segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A Síndrome dos 90%.



Onde normalmente “pecamos”? Nos pequenos detalhes? Por que muitas vezes deixamos passar despercebido certas coisas e alguns protocolos?

Não tem jeito, as regras estão aí e os protocolos também - e precisamos seguí-los, gostando ou não. Vivemos numa sociedade e as regras devem existir para que também exista a ordem e padrões necessários num convívio comum. Será?

Steve Jobs costuma circular nos corredores da Apple descalço e com suas calças largas, estilo pescador. Por onde andam os protocolos da Apple? Ou esse liberalismo só acontece porque ele é o Steve Jobs? Só sei que se ele aparecesse na minha empresa, a aindanaoexiste.com.br, descalço e de calça pescador, ele não ia entrar, mesmo eu sendo ainda uma zeninguem.com.br.

Infelizmente ou felizmente, os protocolos estão aí. Não é porque ele é o Steve Jobs, que pode “pecar” na síndrome dos 90%. Dizem que nas grandes calmarias é que ocorrem as catástrofes; pois ficamos desatentos, relaxados, deixamos de lado o estado de alerta e por isso grandes trabalhos vão por água abaixo. Vamos bem, bem, bem... aí chega lá no final, fazemos aquela lambuzada ou deixamos de fazer o detalhe mais importante de um belo trabalho; o famoso 10%, ou em muitos casos, o 1% restante.

Se decidimos morar num condomínio, ou edifício; temos que seguir os protocolos básicos da boa vizinhança: não fazer barulho depois das 22h, de cumprimentar um vizinho no elevador, de entrar pela área de serviço com um cachorro, de não fumar maconha na janela. Enfim, essas coisas básicas que muitas vezes decidimos nos rebelar, mas que no fundo sabemos que o errado somos nós. Se eu não quero esses protocolos sociais, me mudo para uma casa, ou vou morar lá em Pirinópolis para viver de luz.

Na área comercial vejo muito isso, na de projetos também, no dia-a-dia, em eventos - e em outras milhares de situações do cotidiano. Detalhes que achamos que vão passar despercebidos, mas que não vão. Protocolos bobos que deixamos de seguir, mas que precisam ser seguidos. E assim, brilhantismos deixam de existir por pura falta de cuidado.

Me vejo muitas vezes vítima de mim mesma por muito pouco; principalmente naqueles 5 minutinhos que a gente chega atrasado e acha que ninguém vai notar. Ou numa falta de gentileza desnecessária, ou numa roupa que não passei. Nesses casos o menos vira mais, e esse um pouquinho que faltava, faz revelar muito de nós.

Por isso, já que vamos pecar, que não seja por pouco, mas por muito!

Um comentário:

Sergio WIlson disse...

Oi Ana, sou um admirador incondicional do Steve Jobs e como procuro ler tudo sobre ele acabei chegando ao seu blog.
Minha opinião: DELICIOSO. Finalmente encontrei um blog muito bem escrito, com assuntos leves e interessantes, colocados de uma forma absolutamente prazeirosa de ler.
Parabéns.