terça-feira, 23 de julho de 2019

Human love

Quando fecho os olhos e me lembro de nós, posso nos sentir como um filme.
Hoje sou capaz de entender que nossa não história existe para podermos manter nossa história. A mais verdadeira, pulsante, intensamente inexplicável, vividamente vivida num formato atemporal. Tão bom poder guardar esse sentimento em um potinho dentro de mim, congeladamente vivo em minhas memórias afetivas e circulação.
Sentimentos únicos sempre serão nossos, nesse caso, só nosso.
Nunca seremos, já fomos - e foi perfeito. Certas memórias boas apenas se mantêm por terem sido injustamente acabadas; para poder deixar uma saudade pausada, estacionada lá no que foi bom.
Quando fecho meus olhos e penso em nós, sorrio. Sorrio com graça, com um amor atemporal de privilégio único em entender que a morte chega antes do até o que nos separe, para ironicamente não nos separar. Esbarramos em nosso amor todos os dias, pelas bandas e músicas da vida para termos a certeza de saber que certos amores só se vive uma vez. Como um disco single.

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