A poesia e o sexo se encontraram
em um bar de estilo singular. Ele, o sexo, ofereceu um gin para a poesia. Era a
maneira mais fácil de chegar até ela enquanto ela recitava sua inteligência em
frases de total sentido e beleza. Quem seduzia naquela mesa era a poesia e não
o sexo. O sexo exalava alegria, sentir, um arrepio ao gesticular e se
movimentar. Sua vivência era tão intensa que chegava a suar naquele encontro.
Já ela, exalava por todos os poros seu encantamento e brilho. E isso só
acontecia porque o sexo sabia a hora certa de entrar. Ele entendia que antes
era preciso dilatar para ela transbordar. Aquele foi o primeiro de muitos
encontros entre a poesia e o sexo. E em todos eles havia algo singular, como
aquele bar. Eles se entendiam sem palavras, porque ambos se faziam sentir.
Construíram algo só deles e tão íntimo, que descobriram que somente juntos
podiam conquistar o mundo, afinal separados seriam apenas um sexo casual e uma
poesia clichê.
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