A vida é como a música de Charlie Brown: complicada e perfeitinha. Complicada porque ela complica mesmo, e as pessoas complicam ainda mais e perfeitinha porque ela mesmo faz as coisas se encaixarem através de seus sinais. E a bichinha dá os sinais, um, dois ou mais. Algumas vezes de cara entendemos, outras nosso estado negacionista se faz cego e vira de costas.
Gostamos de acreditar no que nos faz bem, e tudo bem. Mas, tem horas que precisamos entender a razão das coisas. Nada cruza nosso caminho sem propósito, sempre há um ensinamento e sempre, sempre será sobre nós, não sobre o outro. Nossa estada na terra é evolutiva e a evolução está em nossas vivências, aprendizados, e na vontade íntima de evolução.
E porque insistimos em negar o que não nos faz bem, ou o que não é para nós?
Existem tantos porquês para essa pergunta, porém o mais tangível seja: porque temos algum ganho em ficar. Pode ser medo, hábito, baixa autoestima, ou qualquer coisa que emocionalmente nos conforta, nem que seja só par podermos reclamar. Qualquer mudança pede ação, e nem sempre estamos dispostos a ser ativos, ou temos a coragem de sermos maiores que as circunstâncias.
Queremos tantas coisas, mas entre querer e ser existe esse espaço da ação que depende somente de nós. Queremos emagrecer, realizar um projeto, terminar uma relação, mudar de emprego, pedir perdão. Mas, insistimos nos acomodar nesse hiato que nos separa da reclamação para a realização. Nada é fácil, mas nem tudo é difícil. Se o ganho compensa, não fica tão difícil.
A vida não é fácil porque ela exige de nós, dado que exigimos muito dela, de nós mesmos e do outro. Complicada e perfeitinha, cabe a você escolher com qual versão quer ficar.
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