terça-feira, 17 de março de 2015

Quando é amor?

Toc toc toc...
- Quem bate?
- É o amor.
- Uhmmm. Qual o formato?

 Deixei o amor entrar, confiando e desconfiando.

O mundo ficou tão rápido e dinâmico que o amor definido por poetas perdeu a sua forma pela desconfiança, traumas e neuroses.

Deixei-o entrar, mas cobrando um histórico, realizações e pedigree.

Ele chegou perto, gostoso, e na primeira oportunidade pedi para ele vestir uma roupa bonita para eu desfilar com ele. Afinal, do que adianta um amor se não for para invejar?

Já esperei tanto, que esse aí, sobra de mercado, passo adiante, sem sequer experimentar. O deixo para outro qualquer aproveitar.

Ele chegou por chegar, querendo ficar e eu perguntei até onde ele estava disposto a lutar.

Sentei na sala e puxei o chicklist, marquei os pontos que ele me atendia e seus gaps, mesmo antes de saber se esse amor encaixava no meu encaixe.

Botei o amor para correr meia maratona  só para me provar que ele não ia conseguir cruzar a linha de chegada, e assim poder dizer, como uma grande teimosa, que não era o amor quem batia a minha porta.

Mas o que será o amor? Um conjunto de experiências experimentadas impulsionadas por uma vontade muitas vezes não explicada? Ou uma grande expectativa do que se quer viver?

Segundo o dicionário Aurélio: O amor  é o sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atração; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa.

Confesso que fiz algumas buscas e não achei nenhuma definição de amor que realmente me tocasse, talvez eu tenha procurado pouco, e talvez seja por isso que temos tamanha dificuldade de definir internamente quando é amor.

O que importa nisso tudo é a nossa disposição em amar, estar aberto para o amor, sem essa disposição o amor não acontece, não passa da etapa 1, dos primeiros 100metros.

E se o amor for só um sapo, sem problemas, talvez ele só precise também de uma perereca.


Nenhum comentário: