Amor
bem me quer, mal me quer. Eu que sempre gostei das margaridas me vejo nesse bem
ou mal amor. Amor que bem me quer e mal me quer, ou não me quer, ou me quer sem
querer, não por querer. Eu quero, mas não quero, porque com esse bem me quer,
mal me quer, fico nesse quero ou não quero, apesar de querer muito. Ai como
quero, como quero só o querer, o bem me quer. O bem me quer torta, descabelada,
mal humorada, sem vergonha. Tem cada servegonhice boa. Bem boas. Bem me
quer, mal me quer. Queria ser sua margarida. Risonha, alegre, divertida e não
essa brincadeira de ação e reação de bem me quer e mal me quer. Não se brinca
assim por hábito. Essa brincadeira acaba com as pétalas, com a alegria de uma
margarida. Ninguém é um jardim sem flores e não existem flores sem jardim.
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