Estou
um pouco chocada com o que vem acontecendo no mundo nos últimos tempos. Será
que era pra ser assim? Guerras, mortes, mortes por depressão, vírus
misteriosos, jovens doentes, desamor... Será que era pra ser assim? A
modernidade devia nos trazer felicidade, e não o contrário.
Ódio
aos governantes, palhaços se candidatando a líderes, uma falta de educação e
limites generalizada, decepções a cada esquina e uma ausência de confiança em
si e no outro.
Será
que era pra ser assim? Cadê o amor e a nossa capacidade de transformação?
A ganância
pelo poder e pelo dinheiro compensa, Dilma Rousseff? Prefiro aos 67 anos estar
vivendo uma velhice tranquila e feliz do que aprisionada no ódio de pelo menos
40% de uma população sabendo que nada do que se fizer será um dia suficiente.
Onde
está esse nós conjugado no plural? Aquele capaz de amar incondicionalmente um
bichano como se fosse gente, de salvar ao outro por instinto, ou de sorrir
quando se olha no espelho.
Viramos
selfies de quem? A modernidade trouxe esse desamor - a geração do vazio, ou a do
algo em troca. Nos enchemos de coisas e nos esvaziamos do ser. Demos espaço ao
medo e a destruição, a autodestruição.
Ficamos
invisíveis e cegos, porém sempre online. Na linha do que?
João
saiu com Joana, que ficava de zapzap com Paulo que estava com Ana, que falava
com Zé. Joana encontrou com Paulo que agora teclava com Claudio que estava com
Zé que mandava mensagens a Mariana que chorava sozinha por não estar com
ninguém e sem bateria no celular.
Encontros
sem conversas e conversas sem encontros.
Será que era pra ser assim?
Será que era pra ser assim?
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