terça-feira, 6 de julho de 2010

O Sonho Acabou


That’s all Folks! O sonho da Copa acabou para o Brasil. Bom, pelo menos a de 2010. O hexa agora só em 2014. Nessa sim o Brasil vai ter que baixar a bola, ou melhor a Jabulani e entender que arrogância não leva a lugar algum.

Essa Copa está mostrando isso, que a arrogância levou os 22 anões de Dunga para casa, e deixou 190 milhões de brasileiros zangados - como dizem os chargistas.

Assim como no futebol, os relacionamentos são movidos a sentimentos e paixão. E para darem certo, tem que haver cumplicidade. Uma relação exercida por poder, controle, acaba virando uma queda de braço, sem ganhadores - só com frustrações e stress emocional. Ficamos sem entender como pessoas com tanto potencial podem se perder e se desperdiçar tanto. Lutamos enlouquecidamente pelo controle e acabamos perdendo ele.

O Dunga pode até ser tecnicamente bom, mas sua liderança não foi exercida por ser nata, ou pela admiração adquirida, mas, sim pelo poder a ele designado. Sua antipatia e falta de companheirismo com a equipe, ficou clara em sua saída do estádio na derrota do Brasil. O Maradona apesar de um apaixonado nato e grande companheiro de sua equipe, percebeu também que arrogância leva os “hermanos” para casa – e todos vestidos.

Não tem jeito, na Copa, no trabalho, nos relacionamentos essa “imposição” não funciona. Subestimar o outro e ter auto-confiança demais nos faz acreditar que o jogo está ganho, que não é preciso fazer nada para conquistar e com isso, saímos do estado de alerta, baixamos a guarda, nos acomodamos - e abrimos margem para o inesperado acontecer. E nem sempre o inesperado bom.

A liderança é movida pela admiração, atrai seguidores e não “obedecedores”. Ela cria identidade, colaboração, sentimento de fé. Uma união de forças, movida por um objetivo comum e não por brilhantismos separados. O abuso do poder atrai desconforto, medo e instabilidade emocional, onde o objetivo principal vira o não falhar. O sentimento de “tensão” fica no ar. E mediante tamanha pressão e falta de reconhecimento, grandes potenciais se perdem e viram um enorme desperdício.

Na vida a dois fazemos muito isso; aproveitamos o gostar do outro, para exercer o nosso poder, e através do medo, ficar no controle, para não perdê-lo. Estabelecemos uma relação destrutiva e de falsa segurança, por pura vaidade e orgulho . Quando o outro só queria nos fazer feliz. E assim, objetivos que deveriam ser comuns, viram conquistas pessoais – e sem ganhadores. Por isso, muitas relações que poderiam dar certo e extrair o melhor de cada, vão ladeira a baixo.

O que nos resta para todos os casos é lamentar e tentar aprender com os erros, mas também para esses casos é preciso humildade. Não sei se o Dunga a terá. Não sei também se eu ou você - que já erramos muito nos relacionamentos, também teremos essa capacidade. Mas, já que a esperança é a última que morre, teremos até 2014 para nos preparar para Copa e arrumar um marido!

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa! Melhor que esse Blog só a dona. Adorei! Bj, L.