domingo, 10 de novembro de 2013

O Rei do Ser


Esta semana circulou pela Internet o vídeo da reportagem da Veja de SP "Rei do camarote". Motivo de chacota nas redes sociais, o mocinho do camarote deve ter ficado bem orgulhoso da sua popularidade, mesmo que negativa, criada. Afinal como falar bem de quem aparentemente não ter nada de bom? 

Tendendo ao infinito percebo o quão vazias as pessoas podem ser por uma vida inteira sem que sintam e percebam algo meio obvio: de que elas precisam SER para TER e não o contrario.

Os camaroteanos, micaretomianos, emergenteanos, ou qualquer termo passível de conjugar ou criar que se baseia na matemática: tenho, logo existo - se enchem dessa felicidade comprada que não preenche nem um saco de pão. A vida é feita de um feedback natural, genuíno, equilibrado entre o receber e compartilhar.

Meu pai sempre me ensinou que o conhecimento de nada te vale se não passado a diante. E talvez seja por isso que escrevo; para passar, somar, multiplicar o pouco do que recebi. Penso e sou. Se sou, logo tenho o resultado do que sou. E esse resultado reconhecido de mim é a felicidade que sinto pelo que sou. (Duvido que o Rei do Camarote conseguiria entender esta frase, mas tudo bem).

Outra boa equação é pensar nos resultados gerados pelo serzinho ou serzão que você é. Gostou do que viu? 

Deus não deu o azar de ter dado a sorte a este serzinho do camarote. Ele apenas deu recursos para alguém que precisa ter, a qualquer custo, para existir. Apenas os vazios precisam encontrar fora o que nunca vão construir, acho que nem a capacidade de entender ou estudar para aprender ao menos o português, dentro.

Fora, dentro, dentro ou fora do banheiro; o importante entre ser e ter é que o menos é mais para quem tem a capacidade de ser maior... tim tim! 

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