quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Camisinha é Marketing?

Século XXI, revolução sexual, tempos modernos, estrogênio e testosterona a flor da pele e a camisinha para uns algo já natural, mas para outros ainda um “bicho de sete cabeças”. Por que tantos homens modernos resistem em usá-las e tantas mulheres modernas resistem em levá-las?

Moderna ou não, sei que este é um assunto no mínimo desconfortável, na abrangência e aplicação da palavra. Acredito que para os homens a camisinha não só “quebra o clima”, mas principalmente marca efetivamente o fato de que ele, de fato, tem que cumprir o seu papel de homem. E, pode ser que essa “cobrança inconsciente” faça com que muitos desses homens desanimem, na abrangência e aplicação da palavra. No caso das mulheres, acredito que, mesmo as modernas, a camisinha não deve ser pedida por elas; sua colocação deve ser uma ação já natural do homem, mas isso nem sempre ocorre e o desconforto acontece tanto para o homem quanto para a mulher, que acabam deixando de usar.

Século XXI, tempos modernos e mesmo assim, pessoas com cultura e instrução ainda não tem a cultura do uso condicional da camisinha, mesmo entendendo que somos 100% responsáveis por nossa saúde física, financeira, mental, espiritual, emocional, sentimental... sexual. Quando o homem é seguramente bem resolvido com aquela rodela de borracha, a segurança e a satisfação em sua quase totalidade é garantida, diria até garantidíssima! Mas, quando não é, historinhas, DRs, e criatividade ganham espaço “quebrando o clima” transformando o momento de orgasmo para frustração:

Um casal, ela do Rio de Janeiro, ele de Recife - sai para jantar. Sintonia total, só risos, olhos brilhando, deixas no ar, beijos ardentes, um sakê, dois, três e o clima é tomado pelo desejo e desespero de duas pessoas que se querem, e “tem que ser agora”.

O casal sai do restaurante para um destino certo e reservado. Beijos safados, toques, roupas pelo chão, tudo muito natural como dever ser. Mas, a coisa vai evoluindo, evoluindo, evoluindo e:
Ela: Epa.... camisinha.
Ele: Camisinha?
Ela: É... camisinha. Você não tem?
Ele: Não...
Ela: Como não?
Ele: Eu não uso camisinha.
Ela: Como assim, você não usa camisinha?
Ele: Claro que não! Camisinha é marketingue! (marketingue = marketing acompanhado do sotaque de Recife)
Ela: Ãhhh?? Marketing??
Ele: É... puro marketingue, colocam os artistas na televisão falando: “Usem camisinha!”, “Usem camisinha!” e as pessoas usam! Puro marketingue! Cabra macho não usa camisinha não.

Uma gargalhada foi dada e aos risos:

Ela: Você prefere não transar a transar de camisinha?
Ele: Sim...
Ela: Bom, então é hora de ir embora...

Nos tempos de hoje escutar uma dessas, só rindo mesmo. Porém, deixando a hipocrisia de lado e longe de atirar qualquer primeira pedra, quem nunca caiu na famosa “Só a cabecinha”? O que é preciso colocar na cabeça de baixo, você ou ele, é que camisinha tem que necessariamente estar no bolso e não na prateleira da farmácia.

Se você homem não tem firmeza suficiente para colocar isso na cabeça, não fique desanimado! Uma dica: pratique em casa! Na vida, é tudo exercício e prática! Acredite, vai funcionar. Se você mulher não tem firmeza para entrar numa farmácia e comprar um estoque pessoal de camisinha, sem problemas, apenas tenha firmeza em não transar quando ele firmemente só quiser sem a camisinha. Até porque, numa situação desanimadora dessas, mesmo com a camisinha em mãos ou na cabeça, você vai ficar a ver navios!

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