terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sonífera Ilha...


Amigas num bar conversam. Encontros femininos têm apenas três assuntos principais: homens, roupas e dietas - podendo variar a ordem entre o segundo e terceiro tema, pois “homens” sempre será o assunto central.

Risadas a parte e fofocas também. O sub-item do assunto “homens”, que inquietou o papo da noite foi: “Por que os homens após a transa dormem profundamente?”. Situações como estas podem levar mulheres ao suicídio, traição, fim de casamento, assassinato ou a um ataque de nervos, vocês sabiam?

É verdade. Nada irrita mais uma mulher do que se sentir uma “boneca inflável” e com sonífero - ainda por cima (ou por baixo)! Na maioria das vezes, vocês homens esquecem de nos perguntar se foi bom, ou suficiente para nós, mas principalmente, que nos prometeram uma noite inesquecível de amor.

Se homem fizesse tudo o que fala para os amigos, nós mulheres seríamos o ser mais tranqüilo do mundo! Não é meninas?

O problema principal não é dormir; vocês até podem dormir como “anjos” depois do sexo, mas saibam que estarão com mulheres com o “diabo” no corpo, pelo simples fato de nos deixarem “olhando para o teto” acordadas com nossos pensamentos, ou melhor, lidando com a administração deles.

Para qualquer situação, nível, estado ou status da relação essa cena dá margem para os piores pensamentos femininos:

A casada: “Eu acordo antes de você, cuido das crianças, administro a casa, trabalho fora, faço ginástica, pago as contas, fico horas no salão para ficar linda... você malha 5 minutos e dorme assim de cansado? Você não sabe o que é cansaço! Eu é que estou cansada, eu é que estou cansaaaaaaaaaadaaaaaa!!”.

A namorada: “Já dormiu? No início do namoro eram 3, 4 vezes e quase todos os dias, agora essa rapidinha e você capota? Aonde eu deixei a minha lixa de unha, hein? Nessa escuridão vai ser impossível achar... e eu aqui na vontade.... ai ai... tudo igual... aquele carinha da academia deve ter muito mais pique...”

A amante: “Como assim você está dormindo? Achei que as amantes ficavam com a “cobertura do bolo”! E agora? Vou ter que ter quantos amantes para ficar satisfeita?”

A amiga colorida: “Ai meu Deus! Tô sem o menor sono! O que vou ficar fazendo aqui até você acordar e me levar para casa? To com fome, sede e vontade de fazer xixi e não posso sair desse quarto! Aí meu Deus! Meia hora de prazer e cinco de tédio, compensa?! O que eu faço? Ir embora vai ficar péssimo... Bom, se nem com essa televisão ligada você se mexe, acho que não vai ouvir eu mexendo nas suas coisas!”.

A da noite: “O que estou fazendo nesse motel com esse cara? Onde eu estava com a cabeça? É lógico que ele vai me tratar como uma qualquer, fui uma qualquer! O que vou falar para a minha terapeuta?? Tira esse braço de cima de mim, nem te conheço direito! Já sei! Vou deixar um bilhete carinhoso com o meu telefone e dar o fora daqui! Ele vai entender e de repente até liga amanhã...”

A vovozinha: “Sexo???? Sai do sofá Aroldo e vai dormir na cama!”.

Segundo os médicos, está comprovado que quando atingimos o orgasmo, temos um relaxamento profundo que pode levar ao sono. Logo, se sua mulher ficou ou fica acordada, a resposta é óbvia, não é mesmo? Ela passou longe do prazer, ou do orgasmo, ou de estar satisfeita! E não precisa ser nenhum especialista para isso.

Por isso, ACORDE e canse sua mulher antes de você! Assim, você evita qualquer surpresa ao despertar. Afinal, nós mulheres somos completamente coerentes e previsíveis!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

As Idades do Amor

Você acredita que o amor tem idade? Qual seria a idade do seu amor?

Não existe idade certa para amar; aliás, o amor é bem-vindo e permitido em qualquer idade. O que muda é a forma, pois amamos de acordo com a idade que temos e talvez por isso, o “timing” de quem ama nem sempre é o mesmo do amado.

Quando somos adolescentes o amor é uma descoberta juvenil, sem regras, compromissos e sem muitas premissas. Ele vem puro e inexperiente. Romanticamente perfeito, leve e sem traumas, o amor juvenil fica imaculado para uma vida inteira como o primeiro amor – aquele que a gente nunca esquece.

O tempo vai passando e assim como nós, o amor fica mais maduro, com mais expectativas, responsabilidades e cobranças. Quando saímos da juventude, naturalmente amamos para casar. O amor maduro vem acompanhado com um questionário natural: “Esse é para casar?”. Não levamos só em consideração a paixão, mas também, os ingredientes básicos para se construir uma família e uma vida sólida. Nem sempre um grande amor nessa idade é para se casar, assim como, nem sempre um amor para se casar é daqueles que se escreve um romance.

Depois de quem “casa quer casa” o amor pede frutos, deixa de ser individualista. Vira um amor familiar, tem um peso e uma responsabilidade maior ainda. Até os que não casaram, nessa fase da vida, o amor deixa de ser só de homem e mulher e passa a ser o amor de pai e mãe - não mais órfão.

O amor pode ser construído ao longo do tempo quando se tem objetivos, interesses e vontades comuns. Assim como na vida, o amor pode ser conquistado e solidificado de ano em ano. Ao mesmo tempo ele pode ir se modificando e se perdendo de acordo com os interesses e vontades não mais comuns.

Passado o tempo, vida construída e/ou filhos criados. O amor se volta para o casal, para si e para a vida cheia de sonhos - principalmente os não realizados. E nesse momento esses sonhos podem estar dentro ou fora do amor já construído. E aí?

Tenho visto muitas histórias de homens e mulheres de meia idade, que resolvem deixar o amor maduro e construído para viver novamente o amor juvenil, ou a ilusão dele. Depois de se realizar profissionalmente, como pai ou mãe; para muitos é hora de encontrar um novo amor, regado a uma imaturidade permitida e muitas cifras a mais da época dos 20 e poucos anos.

Aparentemente para eles, o lado de fora passa a ser mais interessante ao lado de uma linda jovem, dentro de seu possante, usufruindo as coisas boas da vida que não podiam ser vividas anos atrás. E, aparentemente para elas, o lado de fora passa a ser mais interessante após uma, duas, ou mais plásticas, ao lado do garotão da academia que preenche a invisibilidade encontrada anos a fio no amor construído.

Depois de se perderem em diversos tipos de amor tentando reencontrar o frescor do amor juvenil, percebe-se que é hora, na verdade, do amor para acompanhar e envelhecer, pois ninguém quer acabar sozinho e esquecido sabe lá Deus onde - não é mesmo?

Nenhum problema ter um amor para cada idade. Como já disse, o amor é bem-vindo em qualquer idade. Mas, o desperdício, é não perceber que o mesmo amor pode se transformar junto em cada fase da vida, fazendo com que o juvenil se transforme em maduro, o maduro em construído, o construído em juvenil novamente (em diferentes versões), até chegar no “que a morte nos separe”.

Nenhum amor é perfeito e nenhum amor é constante, mas todo amor pode ser único para qualquer idade.