O fato perguntou ao fato o que de fato é. Porque
nem sempre o que é de fato, de fato é.
Escrever palavras belas, ter boas ideias, boas
histórias é fácil. Fazer os outros rirem, olhar com poesia, é politicamente
correto para o emocional, para um dia de sol, para um final de semana na praia.
Se o bem vence o mal, que mal há tem em viver um pouco no lodo? Seria o mal a
realidade sem colorido, purpurina, ou trilha sonora?
Nem todos os dias são azuis, nem todas as pedras no
caminho podemos retirar, e nem para todo mal há cura. A vida não é fácil para
ninguém, e nem sempre o sucesso ou os aplausos são o reconhecimento que
gostaríamos de ter. Muitas vezes seguimos vivendo uma vida que não escolhemos ou
queremos viver, mas que devemos aceitar somente pelo fato de que não podemos mudar
os fatos.
Tem vezes que estamos tão infelizes que encontramos
a felicidade até na infelicidade.
Não é o esforço, dedicação, realização, ou um Oscar
que dita uma obrigação de sentimento. Podemos ser o Picasso e ainda
sim nos sentir desperdiçados, vazios, sós. Aí, vivemos intensamente o presente
submersos numa ansiedade só para chegarmos logo no futuro – e que pode nunca
chegar.
Mas tem horas que até a gente fica cheio de si.
Mas tem horas que até a gente fica cheio de si.
O destino não vem com identidade, ele só é certeiro
para uns e desajeitado para outros. Se é destino ou não, o fato é o que realmente
de fato é... por puro destino, escolhas ou acaso.
Se o tempo só anda de ida, por que ele não passa depressa?
Ou passa tão depressa que quando olhamos está passado, já foi, virou ontem com
cirrose.
Ó vida ó céus, que vida cruel! Eu só quero o bem, meu
bem... mas você cisma em cismar. Já nem sei se me transformei no que sou, ou
se sou o que me transformei. Só sei que não acho esse maldito remédio que pode
me ajudar a passar esses quatro dias de TPM.
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