desconhecido, sorrir o sorriso do outro. Dizem que quem procura acha, mas depois que acham, são poucos os que sabem cuidar do que acharam. Por isso, às vezes é mais fácil e cômodo ficarmos com as lamentações dos desencontros e nos contentarmos com os produtos prateleiras... eles são práticos, descartáveis e não deixam marcas. Enquanto isso, nossas almas ficam vazias e os sonhos viram apenas sonhos. Pessoas vazias com sentimentos vazios, esperando muito pouco do outro e da vida. Por que não podemos mudar o ditado para: “João que amava Maria, se apaixonou por Joana, Maria esqueceu José e se encantou por Pedro e José resolveu se amar, pois descobriu que não se pode amar ninguém antes de amar a si próprio.”

SI

Fácil falar sobre a vida, sentimentos amores e histórias. Fácil descrever alguém, falar dos outros ou com os outros. Mas, falar de si, é difícil... difícil olhar para o “próprio rabo”, encarar o espelho... e ter que ver, mudar, lidar com seus defeitos, qualidades, verdades e mentiras.... ver que és como qualquer outro, nem melhor, pior, ou diferente... simplesmente e limitavelmente igual a todos e com todas as diferenças. Louco, sã? Qual o maluco que pode avaliar isso? Difícil se definir, se colocar em padrões ou fora deles, se expor a julgamentos, conceitos, ou pré-conceitos. Quem falou que não é difícil ver que és bela, inteligente, interessante, intrigante?? Que a vida é irônica, que o certo, nem sempre é certo, que os valores muitas vezes mudam, e que mudamos todos os dias, mesmo não querendo mudar... ou que não mudamos, mesmo fazendo um enorme esforço para isso? Quem falou que não é difícil ver que tens graça, charme, brilho, que és boa no que faz, que tens coragem e paixão pela vida, pelas coisas, pelas pessoas, pela música, pelo impossível? Quem falou que não é difícil ver que ainda és insegura e sonhadora, mesmo que faças todo e qualquer esforço para disfarçar? Quem falou, que não podes chorar, dizer que tens medo e que precisas de colo, ou que és frágil como uma criança? Quem falou que tens que se envergonhar de já ter falado “eu te amo” para a pessoa errada, de dar um “fora” na pessoa certa, de ter tomado aquele “porre”, ou ter dado uma bela de uma “gafe” ? Quem falou que a maneira que escolhestes de olhar a vida és errada se somos todos sobreviventes dessa louca e apaixonante vida? Quem falou que não é difícil ver que sorrir é o melhor remédio, mas que chorar pode ser o maior alívio para todas as dores? Quem falou que sou assim ou assado, quando eu simplesmente me definiria como agridoce.

PAI MEU

Pai meu que estás no céu,
Santificado seja o seu repouso,
Estarás sempre em nosso reino,
Deus fez a sua vontade,
E te levou da terra direto para o céu,
Os passos do dia-a-dia, nós damos hoje,
Perdoai qualquer ofensa,
Assim como nós aceitamos por ter te perdido,
Deus não nos deixais cair em lamentações,
Mas livrai-nos da dor, Amém.

SAUDADES

Tenho saudades, saudades eternas, saudades do meu porto seguro, do meu colinho, do meu paizinho. Tenho saudade de um tempo que não vai voltar de uma história que não vai acontecer, de ser acordada por você. Tenho saudade de ficar de castigo, dos almoços de domingo, do seu charuto fedorento e das suas brincadeiras e músicas que davam vida e alegria a casa. Tenho saudade do mestre sol, que regia seus pequenos grandes planetas ao seu redor. Hoje, além da saudade você traz a luz, força, o porto seguro interno, amadurecimento, o andar com as próprias pernas. Traz também, as lembranças boas, a infância feliz, a juventude zelosa, as melhores viagens, os melhores sabores de uma bela família que poucos tem o privilégio de ter. Quando você foi, levou um pedaço de mim, mas deixou as melhores ferramentas para eu construir o mais belo caminho do mundo.... não tenho medo, apenas saudades.

“HÍFEM”

A vida é engraçada, cheia de altos e baixos, histórias, risadas, choros, desesperos, orgasmos e delírios. A vida tem cor, tem movimento, tem música e sentimento. A vida envolve pessoas, perdas e ganhos. A vida faz gerar vidas, faz gerar dívidas, faz gerar sonhos e conquistas. A vida é como uma bolinha de sabão, frágil, simples, cristalina, com graça e brilho..... sábios são os que sabem levar a vida dessa forma. A vida pode ser um passeio de balão, uma montanha russa, ou um trem nos trilhos. As escolhas definem os resultados de cada vida, as eventualidades definem os encontros... as escolhas e os encontros definem o destino. A sua vida pode ser um filme, um seriado sex and the city, uma novela mexicana, um programa infantil, uma traje-comédia, uma poesia, uma prosa, um verso, uma música, um samba, ou simplesmente um conto. Não tem regras no jogo da vida, a única coisa sabida é que a o detalhe mais importante de uma lapide é o “hífen” entre a data que você nasce e vai embora.

HOJE

Sentimentos confusos, sentimentos estranhos, sentimentos que te consomem, que te enlouquecem e te deixam completamente perdido. De onde vim? Para onde vou? Perdi meu rumo, meu chão, meu teto, minha referência. Bula agora não me serve, mapas muito menos. Estou perdida, no escuro, sozinha dentro de mim com tantos sentimentos que não quero ver, muito menos sentir...... fugir? Pode ser... mas, fugir de mim mesma? Por que? Para que? Dizem que precisamos nos perder para nos encontrar.... estou perdida, será que vou conseguir me achar? Dizem também que do caos vêm à luz.... eu já estou no meio da escuridão.... não adianta mais fugir, me defender... defender de mim mesma é a pior autodefesa. Vou ter que passar por isso, não tem jeito... depois da tempestade, vem o sol e com ele o Arco-íris.

AS MÁSCARAS

As mascaras... lindas, belas, de porcelana, de papel maché, ou simplesmente escudos, capas de nós mesmos de nossas próprias verdades. Mascaras para esconder o escuro, o lado triste, o medo, os sentimentos verdadeiros. Máscaras para sorrir, máscaras para agradar, máscaras para nos presentear de falsas verdades com falsas mentiras. As máscaras são belas por um tempo, mas com ele se tornam pesadas... vamos acumulando, uma e mais outra.... só que chega uma hora, que elas caem... cedo ou tarde... no momento em que não podemos mais sustentá-las, segurá-las, ou porque simplesmente não “colam” mais.... é duro ver um rosto estranho, de pele, carne e osso e tão frágil por de trás de tanto brilho das belas máscaras maquiadas. Mas, a beleza não está nas máscaras, na falsidade, está na simplicidade de um rosto como um outro qualquer, mas que pode fazer toda diferença.

AMAR

Amar... amar... amar... aqui, ali, além do que é certo e errado, além da linha do equador. Amor que quebra barreiras, obstáculos, distância, paradigmas... que quebra alianças e constrói vidas. Amor que queima, que arde, que sua... amor que acende, que explode. Amor que se confunde com paixão, emoção, lágrimas e orgasmos. Amor que dói, amor doente, amor viciado, amor rasgado.
O amor é particular é seu, é só meu... o amor não se mede, não se pede, não se avalia. Amor se conquista, cativa, invade. Amor faz rir, chorar, sentir. Amor faz cegar, viver, às vezes matar, ou até morrer. Amor não tem regra, não tem razão ou explicação..... mas, muitas vezes tem cheiro, sentido, forma, nexo e sexo. Amor tem alegria, sinfonia, melodia, melancolia. Amor tem cenário, trilha sonora, velas, aromas, sabores, lembranças, histórias. O amor é brega, poético, ou até mesmo patético. Mas uma coisa eu sei sobre o amor... o amor é tudo, pois sem ele eu sou nada.

O AMOR

O que é amor? O amor é sofrer? É querer sem esperar nada em troca? Ou amor é trocar?
Existem diferentes formas de amor, assim como existem diversas formas de amar. Tem os que vivem para amar, os que amam para viver e os que morrem de amor. Uns proclamam o amor, outros escondem ele, ou se escondem dele. Não há regras no jogo das exceções, no jogo dos sentimentos.... sentimentos não são para serem definidos, sentimentos se vive, e o amor? Ama-se!

E AGORA?

Às vezes a vida é muito dura... nos faz cair de ingênuo, de maduro ou até mesmo de um penhasco, puxa nosso tapete, ou nos passa uma rasteira, que nos faz perder o rumo, o chão, o ar e as forças. Mas, chega uma hora que você olha para um lado, para o outro e diz: “E agora??”. Sábios são aqueles que escolhem aprender a levantar e a ver que as rasteiras da vida, vem e vão e que muitas vezes somos nós mesmos que nos damos as maiores rasteiras da vida, sem dó nem piedade. Não existe o “vitimo da vida”, pois a vida é nossa e só nós podemos cuidar dela e sobreviver às tempestades que aparecem. O tempo cura um roxo, uma ferida, mas muitas vezes ficam marcas, as marcas da experiência. Só a experiência traz o aprendizado de saber valorizar a beleza de um gesto, a mão amiga, a sinceridade de um sorriso, ou uma lágrima e a ver a beleza de colorir a sua própria vida.... basta escolher as cores.

ADORO

Adoro seu corpo, seu cheiro, seus braços, sua respiração.... adoro o jeito que você me olha, me ama, me toca... adoro o seu colo, seu beijo, até mesmo o seu silêncio. Adoro quando você sorri, ou quando quer sorrir e não pode. Adoro fingir que não sou sua, mesmo sabendo que sou só sua. Adoro te encontrar escondido, ou desfilar com você pelas avenidas. Adoro sentir que você é o meu porto seguro e minha montanha russa . Adoro te ter e não te ter... adoro pensar em você, adoro sonhar com você, adoro saber que não existo sem você.

TE VER

Te ver e não te querer é improvável, é impossível... mas, te ter, isso sim é quase impossível... as vezes me sinto invisível aos seus olhos, ou olhares... acho que se eu passasse nua na sua frente, ainda sim continuaria sem ser notada. Chamar sua atenção não é algo fácil, mas, também me tornar alguém quem eu não sou, isso também não seria correto, muito menos honesto. A atenção tem que acontecer de forma espontânea, natural, informal, o despercebido, percebido, o falado, mas não dito..... mas, infelizmente não consigo te ver e não te querer, isso sim é improvável é impossível.

VOCË...

Você...

Quando te conheci, me encantei.... seu jeito tímido no meio da multidão, me fez ver seu brilho especial. Você faz meu estilo, tem o jeito que me faz ficar sem jeito. De início, não percebi que meu interesse era seu interesse.... quando vi, estávamos lá, os dois tímidos e sem jeito... mas, no meio de luzes coloridas, músicas, bebidas, festas e frisson... a multidão sumiu e no cenário, restaram apenas dois personagens principais, eu e você, você e eu. Tivemos um encontro, um encontro de almas, um encontro de diferenças, físicas, regionais, culturais. Mas, os encontros são mágicos, não tem sotaque, porém, tem muita língua. Fomos nos conhecendo aos poucos e aos muitos. Logo, percebi que seu brilho era meu brilhar, seus braços meu agasalho, seu corpo um perfeito encaixe no meu quebra cabeça. A distância sempre nos separou, o trabalho nos aproximou, o destino nos cruzou e o desejo nos encontrou. Seu olhar sempre me hipnotizou, seu querer me apaixonou, você me conquistou e o avião te levou... a Internet nos conectou, os telefonemas nos saciou, os torpedos nos bombardeou e esse mesmo avião te buscou... uma, duas ou mais vezes... e com ele trouxe também a insegurança, o medo, o prazer, o lidar sem saber lidar, o se dar com medo de se machucar. Viver envolve risco, envolve sentimentos e emoções, encontros e desencontros, ganhos e perdas, graça, ou até desgraça... mas, para mim, nunca arrependimento. Arrependimento seria se nada acontecesse, se aquele brilho nunca tivesse sido o meu brilhar. Tive que me perder, perder a cabeça, perder o juízo, perder você, para quem sabe me achar. Falei para você ir, para ficar com a minha insegurança e sozinha. As circunstâncias nunca foram as mais favoráveis, mas os desejos, as vontades e os sonhos infinitos. Mas, só de sonhos e vontades ninguém vive, vive-se de escolhas, encontros, conquistas diárias. Agora, o que me resta é a reconquista, ou apenas as lembras de momentos vividos, de uma história que nem sei se teve início, meio, ou fim....

Mais Você...

Quando pensei que não mais iria a encontro de ansiedade, frio na barriga, nervosismo em te reencontrar, o susto veio até mim. Desconfortável fiquei, mas alegre também. O nervosismo pairou no meio do salão, olhares se cruzaram inibidamente, porém nada misteriosos.... olhares que se conheciam, olhares com cheiro e de forma de lembranças de um passado bem sedutor. Poucas palavras foram trocadas, porém as deixas foram deixadas para deixar sentir a vaidade. Quando não mais pensei que seríamos um casal, lá estávamos nós de novo, mas agora eu em seu cenário... chuvoso, verde e plano... tão plano que me entediei e nem a “saikirinha” de kiwii adoçou a amargura de um coração já muito magoado. No meio de seu papo, sua voz deixou de ser uma música romântica e melosa e passou a ser um longo blá, blá, blá e quando me dei conta, que a frase “me beija por favor” se transformou em “O que estou fazendo aqui?” Me perguntei... Cadê o encanto? Onde estão os sininhos? O cheiro? Aquele arrepio que me consumia? A sua minha necessidade? Você ali na minha frente, mal podia o destingir de um bloco de concreto, talvez um pouco mais oco.... te beijar para que? Para quê? Para quê beber mais uma vez de um veneno que hoje estou imune. Para quê me suar da ressaca moral do dia seguinte? Senti vontade de sorrir... as fichinhas caíram uma por uma, simples assim.... me dei conta que acabou, ponto final, the end, game over e ponto para as meninas. Saí do carro, dois beijinhos e boa noite-estrelada na plenitude da lua brilhando na terra do planalto central.


Você... Não tem jeito...

É isso aí... eu não sei parar de te olhar, eu não sei parar de te olhar, eu não me canso de olhar... eu não me canso de lembrar da noite enlouquecedora de prazer que mais uma vez tive com você. Você que tinha ficado no Planalto Central, voltou a buscar as curvas do Corcovado e nem Cristo foi capaz de me fazer resistir.
Você não me mobiliza mais como antigamente... amor, paixão, foram reduzidos a um enorme tesão e química perfeita que existirá sempre em nossa composição orgânica. Sonhos foram reduzidos a desejos, fantasias momentâneas e expectativas foram reduzidas a pura essência da sensação de prazer.
Uma noite como não lembrava mais, como nunca me senti, como nunca fui desejada por você... me senti a dona do pedaço, a rainha da luxúria explorando os limites do meu e do seu corpo até cair de cansaço, até chegar a exaustão de dois corpos com um perfeito encaixe. Viramos um só de uma forma simbiótica, como um quebra-cabeça completo. Por mais louco que você seja e por mais louca que você me deixa, você faz a coisa com graça, zelo, cuidado, carinho e tesão... Me deixa dominar, me trata como rainha, como se não existisse outra mulher no mundo, ou outra mulher que você desejasse mais. Me chamou de amor e paixão e quase por um momento me deixei acreditar ou queria acreditar nisso.... mas, já te conheço tão bem de todos os jeitos, até do avesso, que a realidade hoje fala mais alto que o sonho de ter com você um amor desses de cinema que não vai faltar carinho e muito menos cumplicidade.
A noite de ontem foi literalmente sensacional, estou leve de tanto prazer que senti. Nos seus olhos vi que sou importante para você, mesmo que você insista em me fazer acreditar que não e que diversos detalhes não são e não foram detahes.... já tinha me esquecido de como era bom ser sua, mas também foi ótimo lembrar que não sou mais sua e que não mais és meu, mesmo sem nunca ter sido de fato. É isso aí... são muitas formas de amar. Amanhã? Não sei... também não espero muitas surpresas, mas não será nada mal ser surpreendida com você nos meus braços, dando choque e delirar de prazer, nem que seja só por uma noite...

PRIMEIRO AMOR


Todo mundo já teve um primeiro amor... o último a gente nunca saberá qual é, mas o primeiro será sempre inesquecível. O primeiro amor é aquele que faz você suar frio, ficar quente, eloqüente, inconseqüente. Ele é sempre jovem, forte e vibrante. Por mais que tudo tenha dado errado e tenha sido mais que desajeitado, o primeiro amor é sempre cor de rosa, traz boas lembranças, promessas, poemas e prosas. Alguns também trazem boas risadas... o meu primeiro amor, tem o som de Kenny G, por isso inevitavelmente quando estou em salas de espera, dentistas e ambientes afins, fico com cara de boba e apaixonada, com aquele sorriso no rosto do privilégio de ter vivido um grande e incondicional primeiro amor e mais nada. O primeiro amor é saudável, é moleque, é pivete, é quando se joga confete, masca chiclete ao som de Ivete. É aquele que você se perde, se acha, transa na sala, no sofá, na cama de solteiro, na escada, no carro, no banheiro e também no chuveiro. O primeiro amor é uma explosão de hormônios, sentimentos inconstantes, intrigantes, interessantes, porque é a descoberta do desconhecido, o desbravamento do território virgem e nunca explorado com tantas sensações de prazeres. O primeiro amor é eterno, é um marco, mas no primeiro momento que achamos que não é, o primeiro amor é a morte, um sofrimento de posse e quase um deboche. O primeiro amor pode ser uma breve, eterna ou única história, pode ser até mesmo a última esperança, no espaço de um hiato, perdido no espaço, que liga a juventude à velhice na luxúria de amar um amor que é só meu, e é só seu... primeiro amor.

FELIZ ANO NOVO

FELIZ 2006

“Acabou ou ou, acabou...” e espero que 2005 tenha levantado “poeira, poeiraaa”, mas se não foi nada “fácil, extremamente fácil”, você trabalhou que nem um “Lerê, lerê, lerê, lerê, lerê” e mesmo assim continuou “pobre, pobre, pobre, pobre de marre” e aquele “amor delicado” ficou naquela dizendo “que não sabe se não, mas também não tem certeza que sim” e no final das contas você descobriu que ele ou ela “nunca te amou idiota” e você “chorou, chorou, chorou” e acabou chamando o “Garçom, aqui nessa mesa de bar”para afogar as mágoas.... calma! “Cantando você manda a tristeza embora”, reveillon está aí “e vai rolar a festa, vai rolar”... pegue uma figa, coloque Buda no seu coração, abrace Poliana e seus amigos - pois “amigo é coisa pra se guardar debaixo de 7 chaves” - se encha de esperança por que “viver é não ter a vergonha de ser feliz”, “toda pedra no caminho você pode retirar” e “para todo mal há cura!”. Peça a “Deus um pouco de malandragem”, “dias melhores pra sempre” e “pinga nimim”. Mas, se você quer um “amor maior que o seu”, pois “já teve mulheres de todas as cores” ou um “negão de tirar o chapéu”, lembre-se que “saber amar é deixar alguém te amar”.... “Adeus ano velho, feliz ano novo e que tudo se realize no ano que vai nascer” , “deixe a vida te levar” nem que seja “só por uma noite” e que seja “Oh happy Day” ou Happy New Year!!!

MÚSICAS DE UM CORAÇÃO APAIXONADO

“Estranho seria seu não me apaixonasse por você” e “Te ver e não te querer é improvável é impossível”, “quando você passa eu sinto o seu cheiro”, sei que muitas vezes eu pareço “Exagerada jogada ao seus pés, eu sou mesmo exagerada” é porque “eu mudaria até o meu nome, eu viveria em greve de fome, desejaria todo dia o mesmo homem”. Mas, o problema é que “você disse que não sabe se não, mas também não tem certeza que sim” e eu só sei que “quero um amor maior, amor maior que eu” e que não seja “só por uma noite, só por uma noite” e o “retrato que te dei, se ainda tens não sei”, mas, “por que você não olha cara a cara, fica nesse passa não passa, o que falta é coragem”? “hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito” para “te falar do medo do meu desejo, do meu amor”. Você não é o “menino do Rio”, mas tens um “calor que provoca arrepio”, “você é lindo mais que demais, você me faz feliz”. Mas, “onde estará o meu amor”? Fico a pedir ao vento “vento trás você de novo” e vejo que “estamos cá dentro de nós, sós”. Essa história não pode acabar assim com um “garçon, aqui nessa mesa de bar”, porque “saber amar é deixar alguém te amar”, mas se nossa história tiver que ir da poesia ao samba, fico com meu amigo Zeca... “deixa a vida me levar, vida leva eu!”

JUVENTUDE TRANSVIADA

Hoje “vai rolar a festa, vai rolar” com muita “poeiraaa, poeiraaaaaa, poeiraaaa”, onde “beijo na boca é coisa do passado” e ninguém mais pergunta “do you wanna dance”, só “tchutchuca, vem aqui pro seu Tigrão”, a mulher não é mais “um amor assim delicado” e o homem não mais “desejaria todo o dia a mesma mulher” se ele pode ter todas numa noite só. Os tempos mudaram e o mantra agora é: “não sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo me quer bem” e “as garotas do Leblon não olham mais pra mim” não porque uso óculos, mas sim porque a moda agora é ser lésbica. Só que nem todo mundo lhe quer bem e são poucos os que “amam amar você”. O amor de verão foi esquecido e paquera também, assim como a conquista e o descobrir aos poucos. Poucos dizem “eu sei que vou te amar por toda minha vida, eu sei que vou te amar...” porque “todo mundo espera alguma coisa de um sábado a noite e bem no fundo todo mundo quer zoar”, na “maresia, sente a maresia”, então cada noite é “só por uma noite, só por uma noite” sem nome, identidade, muitas vezes sem lembranças e sem camisinha. Os valores estão deturpados e o respeito ninguém se dá o trabalho de conquistar. Uma pena ver uma juventude sem respeito, apenas com peitos de puro silicone achando “que o bom é ser feliz e mais nada”.