Transferimos muitas vezes para o
amor uma responsabilidade que ele não tem.
Transferimos para uma relação algo
que queremos viver e que muitas vezes nada tem a ver com amor.
Cada vez mais desconstruo e busco
me despir de padrões que julgo fazer feliz dentro de uma relação.
Por hábito, valores, referências,
repetimos padrões que julgamos serem certos e bons.
O que é certo e o que é bom?
Vejo relações certas, fragmentaras
e ruins. Assim como vejo relações erradas, inteiras e boas.
Quando conhecemos alguém, logo
trazemos nossos pré-conceitos, desejos e necessidades que buscamos dentro de
uma relação. E com base nisso julgamos se aquela pessoa serve ou não para nós.
Isso nada tem a ver com amor, tem a ver com se aquela pessoa se encaixa no que
eu quero viver com ela.
Amor é dar espaço para que cada um
dilate e transborde o que é e nesse transbordo nasce uma relação, e não o
contrário.
Joana
conheceu Pedro, e adorou, mas Pedro fumava. Pedro conheceu Joana, e adorou, mas
Joana morava em uma cidade à uma hora da dele. Logo, Pedro e Joana nunca se
conheceram de verdade e nunca descobriram que ela por enxergar a vida de uma
forma mais leve, afastaria os maiores e mais bobos medos de Pedro. É que ele
por ser tão seguro em suas convicções, faria Joana descobrir uma segurança
interna que ela nunca teve. Sem os medos, Pedro perderia a necessidade de fumar
e Joana se mais segura, teria a coragem que precisava para ir morar na
metrópole. Não é o ter ou não ter que transforma, mas o sentir.