quinta-feira, 21 de junho de 2012

A INvolução da sustentabilidade



Para cada escolha uma renúncia será feita. De repente essa frase não é tudo, mas é quase 100%, pois quase todas as escolhas envolvem alguma renúncia, nem que seja a emocional do próprio sim ou não.

Em plena semana da Rio+20, onde líderes dos principais países discutem o desenvolvimento sustentável do planeta, chego à conclusão que quem ainda esta verde em toda essa discussão, somos nós mesmos, e por pura preguiça.

E quem fica mais pobre com essa economia verde?

Somos grandes preguiçosos em discutir diversos assuntos, inclusive da nossa sustentabilidade – vide exame de sangue abaixo. Afinal, discutir e aplicar sustentabilidade é chato mesmo. Quem chega numa mesa de bar e propõe bullets sobre erradicação da pobreza ou desenvolvimento sustentável? Temos preguiça em discutir a relação, educar comportamentos, dizer que gosta e até de nos abrir para o amor; não vamos ter preguiça em gastar energia nem que seja pensando sobre a emissão de monóxido de carbono? Algo que a gente não vê ou sequer sente? Hello!

E assim, seguimos diariamente destruindo o mundo e a nós mesmos.

Semana passada estava na porta de um restaurante francês, nada barato, quando um possante parou no vallet e uma senhora de fino trato desceu do carona, deixando cair uns papéis. Por movimento natural as pessoas que aguardavam na calçada e a equipe do restaurante foram recolher os papéis, para entregar a madame entendendo que a senhora não havia percebido que os havia deixado cair. Só que a fulana teve a pachorra de dizer que era para jogar fora mesmo. Em pleno Rio +20, ou no mundo mal educadamente sustentável ainda temos que ouvir essas pérolas de porcos!

Querendo ou não já disse a revista Veja dessa semana; verdades inconvenientes para mim e/ou para você. A verdade é que estamos mais para bichos preguiças que para ursos pandas que não vêem, não ouvem ou falam - toda vez que não reclamamos de uma agua errada que veio na conta, ou quando compramos um algodão doce no Disney on Ice por R$26,00, ou quando pagamos um chá verde do Sushi Leblon por R$16,00, por ser num restaurante cool da cidade. Será que a folha desse chá era o dólar?

Se eu falar que estou cansada disso tudo, parodiando ou não, volto ao estado inicial de preguiça em tentar mudar parte, ou pequena parte disso. Escolho a inércia que renuncia todas as possibilidades sustentáveis de agregar uma vida e um mundo melhor, e assim INvoluímos.

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