segunda-feira, 30 de março de 2009

Injeções para uma mente hipocondríaca


Uma senhora aparentemente saudável, entra em uma farmácia:

- Bom dia senhor farmacêutico, preciso de alguns medicamentos.
- Pois não senhora!
- Gostaria de alguns analgésicos para acabar com a dor de cabeça diária; um medicamento para conseguir dormir a noite; um anti-stress com tranqüilizante; e um estimulante para me manter acordada. Preciso também, de um remédio para a memória - que ultimamente tem me deixado na mão, e outro para a atenção. Este aqui para ansiedade e um anti-alérgico, pois hoje tudo me dá alergia. Gostaria dessa alta dosagem de inibidor de apetite e esse remédio que acelera o metabolismo. Quero esses cremes rejuvenescedores, um shampoo anti-queda e essas vitaminas, pois ando muito fraca. O senhor teria também, essa pomada que acaba com as espinhas e essa outra com as feridas? Além disso, preciso de um relaxante muscular, para aliviar a tensão e algo para aumentar a minha imunidade, que anda meio baixa....

Antes que a senhora continuasse, o farmacêutico falou:

- Senhora temos todos esses medicamentos, mas se preferir, posso substituí-los por 3 injeções e a senhora ainda ganha um brinde.
- Jura? Quais?
- Uma injeção de auto –estima, outra de paz de espírito e outra de sanidade mental.
- E o brinde?
- O brinde é um repelente para você se proteger contra a Dengue a única doença que a senhora deve se preocupar no momento.

Pra Rua Me Levar



Por Ana Carolina

Não vou viver como alguém que só espera um novo amor.
Há outras coisas no caminho aonde eu vou.
As vezes ando só, trocando passos com a solidão.
Momentos que são meus e que não abro mão.
Já sei olhar o rio por onde a vida passa.
Sem me precipitar e nem perder a hora.
Escuto no silêncio que há em mim e basta.
Outro tempo começou pra mim agora.
Vou deixar a rua me levar.
Ver a cidade se acender.
A lua vai banhar esse lugar.
E eu vou lembrar você.
É... mas tenho ainda muita coisa pra arrumar.
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri.
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar.
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir.
Já sei olhar o rio por onde a vida passa.
Sem me precipitar e nem perder a hora.
Escuto no silêncio que há em mim e basta.
Outro tempo começou pra mim agora.
Vou deixar a rua me levar.
Ver a cidade se acender.
A lua vai banhar esse lugar.
E eu vou lembrar você...

domingo, 29 de março de 2009

O tênis



Te dou um tênis para quem sabe andarmos juntos, lado a lado.
Te dou um tênis para que possa caminhar até meu coração.
Te dou um tênis para proteger seus pés rumo ao caminho que você escolher.
Te dou um tênis para chutar os obstáculos que encontrar pela frente.
Te dou um tênis para lhe ajudar a correr contra o tempo perdido.
Te dou um tênis para pisar firme sempre que precisar.
Te dou um tênis para te dar o equilíbrio quando estiver em altos ou baixos.
Te dou um tênis para seguir tão adiante ao ponto deu ter que pegar os meus de corrida para poder te acompanhar.

terça-feira, 24 de março de 2009

O Remédio para o Veneno


Outro dia uma pessoa muito sábia me disse: “A diferença entre o remédio e o veneno é a dose”. Fiquei pensando muito sobre esta simples frase; e percebi que as doses de mim mesma difere de onde estou para onde gostaria de estar, ou com quem quero estar. Impressionante como muitas vezes o não saber dosar destrói situações, relações e realizações.

Dosar nós mesmos, a verdade, os sentimentos, o ciúmes, o amor, a culpa, a cobrança a tolerância, o falar demais, e até mesmo a felicidade - são ingredientes para uma uma vida inteligente, serena e feliz. Mas, quem consegue?

Quem consegue não se meter na vida de quem gosta; não demonstrar quando está louco de amor; esperar ele ou ela ligar; emitir sua opinião só quando te perguntam; não ficar irado quando toma um bolo; aceitar as as falhas do outro; não sentir ciúmes quando se sente ameaçado ou inseguro; não ficar abalado quando é chamado atenção no trabalho; não mudar de humor quando contrariado, ou quando tem uma expectativa frustrada?

Quem consegue agir na dose certa as situações que acontecem e que podem acontecer no dia-a-dia? Acho que nem Dalai Lama seria capaz de ter essa paz de espírito assim tão naturalmente; pois se tivesse não ficava meditando tanto! E hoje quem tem tempo de sobra para desestressar meditando e se tornar um monge Tibetano budista?

Somos seres humanos normais que não admite levar desaforo para casa, ser feito de idiota, ser desrespeitado, mal servido; e inúmeras outras coisas que não permitimos mais que façam conosco, pois já aturamos muito de tudo isso nesse país e sociedade. Por essas e outras razões, acredito que desenvolvemos a síndrome do “comigo não!”.

“Você fala assim com a sua mãe, avó, tia, amiga, comigo não!”; “Você marca e não aparece com os outros, comigo não!”; “Você pega dinheiro emprestado e não paga a sua família, comigo não!”; “Esse seu jeito pode funcionar com os outros, comigo não!”; “Você disse que me ama mais que tudo, mas vai agir assim com seus ex, comigo não!”; “Você se vende assim no trabalho, comigo não!”; “Você vai ser João sem braço com outra pessoa, comigo não!”.... e assim vamos pontuando isso e aquilo na vida e aos outros. Mostrando o que somos, a que viemos, o que esperamos, ou exigimos – mas, acima de tudo que não somos nenhum idiota, afinal “comigo não”.

Nem todos são arrogantes em recuperação como eu. E os menos arrogantes, na minha opinião, sabem dosar melhor essas situações “comigo não, violão!”. Mostram de forma inteligente e na hora certa que “com ele não!”. Com atitudes transformam o veneno em remédio, ou um idiota em inteligente - e assim conquistam o mundo, mas principalmente o que querem! (que ódio!!!!).

Se você é como eu - idiota que se acha inteligente e que morre com seu próprio veneno. Vamos “trocar figurinhas”! Me mande um email com seus ganhos sendo assim; e eu te mostro minha coleção na parede de “pagadões”, discursos lindos, situadas no outro maravilhosas e um monte, um monte de frustrações.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Cultivando o Otimismo


Abro o jornal, só desgraça. Abro a conta bancária, só desgraça. Subo na balança, só desgraça. Chega a fatura do cartão de crédito, só desgraça. Olho para minha vida amorosa, só desgraça. Analiso as perspectivas profissionais, só desgraça. Converso com pessoas - e só desgraça. “Oh vida! Oh céus!”.

Se identificou?

É muito mais fácil se contaminar com a negatividade do que com a positividade. Assim como é mais fácil também sermos vítimas da vida. Pobres coitados de nós sobreviventes - lutando nesse mundo cruel por um suspiro de felicidade e sanidade, não é mesmo?

Somos vítimas do capitalismo, da mídia, da estética, da sociedade, do governo, da violência. Somos vítimas até de homens e mulheres que nos juravam amor eterno... Deus, Por que você criou a terra e o homem? Para que a terra destruísse o homem, e o homem a terra e a si mesmo?

Epa, epa, epa! Vamos parando com esse discurso literalmente péssimo! Se eu continuar “linhas a dentro” nesse baixo astral, não termino o texto, pois ninguém consegue cortar os pulsos , escrever e se lamentar ao mesmo tempo.

Aqui vai um alerta, meu caro pessimista leitor:

Segundo uma pesquisa recente em Chicago - Estados Unidos; os otimistas vivem mais que os pessimistas. Não porque os pessimistas morrem por não conseguirem se aturar ou se matam. Mas sim, por terem um índice de doenças crônicas maior que os otimistas.
Essa pesquisa feita com um grupo de mulheres mostrou que as otimistas - aquelas que sempre esperam o melhor - tinham 14% menos probabilidade de morrer de qualquer causa do que as pessimistas; 30% menos chance de morrer do coração. Menor tendência à hipertensão, à diabete e ao tabagismo.

Já as pessimistas ou cinicamente hostis tinham 16% mais probabilidade de morrer em comparação com as mulheres que eram menos cinicamente hostis; e também tinham uma propensão 23% maior de morrerem de câncer.

É mulherada amarga que busca a longevidade com ou sem plástica... Comece a mudar o discurso, leia o livro “Poliana”, se apegue nas teorias do “O Segredo”, coloque Buda em seu coração, aproveite o resto das liquidações, faça um sexozinho de vez em quando; mas principalmente - mude a lente e forma de tratar a vida e a si mesma.

Mas, se você não é mulher, ou seja é homem (independente da escolha sexual) - e está achando que essa pesquisa não se aplica - por ser prático e menos lamentador que nós mulheres. Saibas que o stress causa infarto e que homens enfartam mais que as mulheres. Por isso, não assista o campeonato brasileiro se seu time não vai lá muito bem; desligue o Iphone, Blackberry, notebook; saia para tomar um chopp com os amigos e contar vantagens (afinal, homem não fala ou rumina sentimentos); e arrume uma morena ou moreno assim como eu – que rapidamente perceberás que sua vida é só alegria!

É pessoal, cultivar o otimismo é que nem fazer parte do AA: “Só por hoje!” - e que assim seja todos os dias. Afinal, até uma linda rosa tem espinhos.

Você é um diamante


Você é um diamante,
Que me deu o maior amor do mundo,
Os sentimentos mais nobres,
As declarações mais surpreendentes,
Os sentimentos mais intensos,
Um amor que nem eu mesma sabia que existia e que podiam sentir.

Você é um diamante,
Ainda precisando lapidar,
Mas, com o brilho mais doce e sonhador que já vi.

Você é um diamante,
Que ainda não conhece seu verdadeiro brilho e luz,
Mas, que sabe o valor que tem.

Você é um diamante,
Que sempre enxerguei, até quando disse que era zircônia,
Mas, mesmo duro e inquebrável, nem sempre podemos usar e carregar um lindo diamante.

Você é um diamante,
Que me chama, me tenta, me confude e seduz,
Mas, é com muita dor e pesar que te deixo agora nas lembras do cofre do meu coração para descobrir a minha verdadeira mina.

sábado, 7 de março de 2009

Família no porta-retrato do coração



Às vezes penso que família só é bom no porta-retrato. Todos felizes, belos e sorridentes, magicamente enquadrados em local de perfeita exibição. A beleza estampada feliz retrata a árvore genealógica com frutos de amor e paz.

Os porta-retratos familiares são quase que uma poesia, falam por si, e estampam emoções e momentos saudosistas. Marcam os marcos, encontros, e trocas necessárias. Quem não tem um porta-retrato da família em algum lugar. Daqueles que vira e mexe faz você parar para ficar olhando?

Chamaria os porta-retratos de quadradinhos mágicos, que escondem toda e qualquer “barraqueira” comum das distintas famílias iguais. Distintas famílias iguais? Sim... como diz o ditado: “Família é tudo igual, só muda de endereço” - ou de porta-retrato.

Todo mundo tem um tio(a) louco na família, uma avó(ô) sábia e um primo(a) gato. Parentes cheio da grana e outros super perrapados. Alguns próximos, outros distantes, espalhados e um “tantão” brigados - que há anos não se falam. Têm parentes que você tem contato, outros se passarem na rua você nem sabe quem são. Uns você só viu quando criança, nunca viu, só ouviu falar ou soube de histórias. Tem sempre um maconheiro perdido - a ovelha negra e assunto central de muitas reuniões familiares, onde frases como: “E ‘fulano’ já tomou jeito??” sempre circulam. Tem sempre um que virou gay, que faliu, que esta com câncer, que é sustentado pela mãe, que casou por interesse, por fachada, que está encalhada, e a que fez mais plásticas.... Não tem jeito, família é tudo igual, com apenas sutis variações.

Os maiores encontros familiares nem sempre são no Natal, mas sim em enterros e casamentos. Nessas ocasiões as manifestações afetivas e amorosas são intensas e muitas adversidades são resolvidas. Por que as pessoas demoram tanto tempo para resolverem suas adversidades familiares ou relutam contra elas? Esperam um pai chegar ao fim da vida, no leito de morte para dizer que ama, que se arrependem disso, daquilo e daquilo outro. Passam anos ruminando, pensando e sonhando com reencontros.

Por que tantas adversidades? Pois, só brigamos e divergimos com quem amamos e convivemos. Quem nem ligamos, facilmente convivemos. Por que também, o amor familiar termina tão rápido quando o assunto é dinheiro? Herança então, vira guerra familiar, muitas vezes caso de polícia. Não queira se meter em um inventário. Você pode cavar sua própria cova!

Existe o núcleo familiar: Pai, Mãe, irmãos, avós. O núcleo que consideramos o porto-seguro, ou muitas vezes a família propriamente dita, onde o extra núcleo: tios, tias, primos e afins, são considerados como “aparentados” - e nem sempre menos importantes. Família, parente, aparentado ou qualquer outra nomenclatura boa ou ruim, somos dependentes dessas “pessoinhas” que não escolhemos, mas que nos acompanham por gerações e gerações.

Nossos amigos são a família que escolhemos e por razões inexplicáveis naturalmente amamos (mesmo achando que não) essa outra família que não escolhemos. Mas, por que isso? Por que nascemos com esta família? E por que essas pessoas estão em nossas vidas?

Cada família tem a sua razão de existir e não podemos fugir dela. Brigadas ou não, erradas ou não, essas pessoas confortam nossos corações e o machucam quando vão embora, ou são indiferentes. Por isso pare de fazer cara de paisagem, tire a família do porta- retrato e a coloque na prática do seu coração.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Ser mulher nos dias de hoje é...

Será que é preciso de um dia exclusivo para marcar a importância da mulher no mundo, na sociedade, na família, no trabalho, no ciclo de amigos? Fiquei pensando se ser mulher era um presente ou uma penitência nos dias de hoje? E, acho que não precisei pensar muito para chegar à conclusão que ser mulher é um presente único, principalmente nos dias de hoje, pois podemos ser tudo e ainda gerar vidas! Não somos Deus, mas somos Deusas e tem presente maior de que este?


O problema nos dias de hoje não é ser mulher, mas sim saber ser mulher. Com tantas evoluções, revoluções, satisfações e aprovações, as mulheres estão deixando de saber ser mulher para se tornarem algo que sua essência, anatomia, genética, representatividade não é. E, com isso o “ecossistema moderno” acaba não entendendo muito bem e desastres emocionais e em relacionamentos, de uma forma em geral, acontecem. No mundo existe espaço, função e brilho para todos, até uma molécula ou barata tem o seu papel e razão em existir.


A mulher de hoje não pode perder a coisa mais preciosa que Deus lhe deu, a feminilidade, a alma feminina! Sábias as que percebem que podem juntá-la com a força e autonomia adquirida ao longo dessas evoluções, revoluções, satisfações e aprovações naturais da evolução humana e tecnológica. Que entendem que amor e poder não se ganham, mas sim se conquistam independentemente do sexo.


Fiquei pensando em como é mais colorido e apaixonante ser mulher nos dias de hoje e entendi que:


Ser mulher nos dias de hoje é ...Ter a capacidade de ser mãe, filha, esposa, amiga, menina e “homem” da casa.


Ser mulher nos dias de hoje é ... Ser uma saudável atleta pela manhã, excelente profissional à tarde, amável mãe ao entardecer e fogosa amante à noite.


Ser mulher nos dias de hoje é ...Saber chorar na hora certa, sorrir quando preciso, levantar toda vez que cai e se retirar quando menos se espera.


Ser mulher nos dias de hoje é ...Poder não saber instalar equipamentos eletrônicos, ver mapas, trocar pneus, ler manuais ou escolher fazer tudo isso simplesmente por hobby.


Ser mulher nos dias de hoje é ...Saber cozinhar um banquete, comprar o melhor congelado, pedir uma bela pizza e admirar um jantar preparado só para ela.


Ser mulher nos dias de hoje é ...Aprender a não sentir dor ao ter filho, ao fazer tratamentos estéticos, ao seguir aquela dieta e ao pagar a conta do cartão de crédito.


Ser mulher nos dias de hoje é ...Sentir dor quando se perde um amor, quando se está menstruada, quando não se sente desejada e quando se perde uma liquidação.


Ser mulher nos dias de hoje é ...Poder se declarar pelo Orkut, brigar pelo MSN, dar satisfação por email, marcar um encontro por torpedo e pagar suas contas pela internet.


Ser mulher nos dias de hoje é ...Ter a capacidade de admirar o papel do homem, se matar por um filho, enlouquecer por amor, brigar por uma amizade e mudar uma história sem sair do salto.


Precisaria muito mais do que um dia, precisaria de todos os dias, para escrever, vivenciar e admirar a força e fragilidade da mulher nos dias de hoje. Parabéns pelo nosso dia-a-dia!

Mudança para que te quero.


Mudar é bom.
Muda a roupa, de cabelo, de emprego, de homem, de rota, de humor.
Muda tudo!
Mexe, remexe, se liberta.
Muda os programas, o jeito de olhar, as coisas, de fazer as coisas.
Mudanças vem para o bem, para os bons. Para os que tem a capacidade de aceitar e se adaptar.
Muda tudo e se joga na vida, mesmo que igual, que nem criança numa piscina de bolas.

A Paz, invadiu o meu Coração.


Sol brilhante, água cristalina, areia branca, brisa batendo – a paz invade. O horizonte aqui é diferente. A pele queima, o corpo está leve, a mente fresca. Fecho os olhos e o bem estar delicioso toma conta de mim. Não sei se são as férias, o mar que energiza, a música que emana todo esse prazer, ou se é a combinação de tudo. Só sei que me sinto em paz e que não quero deixar essa sensação sair de mim nunca mais...........

quinta-feira, 5 de março de 2009

O olhar da saudade


Sinto sua falta. O amor não se dissolve e vira pó que escorrega pelas mãos e voa com o vento, assim de uma hora para outra. As raízes vão morrendo e dão espaço a uma nova terra adubada pelas lembranças e saudade. A tristeza passa aos poucos. As feridas da tempestade cicatrizam e secam com o sol. O coração esquenta novamente, onde as lembranças serão sempre boas lembranças. A dor se alivia e as pernas caminham naturalmente. Os olhos voltam a brilhar amadurecidos pela vivência, mas deixa saudade nesse necessário novo olhar.