Para cada escolha uma renúncia será feita. De
repente essa frase não é tudo, mas é quase 100%, pois quase todas as escolhas
envolvem alguma renúncia, nem que seja a emocional do próprio sim ou não.
Em plena semana da Rio+20, onde líderes dos
principais países discutem o desenvolvimento sustentável do planeta, chego à
conclusão que quem ainda esta verde em toda essa discussão, somos nós mesmos, e
por pura preguiça.
E quem fica mais pobre com essa economia
verde?
Somos grandes preguiçosos em discutir diversos
assuntos, inclusive da nossa sustentabilidade – vide exame de sangue abaixo.
Afinal, discutir e aplicar sustentabilidade é chato mesmo. Quem chega numa mesa
de bar e propõe bullets sobre erradicação
da pobreza ou desenvolvimento sustentável? Temos preguiça em discutir a relação,
educar comportamentos, dizer que gosta e até de nos abrir para o amor; não
vamos ter preguiça em gastar energia nem que seja pensando sobre a emissão de monóxido
de carbono? Algo que a gente não vê ou sequer sente? Hello!
E assim, seguimos diariamente destruindo o mundo e a
nós mesmos.
Semana passada estava na porta de um restaurante
francês, nada barato, quando um possante parou no vallet e uma senhora de fino trato desceu do carona, deixando cair
uns papéis. Por movimento natural as pessoas que aguardavam na calçada e a
equipe do restaurante foram recolher os papéis, para entregar a madame entendendo
que a senhora não havia percebido que os havia deixado cair. Só que a fulana
teve a pachorra de dizer que era para jogar fora mesmo. Em pleno Rio +20, ou no
mundo mal educadamente sustentável ainda temos que ouvir essas pérolas de
porcos!
Querendo ou não já disse a revista Veja dessa
semana; verdades inconvenientes para mim e/ou para você. A verdade é que
estamos mais para bichos preguiças que para ursos pandas que não vêem, não ouvem ou falam - toda vez que não reclamamos de uma agua errada que veio na conta, ou
quando compramos um algodão doce no Disney
on Ice por R$26,00, ou quando pagamos um chá verde do Sushi Leblon por R$16,00,
por ser num restaurante cool da
cidade. Será que a folha desse chá era o dólar?
Se eu falar que estou cansada disso tudo, parodiando
ou não, volto ao estado inicial de preguiça em tentar mudar parte, ou pequena
parte disso. Escolho a inércia que renuncia todas as possibilidades sustentáveis
de agregar uma vida e um mundo melhor, e assim INvoluímos.
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