segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Quando o amor acaba...



Quando o amor acaba?

Quando a gente resolve acabar com ele, quando ele acaba com a gente, quando ele ou ela se vai, ou quando a gente se perde dele a ponto de nem lembrar mais?

Dizem que todo amor é eterno e que se não for eterno não é amor. Concordo em partes. Todo amor é amor, mas existem inúmeras formas de amar. E não podemos compará-las, pois o amor é singular, personalizado. E, se não se pode medir o amor, logo todo amor é eterno no tempo exato que ele durar. Já dizia Vinícius.  
Mas, quando o amor acaba?

Difícil responder. Porque o amor é um sentimento do coração e por mais que racionalmente nos esforcemos, o sentimento do coração é algo involuntário e são raras as vezes que conseguimos controlar o que sentimos. Como disse, conseguimos controlar racionalmente a exposição do que sentimos, mas genuinamente deixar de sentir, isso é outro papo.

Ele entrou pela porta. Estava lá ainda. Ouvi seus passos. Fazia eco. Onde foi parar todo aquele colorido, aquela casa quente, feliz, decorada, tão preenchida e aconchegante? Quando nos perdemos? Quando nos esvaziamos?

Você deslizou suas mãos pela minha cintura e me deu um beijo na nuca, senti um calafrio ao invés de arrepio. Sem falar nada nos beijamos, nos despimos. Você me jogou contra parede, me penetrou. Apertou meus seios e os mordeu com força. Parecia querer me arrancar em pedaços. Puxei seus cabelos pela lateral e olhei no fundo dos seus olhos, para nunca esquecer. Nos devoramos sem falar nada. Arranhei suas costas inteiras para quem sabe diminuir as marcas deixadas em mim. E depois de um gozo gritado nos libertamos. Vesti minha roupa, você a sua e fomos abrir a porta para o corretor – e entregamos as chaves.

Quando o amor acaba?

O amor é o que acontece entre duas pessoas que não se conhecem bem. E ele acaba, na maioria das vezes, depois dessas mesmas duas pessoas se conhecerem tão bem a ponto de não se quererem mais. Mesmo que dentro de nós esse amor ainda exista, amamos sempre algo ou alguém. E quando essa outra parte não responde mais, o amor se perde, deixa de existir ainda que uma das partes o sinta e o queira.

Mas, o amor é uma fonte inesgotável sempre. Pode-se transformar, reconquistar, renovar e sabemos nós, até transferir. Por isso, Se não brilha mais, não insista. Lâmpada queimada não se arruma, se troca por outra.

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