domingo, 24 de julho de 2022

A síndrome do justiceiro



Às vezes a gente é tomado ou faz parte de nós a síndrome do Justiceiro. Aquele que tem necessidade de pontuar, defender, consertar o que nós os justiceiros entendemos que está errado. 

Só que nossos entendimentos sempre serão relativos. Muitas vezes podem ser de senso comum, um princípio ético, uma crença ou até estarem escritos em lei. Mas ainda sim, nosso senso de justiça será nosso e nem sempre uma verdade para todos. 

Mas para o justiceiro, aquela verdade é tão absolta que ele se sente no direito e dever de fazer alguma coisa para resolver o que ele julga errado. 

O que o justiceiro esquece é que muitas vezes está errado para ele, nos conceitos, valores e entendimentos dele. Que para o outro ou outras pessoas aquilo que tá sendo colocado pode ser super ok. Aí o justiceiro passa a “injustiçar” e o problema que nem era dele, o coloca em um lugar de que ele criou um problema. 

Confuso isso? Sim. Tomar partido de algo é polêmico e arriscado. Ao mesmo tempo, corajoso e fala muito sobre você e seus princípios.

Normalmente o justiceiro é um ser racional, mas movido pelo o emocional. Onde o seu emocional age com base no que o seu racional entende que é certo e errado. O racional do justiceiro não vai lá conversar com o emocional sobre a necessidade de resolver o que nem sempre precisa ser resolvido. O racional do justiceiro é vaidoso. 

Um quadro torto pode ser só um quadro torto - mas não para um justiceiro. 

O entendimento que chego é que em terra de Marlboro, justiça não há. E o inteligente é aquele que inteligentemente não toma partido e faz com que os partidários se resolvam. 

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