domingo, 12 de maio de 2019

O luxo de ser feliz

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Recebi esse tema para dissertar, estava precisando de temas, pois andava muito teimosa literalmente com a literatura. Eis que surge Márcio Vassallo o super-herói da consultoria literária e toda sua sensibilidade poética para encaixar o tema que melhor se encaixa em mim nesse momento.

Literalmente ser feliz é um luxo. E na maioria das vezes não é o luxo que nos faz feliz, mas sim o vivido e o que estamos dispostos a viver. O luxo de ser feliz é um luxo que nos damos quando reconhecemos o que somos, temos orgulho e por isso escolhemos ser felizes.

Para mim a felicidade sempre foi uma escolha atrelada a um estado de espírito.

A felicidade não é uma linha entre o luxo e o lixo, mas sobre o gozar no final. A felicidade é se divertir na jornada. Mais do que chegar na meta é sentir prazer no caminho. Mesmo que seja para dobrar a meta sem propósito ou coerência alguma. Já que até os incoerentes chegam à Presidência.

Quando entendemos que somos o Presidente de nossas vidas, o dono dela, que nos levamos para onde decidimos e que somos do tamanho que quisermos sem bariátrica; esse empoderamento nos mostra esse luxo de ser feliz. Na verdade, entendi que a maturidade nos dá esse entendimento, inteligência e experiência para nos darmos esse luxo. Só não é feliz quem não quer. Existe muito espaço para a felicidade, assim como existe muito espaço para dores, desculpas e vitimização.

Nós somos os que nos limita e maior fator limitante. Nada é difícil, mas tudo dá trabalho. E tudo que é trabalhado deixa de ser difícil. Pessoas fortes não tem jornadas fracas. E assim será. Não controlamos muitas coisas, mas podemos manter sobre controle nossa visão sobre as coisas, nossas ações e como elas nos mobilizam.

Quando a gente entende que um amor não correspondido o outro é quem deixa de usufruir o melhor de nós, deixamos de sofrer, e a infelicidade deixa de ser de dentro para fora e passa a ser do outro - fica do lado de lá, porque por dentro você já se correspondeu.

Eu me dou vários luxos, e adoro: me dou ao luxo de ser eu mesma, me dou ao luxo de acordar tarde aos domingos, de dizer que amo sem esperar ouvir em troca, de ser autêntica, e uma diarreia verbal sincera sem atacar ninguém. Me dou ao luxo de só querer ver o lado bom das coisas, mesmo reclamando das coisas. Me dou ao luxo de gostarem de mim ou não sem julgar, pois me dou ao luxo de não ser para qualquer um, mesmo que me julguem. Assim como me dou ao luxo de tirar pessoas sem qualquer luxo da minha vida, pois não tenho mais espaço para o oco. Me dou ao luxo de tomar champanhe e brindar à vida sem motivos, porque para mim o presente, o hoje é o maior luxo e motivo. Me dou ao luxo todos os dias de acordar e decidir ser feliz, pois aprendi recentemente que o tempo é atemporal e que o amanhã só amanhã saberei, porque como diz a minha mãe: tudo pode acontecer, inclusive o nada - e ok, pois todos os dias não são iguais assim como nós.