segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cyber Love

“Já sei namorar, já sei beijar de língua, agora só me resta sonhar”. Mas, apesar de já sabermos namorar, com a onda do “eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo me quer bem”, muitas pessoas andam só mesmo acompanhadas. E talvez seja por isso que os sites de relacionamento, de uma forma em geral, cresceram estrondosamente na última década.

Segundo pesquisas, o Brasil possui 35 milhões de solteiros e por mais que muitos não estejam procurando sua cara metade, estima-se que 3,5 milhões desses solteiros estão tentando a sorte nos sites de namoro virtual. E um em cada três internautas no mundo vêem a internet como um bom lugar para encontrar um namorado ou namorada.

Preconceitos a parte, e “vergonhas” também; por que esse canal pode ser tão interessante quando se está procurando um amor?

Excluindo as facilidades óbvias: não precisar sair de casa, se arrumar, fazer depilação, as unhas , passar perfume, e gastar dinheiro. Os sites de relacionamento é um portfólio de pessoas com currículo detalhado para o amor. Através desse meio você pode fazer buscas de perfis que se enquadram com o que você esta buscando; ao contrário do acaso, que só com o tempo vai se saber se o que “apareceu” condiz com o que se busca.

Quando pensamos no homem ou na mulher ideal, temos em mente um checklist cheio de pré- requisitos e coisas que gostaríamos, ou não, que o outro fosse ou tivesse. Mas, são poucas as vezes, ou nunca, que a vida coloca esse “príncipe” ou “princesa” encantada em nossas vidas, pois “dependemos” do acaso para que isso ocorra. E Justamente por “dependermos do acaso”, esses sites podem ajudar e muito, não só na facilidade, mas no casamento do foco com o acaso. A probabilidade de se encontrar e gostar de alguém dentro do seu foco é muito maior e melhor, do que contar somente com o destino.

Como na internet não se tem o vínculo emocional, o contato “olho no olho” e nem aquele “aproach” que faz você ficar completamente gamada. É muito mais fácil descartar os pretendentes virtuais, num chat, do que alguém que se conhece por um amigo, viagem, ou qualquer outro meio “não virtual” – mas, que foge do perfil buscado. As vivências trazem vínculos emocionais que nos fazem abrir mão e concessões que antes nem pensávamos. E assim vamos ficando e ficando, e culpando o “acaso” pela nossa falta de foco. Isso fica mais evidente nos quadros críticos de carência.

Se já sabemos que queremos sorvete de chocolate, não é melhor provar as variações do chocolate e escolher dentre elas a melhor; do que entrar numa sorveteria e ter que experimentar todos os sabores, para conseguir chegar até o de chocolate? Essas buscas, muitas vezes geram um cansaço emocional que faz você aceitar o sorvete de baunilha, mesmo sabendo que era o de chocolate que você queria.

Não estou dizendo que o canal virtual, substitui, ou é melhor que o ocasional / natural. Até porque não tenho hábitos e dados estatísticos pessoais que comprovem isso. Mas, na era da automatização, e busca pelo ganho de produtividade e qualidade nos processos de uma em forma geral; começo a acreditar nessa quebra de paradigma, e que esse canal, não só vai crescer muito nos próximos anos, mas como, quando utilizado com ética e foco, pode ser uma ferramenta facilitadora para o acaso - dentro dos nossos objetivos pessoais de relacionamento.

“Business love” e tecnologias a parte, ainda é preciso ter muita evolução nessa “cultura virtual”, pois ela depende de nós seres humanos comuns e cheios de sonhos, expectativas, maldades e mentiras - para existir. E por isso deve-se tomar muito cuidado, pois a facilidade também abre um universo de possibilidades e sem garantias. Logo, vale seguir regras básicas de auto-preservação, para evitar decepções, exposição desnecessária e perigos.

Aproveitando então, essa tecnologia; se você for hetero, entre 30-40 anos, alto, estabilizado profissionalmente e financeiramente, sem filhos, esta disposto a ser louco de amor por mim e tem muito bom humor; deixe seu recado no http://anaflaviacorujo.blogspot.com/. Quem sabe não te dou uma chance...

terça-feira, 13 de julho de 2010

O Fascínio dos anos 90!


A cada dia, ou ano, percebo mais o fascínio dos meninos-homens de vinte e poucos anos pelas mulheres de 30, 40, 50, até 60. A maturidade feminina exerce um efeito ferormônico em cima desses jovenzinhos interessantes.

Enquanto as mulheres de 30 (solteiras), são quase um repelente natural para os homens de 30 e poucos anos também solteiros; para os meninos-homens de 20 e poucos anos, as mulheres de 30 são um atrativo e tanto. Elas frequentam os mesmos lugares que eles, aparentam muitas vezes a mesma idade que eles; mas são independentes, moram sozinhas, pagam suas contas e luxos. Além de saberem o que querem, são seguras sexualmente, não fazem doce, conhecem seu corpo e sabem escolher um bom vinho. Mas, o melhor de tudo é que elas não querem compromisso com eles – mas, sim com os homens maduros e já estabilizados.

Essa combinação maturidade-jovem, é bem interessante, porque a mulher madura encontra no homem de 20 uma admiração, respeito, e leveza (nela) que muitas vezes não é reconhecida pelos homens de sua faixa etária. E o homem de 20 encontra nessa mulher uma fonte de aprendizados, afirmação de sua masculinidade e poder - pelo simples fato de estar “pegando” uma mulher mais velha. Ele vira um jovem poderoso, sério, consistente e maduro. Estar com uma mulher mais velha enaltece as melhores qualidades de um homem jovem. Já as mulheres maduras ao lado de um jovemzinho, relaxa e se abstém de cumprir papeis, seguir regras e protocolos da mulher para se casar. Ela consegue enaltecer seu lado espontâneo, leve, sem cobranças e descompromissado; além de receber um banho de vaidade e auto-estima.

Não estou falando de sexo fácil, mas sim de troca. Diria até que essa miscigenação etária pode ser bem positiva. No mínimo faz bem para o ego, pele – e abre a mente de ambas as partes.

Não estou estimulando o intercâmbio cultural entre as décadas de 80 e 90, ou outras – mas, esta estatisticamente comprovado que o maior mercado masculino hetero disponível hoje, são os jovens de 20 e poucos anos. Até as vovozinhas estão de olho nesse mercado, pois também esta estatisticamente comprovado que os homens morrem antes das mulheres, logo também contamos com a falta de vovozinhos disponíveis, ou vivos.

E já que “pirralho” ta brotando que nem pombo por todos lugares, por que não se juntar a eles? Ou você prefere ficar dias, e dias em frente a sua TV LCD 42’’, comendo sorvete e vendo pela 5ª vez as temporadas de Sex and the City? Apenas um alerta: só cuidado para não “pegar” o irmãozinho de algum ex-namorado ou netinho seu. Isso sim seria o fim da linha, viu vovó?

Mas, cuidado meninas, antes de juntar-se a eles verifiquem suas carteiras de identidade para não caírem no conto dos falsos-jovens. Aqueles que já saíram há tempos dos seus 20 poucos anos, mas esqueceram de crescer. Moram ainda na casa dos pais, não são independentes financeiramente, adoram se encostar em você e não conseguem sair do gerúndio: “Ainda estou estudando, juntando dinheiro, montando um negócio”, ou “aplicando na bolsa”. A maioria dos homens “faz nada” – vulgo desempregados, dizem que operam na bolsa de valores em casa – na casa dos pais, é claro! Por isso, fujam desses falsos-jovens, pois eles costumam ter papo ótimo e sabem fazer você se divertir, mas não são futuro para ninguém! O máximo que vão conseguir é sair da casa dos pais para a sua. Por isso, garantam um jovem original, da década de 90 mesmo. Esses sim vão te proporcionar torpedos a tarde, cinema com Milk Shake, beijo na porta da faculdade, sexo na cama de solteiro, jantar na lanchonete pago pelo Visa Vale e quem sabe, um lindo casamento!

Miscigenação etárias a parte, percebe-se que independentemente de idade, as relações são sempre grandes trocas de interesses e objetivos - momentâneos ou de uma vida inteira.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A porta

Sinto-me que nem um cachorrinho que vê a porta aberta no fim do corredor e sai correndo para descobrir o que existe do outro lado. Ao se aproximar, você fecha a porta. E o cachorrinho bate com a cara nela... uma, duas, três vezes, até entender que daquela porta, ele não pode passar. Naturalmente o cachorrinho perde o interesse em atravessar e descobrir o que há atrás daquela porta, e vai chegar uma hora que por mais que a porta esteja aberta, o cachorrinho não mais vai ter vontade em entrar, mesmo que você o chame.

terça-feira, 6 de julho de 2010

O Sonho Acabou


That’s all Folks! O sonho da Copa acabou para o Brasil. Bom, pelo menos a de 2010. O hexa agora só em 2014. Nessa sim o Brasil vai ter que baixar a bola, ou melhor a Jabulani e entender que arrogância não leva a lugar algum.

Essa Copa está mostrando isso, que a arrogância levou os 22 anões de Dunga para casa, e deixou 190 milhões de brasileiros zangados - como dizem os chargistas.

Assim como no futebol, os relacionamentos são movidos a sentimentos e paixão. E para darem certo, tem que haver cumplicidade. Uma relação exercida por poder, controle, acaba virando uma queda de braço, sem ganhadores - só com frustrações e stress emocional. Ficamos sem entender como pessoas com tanto potencial podem se perder e se desperdiçar tanto. Lutamos enlouquecidamente pelo controle e acabamos perdendo ele.

O Dunga pode até ser tecnicamente bom, mas sua liderança não foi exercida por ser nata, ou pela admiração adquirida, mas, sim pelo poder a ele designado. Sua antipatia e falta de companheirismo com a equipe, ficou clara em sua saída do estádio na derrota do Brasil. O Maradona apesar de um apaixonado nato e grande companheiro de sua equipe, percebeu também que arrogância leva os “hermanos” para casa – e todos vestidos.

Não tem jeito, na Copa, no trabalho, nos relacionamentos essa “imposição” não funciona. Subestimar o outro e ter auto-confiança demais nos faz acreditar que o jogo está ganho, que não é preciso fazer nada para conquistar e com isso, saímos do estado de alerta, baixamos a guarda, nos acomodamos - e abrimos margem para o inesperado acontecer. E nem sempre o inesperado bom.

A liderança é movida pela admiração, atrai seguidores e não “obedecedores”. Ela cria identidade, colaboração, sentimento de fé. Uma união de forças, movida por um objetivo comum e não por brilhantismos separados. O abuso do poder atrai desconforto, medo e instabilidade emocional, onde o objetivo principal vira o não falhar. O sentimento de “tensão” fica no ar. E mediante tamanha pressão e falta de reconhecimento, grandes potenciais se perdem e viram um enorme desperdício.

Na vida a dois fazemos muito isso; aproveitamos o gostar do outro, para exercer o nosso poder, e através do medo, ficar no controle, para não perdê-lo. Estabelecemos uma relação destrutiva e de falsa segurança, por pura vaidade e orgulho . Quando o outro só queria nos fazer feliz. E assim, objetivos que deveriam ser comuns, viram conquistas pessoais – e sem ganhadores. Por isso, muitas relações que poderiam dar certo e extrair o melhor de cada, vão ladeira a baixo.

O que nos resta para todos os casos é lamentar e tentar aprender com os erros, mas também para esses casos é preciso humildade. Não sei se o Dunga a terá. Não sei também se eu ou você - que já erramos muito nos relacionamentos, também teremos essa capacidade. Mas, já que a esperança é a última que morre, teremos até 2014 para nos preparar para Copa e arrumar um marido!