quinta-feira, 23 de abril de 2009

A arte do se reapaixonar...


Oi... estou aqui.
Eu também sempre estive.
Nunca tinha reparado nessa sua pinta antes.
E eu, que você sorri quando dorme.
Você parece diferente.
Você também.
Acho que mudei.
Eu também.
Senti a sua falta.
E eu, a sua.
Mas, nunca nos separamos.
Será que nos reapaixonamos?

Você acredita que podemos nos reapaixonar pela mesma pessoa várias vezes?
Será que a paixão é um sentimento linear possível? Ou ela vem e vai com o tempo?
Se mudamos todos os dias, como manter um sentimento como a paixão?
Será que vivemos apaixonados, ou precisamos de paixão para viver?

Muitas perguntas, muitas dúvidas quando as “borboletas no estômago” param de bater, ou voltam a bater sem qualquer explicação.

Segundo especialistas, a paixão nos faz perder a individualidade e poder de raciocínio. Idealizamos e quando essa idealização passa e enxergamos a realidade o sentimento de paixão se transforma em outro sentimento: amor, indiferença, amizade.... ou qualquer outro que só o ex apaixonado pode responder.

Dificilmente acordamos todos os dias apaixonados pela vida, trabalho, amigos, namorado, filho, mulher, pai, mãe, ou por nós mesmos. Nem todos os dias somos movidos pelo sentimento da paixão - a mola motivacional que nos faz sorrir sem qualquer explicação e emanar uma luz interna. Mas, todos os dias podemos nos reapaixonar pela vida, trabalho, amigos, namorado, filho, mulher, pai, mãe, e principalmente por nós mesmos.

Chego a conclusão que a vida é assim, simples e complicada, cheia e vazia, estranha e familiar. Surpresas nos surpreendem, a realidade nos assusta e preenche, e as cores vem e vão - assim como a paixão. Não sei você, mas eu preciso de paixão para viver, mas isso não quer dizer que vivo o tempo todo apaixonada. E assim voltamos ao ponto do sim, não ou talvez da confusão.

Errada ou certa, acho que sim: podemos nos reapaixonar pela mesma pessoa, uma, duas, três ou infinitas vezes. Com afastamento, ou sem. Em um espaço curto, ou longo, ou até em espasmos. A paixão é um estado de espírito que só sobrevive sendo regada todos os dias. Um dos adubos para a paixão é a tolerância, esperança, crença, simplicidade, vontade, e boa vontade.

Eu me reapaixonei recentemente e foi maravilhoso, pois tive a capacidade de ver o mesmo de forma diferente. Nada como inovar o conhecido! Reencaixar o que já encaixava. É quase que saborear a saudade.

Por isso, se não se sente mais apaixonado, espere, tolere e se abra para a possibilidade de deixar a realidade te reencantar. Os sentimentos não são lineares, pois a vida não é linear e quem muda todos os dias, sente coisas novas todos os dias. Um dia você pode estar assim, outro dia você pode estar assado. Mas, acredite, melhor que se apaixonar é se reapaixonar!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A fim de mim.


Na semana passada fui assistir o filme “Ele não está tão a fim de você”, lógico que fui na companhia de minhas amigas, pois homem algum no planeta é capaz de assumir que quer assistir um filme desse gênero, mesmo estando muito a fim de você. E foi ótimo!

Já havia lido o livro - quase uma bíblia que todas as mulheres nos dias de hoje devem ter em suas cabeceiras. Não porque é preciso aprender a ler os sinais que o cara não está a fim de você, mas para entender os sinais e se valorizar para o cara certo ficar na sua e com você. A gente sabe quando o cara não está a fim, mas não sei por que na vida temos a incrível capacidade de nos contar histórias, e principalmente nos alimentar delas. Só pode ser carência!

O mais engraçado do filme e grande verdade, que além de nos contarmos histórias, nossas amigas queridas, para nos dar apoio nos alimentam também de histórias surrealistas de amor eterno para trazer um pouco de “quentinho” aos nossos pobres e pseudo-enganados ou auto-enganados corações.

Mas, o meu questionamento é: Será que realmente nos interessamos por esses homens? Ou será que é porque aparentemente eles são uma espécie em extinção? Será que muitas vezes não queremos somente ganhar a competição da solteira eleita a 1ª dama de um coração qualquer, só para não fazer parte do clube das pseudo-encalhadas?

Bom, sei que a carência universal feminina está surtando o planeta! Sou obrigada até a concordar com os homens de saírem correndo das loucas à beira de um ataque de nervos, que jogam a culpa no grupo “Mulheres que amam de mais” e não no grupo que deveriam fazer parte do “Mulheres que se amam de menos”.

O problema de fazer tudo errado com os sinais: “Ele não está tão a fim de você” é que nos transformamos em um repelente masculino, ao invés de sedutoramente transformarmos o “não” em um “quem sabe com o tempo podemos ficar um a fim do outro”. Mas, não! Precisamos vencer a maratona, ter as respostas para “ontem”. E assim, além de ficar com baixa auto-estima, damos uma dose de alta auto-estima, para um fulano insignificante qualquer! Acorda mulherada!!

Independentemente de tempo, o cara que não está a fim de você, não vai ficar a fim de você! Não porque você é torta, ou tem algum problema, mas simplesmente porque ele não está a fim de você e ponto. Não pense, ou fique elucubrando os motivos. Fique com a sua auto-estima e siga em frente, por que como o ditado diz: “homem é que nem biscoito, vai um vem dezoito” e esse baby, com certeza não foi o “ultimo do pacote”. Dá uma olhada em volta e perceba os que estão a fim de você. Só que esses você não vê, não quer! Acha até que são gnomos, ou seres invisíveis. Fique então, sozinha e feliz!

A vida não tem regras, a hora que tiver que acontecer vai acontecer. Histórias sempre serão aprendizados e muitas vezes somente hilárias histórias. Nem sempre o ditado vai ser: “João que amava Maria, que amava José, que amava Joana, que amava João”, pois podemos mudar para: “João que amava Maria, se apaixonou por Joana, Maria esqueceu José e se encantou por Pedro e José resolveu se amar, pois descobriu que não se pode amar ninguém antes de amar a si próprio.”