segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Oportunidade Verde e Amarela



A Copa do Mundo é nossa... e as Olimpíadas de 2016 também. Eufórico o Brasil ficou ao saber que além da Copa de 2014, o Rio de Janeiro, também sediaria as Olimpíadas daqui a sete anos.

O esporte toca na emoção de cada um e não preciso dissertar aqui sobre isso, ou como economicamente esses sete anos serão um divisor de águas para o nosso país. Quero dissertar sobre o que muda na vida de cada um de nós em sediarmos uma Copa do Mundo e uma Olimpíadas.

Bom, pode-se responder: “Nada, não sou atleta!”, “Comprarei uma TV nova para ver as competições”, “Vou juntar dinheiro desde já para ir aos jogos”, ou “O transito ficará caótico”.

Porém, mais do que expectadores do desenvolvimento do país, do esporte, da economia e do cumprimento dos infinitos projetos que já estão sendo gerados por conta dos dois eventos esportivos mais importantes do mundo; esses sete anos representam uma oportunidade para cada um de nós criarmos grandes projetos pessoais.

Se não fossem as Olimpíadas, você estaria se imaginando como estaria em 2016?

Não sei quanto a você, mas o país deve gerar mais de 1 milhão de empregos, tem previsão de investimento de quase R$ 30 bilhões e um crescimento do PIB de mais de 40%. Cifras como estas nos fazem repensar sobre nossas metas pessoais e nos dá a liberdade de sonhar um pouco mais alto, não é mesmo?

Pode parecer meio piegas, mas durante esses sete anos teremos que considerar esses dois mega eventos em nossas decisões e planos. Por exemplo: quem está pensando em comprar ou vender um imóvel, faz diferença ser na Zona Sul ou na Barra? Jacarepaguá já aponta um crescimento de 40% no setor imobiliário. Na mesma linha, vamos para o mercado financeiro; as ações das empresas de habitação, siderurgia, estradas, aviação e mineração estão privilegiadas com os grandes investimentos em infra estrutura que precisam ser feitos para a preparação e recepção dos jogos. Decidir mudar de emprego, pedir um aumento, ou abrir uma empresa, pode ou não valer apena agora. A escolha de fazer um curso, estudar outras línguas, ou escolher uma carreira também. Planejar ter um filho e fazer uma poupança para assistir os jogos, pode ser uma sábia decisão; e nossas sábias decisões de hoje, poderão nos gerar medalhas de ouro amanhã. Até uma lojinha de souvenir no período das competições pode ser como Coca-Cola no deserto.

Além de toda emoção, união, paixão e alegria que esses eventos mundiais geram, estamos recebendo a oportunidade de transformar o preto e branco de nossas vidas em um grande sonho verde e amarelo.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Em re-construção...


É sabido que todos os dias é dia para recomeçar e que cada dia que passa é mais difícil recomeçar. A medida que o tempo avança, acumulamos vivências, experiências, pessoas, amores, alegrias, conquistas, riquezas, medos e traumas. Muitas vezes acreditamos que somos os donos de nossas vidas, mas a nossa vida é composta por diversos elementos que muitas vezes não dependem somente de nós.

Um amor que resolve ir, um emprego que não cabe mais, uma doença que aparece, um filho não planejado, uma pessoa querida que se vai, um novo animal que vem. São tantos os exemplos esperados ou não que impactam e mudam muitas vezes por completo a nossa historia. Querendo ou não, somos obrigados a continuar, pois a terra não para de girar, o sol não para de nascer e o inesperado não parará de acontecer – felizmente.

Nem sempre estamos preparados para tantas mudanças, pelo inesperado, ou para a falta dos dois. Uma vida turbulenta ou tediosa pode gerar resultados similares. Quem nunca teve vontade de fugir da sua própria vida? Quem nunca quis “reclamar com Deus” por viver uma vida que não escolheu viver, ou perguntar a ele varias questões que fizeram mudar a órbita das coisas? Quem nunca fez o mesmo e o mesmo varias vezes, mas esperando um resultado diferente? Quem nunca quis dormir por dias, tirar umas longas férias ou mandar alguém para bem longe?

Essas vontades todas são normais, o problema está quando quando você diariamente quer dormir por dias pela manhã, mandar alguém para bem longe na parte da tarde e ficar reclamando com Deus todas as noites. Quando se chega nesse ponto, está na hora de mudar ou recomeçar. O que? Só você mesmo pode saber. Mas, alguma coisa deve ser feita, nem que seja aceitar, pois por alguma razão sua, ou parcialmente sua, essa é a vida e que foi escolhida para ou por você.

As razões dessa análise combinatória de nossas vidas, nunca vamos saber. Logo, não adianta se questionar e nem se prender no “se” - que só nos faz estagnar mais ainda. “Se” fulano não tivesse me abandonado, “se” eu fosse mais alta, “se” essa doença não existisse, “se” eu tivesse mais dinheiro, “se, se, se, se”... O “se” é a desculpa perfeita de toda imperfeição de nossas vidas.

Mas, como nada é perfeito, e nem vai ser, a única coisa que precisamos construir dentro de nós é a capacidade de se reconstruir e recomeçar em qualquer idade e a qualquer tempo. Tudo é único e não volta, mas tudo também pode ser adaptavelmente substituível, ou construído. A gente sempre se adapta. A gente se adapta até com as coisas ruins, não é mesmo? Não vai se adaptar com o novo que ainda pode ser bom?

Só quem sabe se reconstruir é capaz de encontrar o sucesso e ser plenamente feliz.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O tom da nossa história.

Cada história, cada vida tem o tom que a gente mesmo dá. Podemos ser “mocinho”, “vilão” e até mesmo “Santo”. Podemos viver ao som de bolero, samba, roque ou canção de ninar. Seremos eternos narradores de histórias.

Um pedinte, por exemplo, podemos achá-lo um coitado, ou um belo malandro se fazendo de coitado. Não tem regra, ou verdade. A vida é difícil para todo mundo e está longe de ser um mar de rosas se quisermos acreditar nisso. Porém, pode ser um caldeirão de oportunidades e uma aquarela de cores, se assim também quisermos acreditar.

As coisas tem o peso que a gente dá. Quem acha que vive uma vida difícil, uma vida difícil terá. Quem acha que tem uma vida cansativa, sempre cansado estará. Assim como quem acha que tem uma vida feliz, feliz vai ficar.

É como o fato e interpretação. O mesmo fato pode ter inúmeras interpretações dependendo do interlocutor. Se acontece um acidente na rua, a versão do acidentado é uma, de quem se acidentou outra e de quem estava para atravessar e não tinha nada com a história outra completamente diferente. As interpretações na maioria das vezes são dadas de acordo com nosso envolvimento emocional.

O envolvimento emocional muda todo o contexto, tom, fato e interpretação de uma história. Se falarmos de histórias de amor e brigas de casais, podemos citar inúmeros exemplos da vara de família de enorme embasamento jurídico, que passam anos sem veredicto final.

Por isso, a velocidade, leveza e cor de nossas vidas dependem muito da velocidade, leveza e cor que damos a ela. Podemos ser vítimas, responsáveis, heróis, lutadores, e até felizes dondocas! Como já disse não há regra, apenas há o tom que damos a nossa história. Qual o tom da sua?