segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Um dia qualquer

Acordei e tudo estava cinza. Onde foi parar o colorido, o cheiro de flores? Onde foram parar as flores? Olhei de novo e tudo estava cinza, apático, fosco, sem vontade. Andei pelas ruas, as vozes eram ruídos distantes. Tava tudo pardo, sem expressão. Peguei o metrô e vi apenas uma neblina de pessoas, sons confusos, nada a prestar atenção. No caminho passei zumbi entre os transeuntes, estranhos sem vida, sem reflexos. Liguei o computador, respondi com letrinhas frases organizadas para algumas desorganizações. Olhei na janela, e continuava cinza.  O tempo passou e algumas respostas binárias foram dadas: sim, não, não sei... Não sei de onde veio todo esse cinza sem explicação. Vi alguns sorrisos, mas para mim, estavam distantes. Não sentia nada, apenas a sensação cinza. Meus olhos pesavam, a cabeça também, nos ombros, uma mochila. Olhei no relógio e ainda faltavam algumas horas. Até o andar de volta a casa, estava difícil, sem energia. Olhava para o céu e só via o cinza. Perguntei para Deus o que era esse cinza, e ele respondeu: Hoje é Segunda-feira!
 
Nem todos os dias são coloridos e nem todos os dias são cinza, mas para cada cinza nosso de cada dia existe uma aquarela de cores para pintarmos o que quisermos... nem que seja a cara de um palhaço.

2 comentários:

Anônimo disse...

Depois do grande sucesso no Jo. O Fantastico preparou um quadro especialmente para voce!

Ana Flavia Corujo disse...

Qual? Rs...