quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Negociando a paquera


Escuto muito no trabalho a seguinte frase: “Não sou comercial, não sei vender...”. Querendo ou não, todos somos comercial, não tem como fugir muito disso em tempos de puro marketing e propagandas pessoais estampadas minutamente nas redes sociais. Viramos Top Models de telas para a nossa Elite social.  

Um exemplo prático disso é que se não fossemos comercial, leia-se comercial e não comerciáveis, não arrumaríamos namorados, namoradas, interessados ou buscaríamos ser interessantes. Ok. Uns se vendem melhor que outros. Alguns querem acreditar que não sabem se vender para estagnados ficar na baixa autoestima de cada dia que nos dá hoje, amanhã e depois. Nossa venda é diretamente proporcional ao valor percebido do que somos. 

Na vida pessoal, assim como nos negócios, comercializar-se faz parte de um ciclo. Toda venda tem um ciclo, pertence a um funil, que pode ter gargalos ou não (casos raros!). Gargalos em negócios seriam os obstáculos encontrados no campo do amor.  

Toda conquista nasce com a prospecção, procura-se suspects que estão em eventos ou mercados segmentados estrategicamente alinhados com os seus objetivos de negócio. Os pseudos supects viram prospects, e quem sabe clientes – de preferencia recorrentes. Para isso acontecer alguns movimentos são necessários nesse processo que depende basicamente do timing e valor que o outro vê em você e na sua capacidade de atendimento, envolvimento e entrega.  

Tudo começa com um marketing institucional efetivo, do tipo gatinho (a) - aquele que desperta o interesse, só por você estar lá lindo, belo, super bem posicionado e comunicado. Se só ser gatinho não aproximou, passamos para o marketing direto e/ou corpo a corpo, quando você faz uma abordagem direcionada trocando olhares, telefonando, indo até ele, ou mandando mensagens para conseguir uma primeira reunião, ou poderia dizer um primeiro encontro?  

Dada à oportunidade, a venda em si começa... papo para lá, papo para cá para ambas as partes se conhecerem melhor – nesse caso, você prospectante, procure conhecer o seu possível cliente antes pela internet e através de outras fontes de informação – descubra sobre o momento dele - #ficaadica. Além de preparado sobre o “assunto”, você vai estar contextualizado para pensar em estratégias ou até sair fora. 

Nesse frescobol de negócios, ou emocional, no estilo bolinha para lá e para cá - trocadas de forma elegante, ou cheia de dedos, você descobrirá as demandas, necessidades e potencial de compra do prospectado, e o prospectado saberá se você prospectante, é aquilo que ele precisa ou espera que seja.

Expectativas à parte, nesse “estou te conhecendo”, o prospectado pode simplesmente se apaixonar por você e de cara te comprar por impulso. As campanhas emocionais, ou situações com experiências vivenciais são fortes catalizadores para isso. Porém, nem sempre essa compra por impulso gera constância e fidelização para uma relação de longo prazo. E nessa frustação de não foi dessa vez, pode-se gerar alto turnover na operação. 

Todo início de namoro é uma descoberta, uma experimentação e adaptação mútua, que visa um ganho de valor, para ambas as partes. Se esse ganho de valor não for percebido lá na etapa de negociação, as fases subsequentes naturalmente não acontecerão. Muitas vezes não por culpa sua, ou porque você não se vendeu bem. Ok. Em muitos, muitos casos, a gente se perde, erra na dose, excede, ou deixa faltar... ela não acontece porque a sua oferta, não era a oferta para aquele cliente naquele momento – e vida que segue, para de drama e volte a prospectar. O mercado hoje oferece diversas ferramentas tecnológicas no estilo CRM para isso. 

Mas, no balanço das horas, quando acontece esse encontro de você ser a pessoa certa, na hora certa, com o pacote perfeito naquele momento, negócio fechado!


Depois dessa explicaçãozinha analógica básica, você solteiro, vai me dizer que sábado à noite, onde todo mundo espera alguma coisa, você, todo trabalhado no look, não é comercial? Sei.... sai só para dançar, né?

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