“O nosso amor a gente inventa e quando acaba a gente pensa, que ele nunca existiu”. Seria tão bom se pudéssemos fazer isso também na vida real, né? Mas, na prática a vida não é assim; ela vem com realidades nada inventadas que precisamos administrar; e pelo simples fato dessas realidades existirem nos tornamos melhores administradores da vida e de nós mesmos.
Nesse mundo dinâmico, estamos aprendendo a ser, donos de nós, seres independentes, auto-suficientes e unicelulares, pois a vida virou uma eterna montanha russa, com altos e baixos sem garantias, avisos prévios, ou prazos de validade. Não estou dizendo que não precisamos de ninguém, ou que hoje somos seres egoístas perambulantes pela vida. Nada disso! Ao contrário, estamos cada vez mais carentes, por conta dessas “não garantias” e necessidade de auto-sobrevivência. Mas, essa auto-suficiência é necessária no aprendizado do recomeçar, no se reconstruir em qualquer idade ou fase de vida. Necessidade que não existia assim, tão explicitamente nos tempos antigos.
Hoje vivemos em um mundo sem estabilidade profissional, amorosa, familiar, emocional... Podemos encarar isso como uma crueldade do mundo atual, ou como uma evolução natural da espécie e oportunidade de sermos pessoas felizes por nós mesmas com capacidade de reconstrução e renovação cíclica.
O grande problema é que nós seres humanos não estamos preparados para as perdas, na verdade temos muito medo delas, fora que somos vaidosos, e isso muitas vezes nos paralisa para uma janela de oportunidades, e até a alcançar essa tal felicidade que tanto buscamos.
Tô chegando à conclusão que apesar dessa complexidade enorme que é viver, tudo é muito mais simples do que parece, e se desapegar de algumas coisas é fundamental para essa simplicidade. Com tanto dinamismo, fazemos mais coisas, somos mais cobrados, nos cobramos mais também e por conta desse “bololô” todo, nos expomos mais ao risco de errar, acertar, perder e ganhar, e nos tornamos mais exigentes. Mas, com o tempo percebemos que só quem perde tudo, perde também o medo, e que perdendo o medo, aprendemos a nos reconstruir sempre em qualquer fase ou época de nossas vidas, tornando-nos mais flexíveis.
Não tem jeito fofinho, só se aprende mesmo através do caminho da dor e quando a dor passa, ela passa e mais forte ficamos. Ter altos e baixos, não é um privilégio seu ou meu, é nosso, é uma realidade e por isso essa “auto-suficiência reconstrutiva” é tão necessária, pois nem sempre estaremos acompanhados nessa montanha russa, ou poderemos transferir nossos problemas para os outros.
Por incrível que pareça, a vida não é tão “carrasca” assim quanto a gente acha, ou parece. As rasteiras, decepções, mudanças, e decisões que ela toma por nós, nada mais são um “Acorda aí meu irmão!”. Até a morte, a maior perda que podemos ter, tem grandes aprendizados por trás, que passa pelo desapego e auto suficiência falados lá em cima. Pode não parecer, mas tudo tem uma explicação, que só com o tempo junto com as ações e forma que decidimos ver e lidar com esses acontecimentos saberemos os resultados.
E a conclusão que chego disso tudo é que a felicidade está em nós, que o mal não vem desacompanhado do bem, que se você não acredita mais em algo, é hora sim de mudar e mudar te abre um mundo de possibilidades. Mas, principalmente que se a vida é essa eterna montanha russa, estaremos em constante emoção e estar em constante emoção é estar vivo, logo tudo isso que esta acontecendo não poderia ser diferente, não é mesmo? Por isso, pare, pense e aproveite essa deliciosa merda que é viver!
2 comentários:
Seu artigo me lembrou esse:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI247981-15230,00.html
Bjao!!!
Te amo!
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