sábado, 1 de março de 2008

Camisinha é Marketing?


Século XXI, revolução sexual, tempos modernos, estrogênio e testosterona a flor da pele e a camisinha para uns algo já natural, mas para outros ainda um “bicho de sete cabeças”. Por que tantos homens modernos resistem em usá-las e tantas mulheres modernas resistem em levá-las?

Moderna ou não, sei que este é um assunto no mínimo desconfortável, na abrangência e aplicação da palavra. Acredito que para os homens a camisinha não só “quebra o clima”, mas principalmente marca efetivamente o fato de que ele, de fato, tem que cumprir o seu papel de homem. E, pode ser que essa “cobrança inconsciente” faça com que muitos desses homens desanimem, na abrangência e aplicação da palavra. No caso das mulheres, acredito que, mesmo as modernas, a camisinha não deve ser pedida por elas; sua colocação deve ser uma ação já natural do homem, mas isso nem sempre ocorre e o desconforto acontece tanto para o homem quanto para a mulher, deixando por assim deixar de usar.

Século XXI, tempos modernos e mesmo assim, pessoas com cultura e instrução ainda não tem a cultura do uso condicional da camisinha, mesmo entendendo que somos 100% responsáveis por nossa saúde física, financeira, mental, espiritual, emocional, sentimental... sexual. Mas, quando o homem é seguramente bem resolvido com aquela rodela de borracha, a segurança e a satisfação em sua quase totalidade é garantida, diria até garantidíssima! Mas, quando não é, estórias, DRs e a criatividade ganham espaço no momento da “quebra do clima”, que define o momento em orgasmo ou frustração:

Um casal, ela do Rio de Janeiro e ele de Recife morando no Rio, em início de relacionamento, ou melhor, “conhecimento”, saiu para jantar. Sintonia total, só risos, olhos brilhando, deixas no ar, beijos ardentes, um sakê, dois, três e o clima é tomado pelo desejo e desespero de duas pessoas que se querem, e “tem que ser agora”.

O casal sai do restaurante para um destino certo e reservado. Beijos safados, toques, roupas pelo chão, tudo muito natural como dever ser. Mas, a coisa vai evoluindo, evoluindo, evoluindo e:

Ela: Epa.... camisinha.
Ele: Camisinha?
Ela: É... camisinha. Você não tem?
Ele: Não...
Ela: Como não?
Ele: Eu não uso camisinha.
Ela: Como assim, você não usa camisinha?
Ele: Claro que não! Camisinha é marketingue! (marketingue = marketing acompanhado do sotaque de Recife)
Ela: Ãhhh?? Marketing??
Ele: É... puro marketingue, colocam os artistas na televisão falando: “Usem camisinha!”, “Usem camisinha!” e as pessoas usam! Puro marketingue! Cabra macho não usa camisinha não.

Uma gargalhada foi dada e aos risos:

Ela: Você prefere não transar a transar de camisinha?
Ele: Sim...
Ela: Bom, então é hora de ir embora...

Nos tempos de hoje escutar uma dessas, só rindo mesmo. Porém, deixando a hipocrisia de lado e longe de atirar qualquer primeira pedra, quem nunca caiu na famosa “Só a cabecinha”? Mas, o que é preciso colocar na cabeça, você ou ele, é que camisinha tem que necessariamente estar na cabeça e não na prateleira da farmácia.

Se você homem não tem firmeza suficiente para colocar isso na cabeça, não fique desanimado! Uma dica: pratique em casa! Na vida, tudo é exercício e prática! Acredite, vai funcionar. Se você mulher não tem firmeza para entrar numa farmácia e comprar um estoque pessoal de camisinha, sem problemas, apenas tenha firmeza em não transar quando ele firmemente só quiser sem a camisinha. Até porque, numa situação desanimadora dessas, mesmo com a camisinha em mãos ou na cabeça, você vai ficar a ver navios!

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