quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Abolição da TPM?


Como seria o mundo sem a TPM (Tensão pré-menstrual)? Se esta pergunta fosse feita aos homens, com certeza eles responderiam: “Uma maravilha!”. Porém, o fato é que 75% das mulheres sofrem da famosa síndrome da TPM. 75% das mulheres de todo o mundo uma vez por mês ficam, estranhas, ansiosas, depressivas, inchadas, desanimadas, nervosas, chorosas, raivosas, com dores de cabeça, cólicas e a sensação de que o mundo vai acabar amanhã. Muita mulher, muita porcentagem, muito descontrole para um mundo só, não acham? A parte boa, é que apenas 8% têm sintomas muito intensos que podem levar a resultados que o próprio mundo desconhece.

Posso dizer com total propriedade, que fico insuportável e admiro, aliás, admiro muito, aqueles ao meu redor que além de me suportarem, ainda tentam entender, o que nem eu entendo.

Outro dia, cheguei ao cúmulo de esbravejar com um “flanelinha” de rua. Imagina eu, uma mulher elegante, fina, articulada, educada e segundo a minha terapeuta, equilibrada emocionalmente, berrar com o “flanelinha”!? Tudo bem que, essa espécie poderia ser banida da face da terra, pois os “flanelinhas”, principalmente no Rio de Janeiro tiram qualquer um do sério, imagine então, uma mulher de TPM em baixo de chuva, sem guarda – chuva e atrasada? Quase um pedido para um assassinato.

Por esses e outros motivos, e não mais querer descontar no mundo com “patadas”, a queda de serotonina do meu corpo; criei um método para melhor conviver com a sociedade nesses dias de fúria antes da menstruação, pois os próprios especialistas dizem que por se tratar de uma síndrome, não existem tratamentos específicos, pois varia de mulher para mulher...

Em casa:
“Ninguém fala comigo! Estou de TPM e não quero ninguém me enchendo o saco!”

Avisar logo usando uma linguagem direta e sem legendas, afinal, todos são de casa.

No Trabalho:
“Sim”, “não”, “talvez”, para 99% das interações.

Ficar monossilábica é a melhor estratégia e ser política por dois ou três dias, é possível, eu consegui!

Com os amigos:
“Deixe o seu recado após o sinal...”

Descontar nos seus amigos ou alugá-los com a sua “ranzisse” é no mínimo desnecessário! Vai tomar um sorvete, ler um livro, comprar uma blusinha, fazer um exercício, encontrar Jesus ou Buda... pois hoje é você, mas amanhã serão suas amigas, portanto dissemine essa cultura e evite a “ranzisse feminina” mundial.

Com o seu amor:
“Amor, tô de TPM, carente, chata, chorona, quero comer o mundo e socar a humanidade, tudo por conta dessa maldita serotonina! Mas, me falaram que liberar endorfina é um excelente tratamento e conheço um exercício ótimo para isso....”

Exercitar com seu amor é o melhor tratamento para sanar qualquer TPM e deixa a pele ótima! Será que se as mulheres começarem a usar esse método, os homens ainda vão querer acabar com a TPM no mundo? Acho que não...

Com o flanelinha:
“Tia é a mãeeeeeeee!! Pago na volta e se meu carro não tiver inteiro você vai conhecer a fúria de uma mulher!!”

Descontar em alguém ou em algo é preciso, ou você quer morrer de câncer ou gorda? No meu caso, por uma questão de falta de afinidades e cultura, desconto, “ops” dedico a minha fúria aos flanelinhas do Rio de Janeiro.

Brincadeiras a parte, a TPM é algo que precisamos aprender a conviver e lidar da melhor forma possível, sem descontar no mundo e nas pessoas que amamos. Não podemos ter a pretensão de querer que o “outro” entenda um problema que hoje, amanhã e depois é só nosso; mas sim ter a sabedoria de usá-la da forma mais meiga, feminina possível, capaz de conquistar diversos benefícios a nosso favor, “capische”?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Conquis-te-se-me


Se relacionar é uma arte, mas conquistar é um grande jogo. Não tem jeito. A conquista é sempre um desafio para ambos os lados, um mistério que requer muita paciência e que possui grandes rivais como a ansiedade e as expectativas.

Se entrarmos em uma livraria, encontraremos infinidades de títulos sobre a guerra dos sexos. Passando por “Homens são de Marte, Mulheres são de Venus”, “Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?”, “Ele simplesmente não está a fim de você”, ao mais novo sucesso “Por que os homens amam as mulheres poderosas”. Literatura a qual - fui presenteada pela minha mãe. Será que existe o título: “Por que os homens amam as mulheres divertidas”?

Dissertando sobre esse último título, acredito que o homem gosta de mulher, independente de seu tipo. Poderosa, “tchutchuca”, morena, loira, boazinha, “xongamonga”, gordinha, magra, com cabelo liso ou enrolado – não importa; homem que é homem gosta de mulher e a gente sabe muito bem por que. Por isso, utilizando essa matemática genética básica, sempre vai existir um que simplesmente vai estar a fim de você. Mas, e quando ele ainda que está a fim de você, ou não sabe que um dia vai ficar? Bom, aí chegou a hora de entrar o jogo da conquista, com algumas regrinhas básicas para se vencer - é claro.

A primeira delas é que se ele ainda não está a fim de você, pode ser que ele nunca fique, e no big deal about it baby! Logo, todo jogo da conquista deve ter início, meio e fim – de preferência com um tempo lógico e sem muito desgaste emocional.

A mulher tende a ficar se enganando e a investir em histórias que não serão vividas. Repito, histórias que não serão vividas. Repito novamente, histórias que não serão vividas. Ta esperando o que para sair dessa e se preparar para viver as histórias que são para você e muito bem vividas?

Outro grande erro da mulher é confundir em fazer movimento numa história, com o se jogar de cabeça nela. Essa diferença faz toda a diferença na hora da conquista. Desespero não leva a lugar nenhum, apenas assusta e afasta.

Por isso, veja qual o seu caso: carente, apaixonada, desesperada, ou apenas diluindo a ansiedade (adoro essa)? Cada caso é um tipo de conquista.

Para a carente, há um passo inicial antes da conquista. Conquistar a si própria, melhorar a auto –estima. Renove o guarda-roupa, visual, corpo e mente e sinta-se bonita. Saia de casa e conquiste o mundo. Badale, beije muito, sinta-se desejada e atraente. Se os outros acharem isso fútil e superficial, avise que está matando sua carência. Depois de matá-la, literalmente, reveja se quem você gostaria de conquistar antes ainda merece ser conquistado.

Para a apaixonada, a coerência, paciência e não ficar cega são a chave do sucesso. A mulher apaixonada tende a se enganar e a ler nas entrelinhas com uma poesia que só ela vê e em muitos casos, ao ter sua paixão percebida, ficam lá empoeirando na estante dele, esperando, esperando... vai esperar até quando, querida?

Para a desesperada, tudo é mais complicado, pois ela sempre dá num jeito de dar uma de louca nas situações mais cotidianas, assustando o ser a ser conquistado em questão. Para essas só uns tapas, terapia e religião resolvem. Foguete desgovernado não conquista ninguém.

Para a que esta diluindo a ansiedade, o máximo que pode acontecer é a conquista. O “dançar conforme a música”, sem ansiedades e expectativas faz com que seja vista, lembrada e querida.

Vale lembrar também que conquistar é diferente de seduzir. Conquistar é algo mais a longo prazo, há envolvimento emocional. Já a sedução é momentânea - está ligada a uma vontade sexual. Se o cara só manifesta uma vontade em te levar para o Motel, você já sabe qual estratégia usou.

Porém, para todos os casos o segredo do sucesso da conquista passa por conceitos básicos que independem da estratégia que você esta usando. Gostar e admirar quem você é, sem ficar fazendo tipo é uma delas. A felicidade hoje em dia é o maior sex appeal dos últimos tempos. Ter vários “casinhos”e não depositar todas as suas “fichinhas” num cara só ajuda - e muito, até por que homem sente cheiro de homem e detesta mulher muito disponível. Toda e qualquer história só pode ser comprimida depois que dilatada, por isso, nada de sermão, DRs, pagadões e declarações. Se ele aparentemente esta te enrolando, finja que acredita e vai dando os limites com suas atitudes, afinal os fatos sempre falam por si. Esperta é a mulher que se faz de boba. O homem deve sempre achar que é ele quem esta conquistando e não o contrário.

Mas, o dia que esse jogo da conquista for algo previsível e fácil, viro gurú e fico rica. Por hora, assim como você vou aprendendo na prática sem medo de conquitar-me-te-se por aí.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sucesso X Felicidade


O que é ser bem-sucedido? É ter sucesso? E ter sucesso é ser feliz?

Aparentemente sim. Mas, nem sempre o que é sucesso para mim, ou aos olhos dos outros pode ser para você. Ser bem-sucedido, é ter bom êxito, em qualquer que seja a ação; e não necessariamente essa ação é admirada e comum a todos.

Será que o sucesso é relativo aos olhos de quem vê? Depende. Existem coisas que não são questionáveis, como ganhar uma copa do mundo, competições ou prêmios, receber uma homenagem. Já a Dilma ganhar as eleições de 2010, será que isso é um sucesso? Para ela, alguns milhões de habitantes e para o PT- sim, mas para o País, aí já não sei... Enfim, poderíamos citar uma infinidade de exemplos e iniciar uma extensa discussão sobre o tema.

Recentemente fui questionada sobre isso o que me fez perceber que muitas vezes iniciamos uma busca incessante pelo sucesso, principalmente financeiro, e junto com essa busca acabamos nos perdendo em alguns propósitos e princípios, pagando até um preço muito alto por isso. Será que vale a pena?

Mais uma vez, depende. Voltando lá para o início; o sucesso, ou ser bem-sucedido, é ter bom êxito. E só se tem bom êxito em algo, quando através de ações, ou sorte atingimos algum objetivo. Então, para avaliar se o sucesso vale à pena, deve-se avaliar também as variáveis que o envolve. É viável atingi-lo? Como vou alcançá-lo? Estou preparado para alcançá-lo?

Se para cada escolha uma renúncia será feita; será que minhas renúncias, também valem à pena? São éticas? Muitos homens casados focam em ter sucesso em relacionamentos extra-conjugais, sem que sua esposa saiba. O foco, objetivo desses homens, não são as mulheres, mas sim o sucesso das conquistas e em ser visto aos olhos de seus amigos como um garanhão bem-sucedido. Mas, será que esse sucesso é admirável ou ético? Ou será que nesse caso o bem-sucedido não seria ter vontade de voltar pra casa, porque lá ele encontra o que deseja (família, paz, harmonia) e muito mais do que a vaidade, poder e o dinheiro podem comprar?

Uma variável importante que deve ser avaliada também, talvez a principal - é o emocional. Temos equilíbrio emocional para atingir, ou obter certos sucessos? Esse equilíbrio e estabilidade emocional pode ser a chave para grandes sucessos, e admiração conquistada. O Bruno do Flamengo, por exemplo, teve muito sucesso no futebol, porém desacompanhado de um equilíbrio emocional. Nem sempre estamos preparados para receber certos sucessos, ou muitas vezes, certos sucessos simplesmente não são para nós. Não por que não somos merecedores, mas sim porque não fazem parte de nossa missão ou objetivos de vida. Quantas pessoas ricas e bem sucedidas estão doentes, deprimidas e infelizes?

O sucesso desacompanhado de felicidade, não é sucesso. Dinheiro desacompanhado de felicidade, não é sucesso. Amor desacompanhado de felicidade, não é sucesso. Conquista desacompanhada de felicidade também não é sucesso. Logo, o grande sucesso da vida é ter a sabedoria de pesar o custo x benefício da relação, sucesso x felicidade.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Move-On!


Movimentar é preciso, já dizia a minha mãe. Fazer “marola” é sempre bom, renova as energias e faz as coisas ao nosso redor acontecerem. Às vezes nos mantemos tão engessados em nossas rotinas, vidas e conhecido - que esquecemos de fazer a “roda da vida” girar. Sabe aquela coisa de abrir a janela só para deixar o sol e ar entrarem? Então, em nossas vidas também é preciso fazer isso.

Vocês podem achar que não, mas mofamos por dentro, e geramos um cupim-sentimental que nos corrói sem que percebamos, justamente pela falta de movimento e ações que repelem esses seres que se alimentam desses ambientes quase mortos e inertes.

Na linha do movimento, esbarramos no acaso, ou pseudo acaso.

A palavra “acaso” vem do latim (a casu, sem causa) e é algo que surge ou acontece a esmo, sem motivo ou explicação aparente. Possui três sentidos diferentes, que dependem do sentido que se dá à palavra causa:

O primeiro deles é algo que acontece sem finalidade ou sem objetivo – se opondo assim a teologia. O segundo, é algo que acontece sem ser conseqüência de algo passado, efeito que não se explica por uma determinação precedente – se opondo assim ao pré-determinismo. E no terceiro caso, é algo que acontece sem ser explicado por alguma relação com outra coisa, ou seja, sem qualquer determinação – se opondo assim ao determinismo. Logo, o acaso em um sentido pode não ser considerado acaso, em outro.

Interessante ir buscar na filosofia explicações de situações do cotidiano.

Por exemplo, estou escrevendo esse texto e o computador pifa. Pode ser considerado acaso no sentido da máquina quebrar, pois aparentemente não fiz nada de diferente do que faço todos os dias na utilização dela. Ao mesmo tempo, ela pode ter pifado devido a um desgaste de uma má utilização, ou qualquer outro motivo acumulado.

O acaso pode ter um sentindo mais subjetivista, atribuído à imprevisibilidade. Ou uma visão mais objetivista atribuído a misturas de interseções causais, digamos assim. E, até mesmo pode ser atribuído a uma insuficiência de probabilidades.

Se passo todos os dias em frente uma loja e num deles o dono da loja vem falar comigo, não é casualidade, mas sim conseqüência dessas interseções casuais que me fizeram ser notada. Mas, se vou fazer uma ponte aérea não programada e alguém interessante senta ao meu lado e dali nasce uma história, ou oportunidade de trabalho, aí sim é uma casualidade – bem aproveitada. Na verdade diria que nesse caso é sorte mesmo, pois se fosse uma velha chata, logo pegaria o Ipod, impossibilitando qualquer interação. E nessa não interação deixo de saber, que a velha chata é avó de um cara muito interessante que estudei, mas não vejo há anos e que esta super bem sucedido.

De qualquer forma, vale pensar nesse casamento de movimento, casualidade e sorte. Quando iniciamos ações como estas muitas coisas começam a acontecer – em efeito “cascata”. Mas, cuidado - os movimentos dependendo de como conduzidos, podem ser tanto para o bem, quanto para o mal.

Por isso, movimente-se! Deixe a preguiça de lado e comece a circular as energias ao seu redor. Abra suas janelas e deixe a borboleta entrar.