domingo, 18 de novembro de 2007

VOCË...

Você...

Quando te conheci, me encantei.... seu jeito tímido no meio da multidão, me fez ver seu brilho especial. Você faz meu estilo, tem o jeito que me faz ficar sem jeito. De início, não percebi que meu interesse era seu interesse.... quando vi, estávamos lá, os dois tímidos e sem jeito... mas, no meio de luzes coloridas, músicas, bebidas, festas e frisson... a multidão sumiu e no cenário, restaram apenas dois personagens principais, eu e você, você e eu. Tivemos um encontro, um encontro de almas, um encontro de diferenças, físicas, regionais, culturais. Mas, os encontros são mágicos, não tem sotaque, porém, tem muita língua. Fomos nos conhecendo aos poucos e aos muitos. Logo, percebi que seu brilho era meu brilhar, seus braços meu agasalho, seu corpo um perfeito encaixe no meu quebra cabeça. A distância sempre nos separou, o trabalho nos aproximou, o destino nos cruzou e o desejo nos encontrou. Seu olhar sempre me hipnotizou, seu querer me apaixonou, você me conquistou e o avião te levou... a Internet nos conectou, os telefonemas nos saciou, os torpedos nos bombardeou e esse mesmo avião te buscou... uma, duas ou mais vezes... e com ele trouxe também a insegurança, o medo, o prazer, o lidar sem saber lidar, o se dar com medo de se machucar. Viver envolve risco, envolve sentimentos e emoções, encontros e desencontros, ganhos e perdas, graça, ou até desgraça... mas, para mim, nunca arrependimento. Arrependimento seria se nada acontecesse, se aquele brilho nunca tivesse sido o meu brilhar. Tive que me perder, perder a cabeça, perder o juízo, perder você, para quem sabe me achar. Falei para você ir, para ficar com a minha insegurança e sozinha. As circunstâncias nunca foram as mais favoráveis, mas os desejos, as vontades e os sonhos infinitos. Mas, só de sonhos e vontades ninguém vive, vive-se de escolhas, encontros, conquistas diárias. Agora, o que me resta é a reconquista, ou apenas as lembras de momentos vividos, de uma história que nem sei se teve início, meio, ou fim....

Mais Você...

Quando pensei que não mais iria a encontro de ansiedade, frio na barriga, nervosismo em te reencontrar, o susto veio até mim. Desconfortável fiquei, mas alegre também. O nervosismo pairou no meio do salão, olhares se cruzaram inibidamente, porém nada misteriosos.... olhares que se conheciam, olhares com cheiro e de forma de lembranças de um passado bem sedutor. Poucas palavras foram trocadas, porém as deixas foram deixadas para deixar sentir a vaidade. Quando não mais pensei que seríamos um casal, lá estávamos nós de novo, mas agora eu em seu cenário... chuvoso, verde e plano... tão plano que me entediei e nem a “saikirinha” de kiwii adoçou a amargura de um coração já muito magoado. No meio de seu papo, sua voz deixou de ser uma música romântica e melosa e passou a ser um longo blá, blá, blá e quando me dei conta, que a frase “me beija por favor” se transformou em “O que estou fazendo aqui?” Me perguntei... Cadê o encanto? Onde estão os sininhos? O cheiro? Aquele arrepio que me consumia? A sua minha necessidade? Você ali na minha frente, mal podia o destingir de um bloco de concreto, talvez um pouco mais oco.... te beijar para que? Para quê? Para quê beber mais uma vez de um veneno que hoje estou imune. Para quê me suar da ressaca moral do dia seguinte? Senti vontade de sorrir... as fichinhas caíram uma por uma, simples assim.... me dei conta que acabou, ponto final, the end, game over e ponto para as meninas. Saí do carro, dois beijinhos e boa noite-estrelada na plenitude da lua brilhando na terra do planalto central.


Você... Não tem jeito...

É isso aí... eu não sei parar de te olhar, eu não sei parar de te olhar, eu não me canso de olhar... eu não me canso de lembrar da noite enlouquecedora de prazer que mais uma vez tive com você. Você que tinha ficado no Planalto Central, voltou a buscar as curvas do Corcovado e nem Cristo foi capaz de me fazer resistir.
Você não me mobiliza mais como antigamente... amor, paixão, foram reduzidos a um enorme tesão e química perfeita que existirá sempre em nossa composição orgânica. Sonhos foram reduzidos a desejos, fantasias momentâneas e expectativas foram reduzidas a pura essência da sensação de prazer.
Uma noite como não lembrava mais, como nunca me senti, como nunca fui desejada por você... me senti a dona do pedaço, a rainha da luxúria explorando os limites do meu e do seu corpo até cair de cansaço, até chegar a exaustão de dois corpos com um perfeito encaixe. Viramos um só de uma forma simbiótica, como um quebra-cabeça completo. Por mais louco que você seja e por mais louca que você me deixa, você faz a coisa com graça, zelo, cuidado, carinho e tesão... Me deixa dominar, me trata como rainha, como se não existisse outra mulher no mundo, ou outra mulher que você desejasse mais. Me chamou de amor e paixão e quase por um momento me deixei acreditar ou queria acreditar nisso.... mas, já te conheço tão bem de todos os jeitos, até do avesso, que a realidade hoje fala mais alto que o sonho de ter com você um amor desses de cinema que não vai faltar carinho e muito menos cumplicidade.
A noite de ontem foi literalmente sensacional, estou leve de tanto prazer que senti. Nos seus olhos vi que sou importante para você, mesmo que você insista em me fazer acreditar que não e que diversos detalhes não são e não foram detahes.... já tinha me esquecido de como era bom ser sua, mas também foi ótimo lembrar que não sou mais sua e que não mais és meu, mesmo sem nunca ter sido de fato. É isso aí... são muitas formas de amar. Amanhã? Não sei... também não espero muitas surpresas, mas não será nada mal ser surpreendida com você nos meus braços, dando choque e delirar de prazer, nem que seja só por uma noite...

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