quarta-feira, 21 de maio de 2008

Presente de Grego?


Um casal vai fazer aniversário de namoro e a namorada toda animada começa a procurar um presente que traduza o seu sentimento, uma “besteirinha”, um agrado para o seu namorado que o faça lembrar dela e dos doces momentos passados juntos.

- Posso ajudar?
- Boa tarde! Estou procurando uma lembrança para dar ao meu namorado...
- Veio ao lugar certo, temos vários presentes para você dar para o seu amor!
- Ah, ótimo! Qual o seu nome?
- Katilce.

E a namorada pensou: “Nossa que nome é esse da vendedora?”. Realmente, Katilce ninguém merece! E o pior sei de outras no mundo!

Mas, voltando...

Depois de alguns minutos na loja, algumas enquetes feitas por Katilce com outros fregueses, a namorada decidiu que levaria um boneco-travesseiro moderninho, com um coração amarrado pelos braços escrito: “Te dou o meu coração”; o presente certo que traduzia perfeitamente seus sentimentos.

Toda animada a namorada vai encontrar o seu amor com um embrulho enorme, cartão, fotos, enfim... um kit completo de “aniversário de namoro”, e o namorado aparece, com uma florzinha e diz:

- Parabéns meu amor! Pensei em te comprar rosas vermelhas, mas achei melhor essa florzinha mais diferente, pois se você cuidar direitinho vai durar mais!

E a namorada pensou: “Ãh??? Como assim??? Por que não comprou as rosas?? Toda mulher ama rosas! Que florzinha diferente é essa? Eu queria rosas, ou orquídeas, ou tulipas, ou flores do campo, ou um arranjo de 3kg de flores!! Que raio de florzinha é essa?”

- Nossa! Que linda... amarela.... minha cor predileta! Vou cuidar direitinho sim.... agora abre o meu!

E o namorado pensou: “Que cara foi essa? Será que ela não gostou? Quis ser original e será que errei? Pô e essa florzinha aí foi bem mais cara.... vai entender as mulheres....”.

E o namorado pega aquele embrulho enorme, com laço, papel, cartão e de forma sem graça e intimidado vai desembrulhando, desembrulhando e quando olha aquele boneco, naturalmente diz:

- O que eu faço com isso?

Depois de seu momento “florzinha” a namorada pensa: “enfia no...”, mas...

- Ai amor... é para você colocar na sua cama quando sentir saudades, lembrar de mim... ah! Tem uma utilidade também, abre esse fechecler... é um porta pijamas! Não é lindo?
- Porta pijamas?? Eu não uso pijamas! Essa coisa é meio... sei lá.... toda vermelha, roxa, amarela.... isso é presente de mulher! Eu é que devia ter dado isso para você e não você para mim, nada a ver!

E a namorada pensou: “Eu não escutei isso...”

E ele pensou: “Que raio de boneco boiola é esse? Essa loja tem várias coisas maneiras, não entendo por que mulher adora inventar!”.

Naquele momento a discórdia foi lançada! A noite de comemoração acabou e deu lugar há horas e horas de DR (Discussão de Relacionamento). A namorada ficou arrasada, achando o seu namorado o ser mais mal educado do mundo, por rejeitar seu presente e o drama foi estabelecido. Depois do balde de água fria e um longo “chororô” de ambos, o “boneco da discórdia” e a “florzinha quase rejeitada” ficaram lá “jogados” no quarto da namorada.

Mas, após uma noite de sono, ou quase, e de muito, muito pensar.... a namorada pegou a florzinha de sua cor predileta, colocou num lindo vaso e voltou a loja com o boneco...

- Katilce! Vim trocar o boneco...
- Como assim? Desistiu?
- Pois é... sei de um presente que define melhor o meu amor por ele...
- E vai trocar pelo o quê?
- Por aquele “kit jardinagem”.

A namorada percebeu que mais do que um namorado sincero, aquilo tudo não se passava de uma expectativa frustrada de ambos e uma grande besteira. E finalmente percebeu que para um relacionamento com amor sobreviver, é preciso cuidar e regar todos os dias como se fosse uma florzinha... com muita paciência, tolerância e jogo de cintura. Mas, a cima de tudo, que quando você não quer errar, não inventa!


domingo, 18 de maio de 2008

Mãe é Mãe!



Dia das Mães, data comemorada universalmente, comercial ou não, movimentação da economia ou não, não importa, pois proclamar o amor, principalmente materno não está nada fora de moda e sempre dará o maior ibope, afinal Mãe é mãe!

Mãe é mãe, igual a todas, diferente de todas e popularmente singular.
A que cuida, que chora, que se comporta como uma leoa quando mexem com sua prole.
A que queremos, pensamos e chamamos na hora do aperto, ou só por chamar.
A que incondicionalmente nos ama, façamos chuva ou façamos sol e a que só, a que só nos entende.
Antes de sermos pais, sempre fomos filhos e para nossas mães sempre seremos a eterna criança.
Não escolhemos nossa mãe, mas sábios os que aprendem que o amor, assim como mãe, é singular, particular e que sempre existe, mesmo parecendo não existir.
Mãe é mãe!

Deixo aqui a minha homenagem a todas as mães, pelo dia de ontem e por todos os dias.... mas, não poderia deixar de fazer uma singular homenagem a minha mãe, pois mãe é mãe e a minha se chama Sonia....

Mãe,
Obrigada por ser a minha melhor amiga, meu porto seguro, minha fonte de força, paz e luz.
Obrigada por me ensinar, me ajudar a construir, desconstruir, reconstruir e reinventar.
Obrigada por ser esse exemplo de mulher, de otimismo e esperança.
Obrigada por despejar, compartilhar e distribuir essa alegria, luz, musicalidade e paixão por onde passa.
Obrigada por me entender mais do que eu mesma e não deixar a gente se desentender.
Obrigada por me deixar ter ciúmes, pois só sente ciúmes quem ama incondicionalmente.
Obrigada por ser jovem e ser mãe, e não me deixar ficar velha.
Obrigada por andar comigo, lutar comigo, rir comigo, chorar comigo e viver comigo.
Obrigada por todas as brigas, pois sem elas não seríamos maduramente o que somos.
Obrigada pelo seu e meu espaço que é só nosso.
Obrigada por existir, me fazendo existir, que nos faz perfeitamente imperfeitas, mãe e filha.
Te amo!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Invisibilidade Visível e Incômoda!


Existe uma camada em nossa sociedade que muitas vezes consideramos invisível, que passamos reto, evitamos olhar ou ver. Alienação ou não, desconsideração ou não, peso na consciência ou não, essa visibilidade e atendimento é de cada um, de cada consciência pesada ou não. Porém, de umas semanas para cá, me tornei pára-raios de pedintes e confesso que essa pseudo invisibilidade tornou-se não só visível, mas como muito, muito incômoda, principalmente por ser uma invasão do meu espaço. Era só pisar na rua, ir à praia, ficar numa fila de restaurante, sentada num bar, que a “pedintarada” de todos os tipos aparecia, ou melhor, aparece com as melhores histórias trágicas possíveis, para perturbar a sua paz e te deixar com dor na consciência em não dar aquele trocado, ou atenção. Confesso que esses pedintes me deixaram irritada e incomodada com essa patética situação do país de desemprego e dificuldade de sobrevivência nessa quase “terra de Marlboro” sem lei e valores, mas de uma beleza e paixão absurda! Fazer o quê? Alguém pode me dizer?

Outro dia estava na praia com uns amigos, no maior clima e papo, mas de 5 em 5 segundos vinha um “pedinte de latinhas” - era só abrir um refrigerante ou uma cerveja que os “pedintes de latinhas” brotavam que nem pombos por todos os lados, entre um gole e outro gritando: “Tá vazia, Tia?”, (ai ai, como eu detesto esse “tia!”), para cortar qualquer clima de diversão! Aí à noite lá vou eu para um barzinho, tomar um choppinho gelado, namorar, ficar de papo e dar boas risadas, mas os “pedintes de compra um chicletinho, bala, caneta, chaveirinho... para ajudar a comprar o remédio do filho” invadem a sua mesa e lá permanecem até você dizer pela vigésima vez que “Não obrigado!”. No dia seguinte, você está lá no metrô indo para o trabalho com aquela ressaca, e ao seu lado aparece uma “pedinte, tive um derrame” sentada e ainda com um bafo de cana te pedindo uma ajuda. Alguém merece? Em “Caospacabana”, não consigo andar nem um quarteirão, sem que qualquer pedinte apareça, fora os esparramados pelo chão! Tudo bem que Copacabana é a maior “Lândia” de todas as Áfricas e parques, praticamente uma aventura urbana...Mas, outro dia foi demasiadamente demais: estava lá eu andando com meu namorado, tentando dar um ar de romantismo na rua Nossa Senhora de Copacabana à procura de um pão de queijo quentinho, antes de ir para um compromisso, eis que surge uma criança “pedinte de me compra um prato de comida e em troca te dou um doce de leite”, que grudou em nós e desandou a tagarelar com uma desenvoltura de gente grande e inteligência surpreendente, praticamente um político, que me deixou ao final de seu discurso com dois doces de leite nas mãos. Fazer o quê? Às vezes não basta ser cidadã, tem que participar! Na seqüência da caminhada rumo ao pão de queijo me deparo com um deficiente físico fanho, que sai pulando em nossa direção quando íamos atravessar o sinal, e malandramente, viro e falo: “Não tenho dinheiro, mas tenho doce de leite, toma!”, só que escuto fanhamente: “Eu só queria uma ajuda para atravessar a rua!”. Ops! Não era dinheiro, mas era um “pedinte de atravessar ruas” Tenho certeza que se atravessássemos, ele pediria um dinheiro do outro lado! Não satisfeitos, os pedintes do meu Brasil... ao virar a esquina, uma senhora que falava no orelhão, interrompe a sua conversa e nos aborda; pensei que seria uma “pedinte de informação”, mas não, era uma pseudo enfermeira, pseudo falando com a mãe, que ficou pseudo falando sozinha, pois minha paciência esgotou e segui andando, até porque, depois de quase um curso PHD de pedintes, percebi que eles precisam de treinamento urgente para serem mais objetivos, diretos e se comunicarem mais claramente. Nunca vi tanta prolixidade para contar uma história!! Socorro!!

Enfim... nessas semanas fui pára-raios de pedintes, não sei se isso tem acontecido com vocês e não sei como melhorar essa visibilidade, ou se devo apenas torná-los invisíveis mesmo. Mas, já que a onda é pedir... aproveito este texto para pedir que vocês divulguem a pobre escritora aqui, meu blog, meus textos, me indiquem para colunas de amigos, corrijam meus erros de português e concordância, e me ajudem a ganhar dinheiro com a escrita, afinal para ajudar tantos “pendintes” só entrando mesmo para a classe!