quinta-feira, 28 de maio de 2009

De repente 30....

A noite começou com surpresas. Ainda faltavam algumas horas. Sensível como louça foram vocês presenteando o início de uma década, história, casa e vida. Brilhantes foram os brincos e colar para o fruto da concepção de um amor eterno que transcende o céu e a terra. As rosas vermelhas de amor e paz abençoaram essa repaixão e o papo entre amigas selou serenamente a casa dos 20. Dormi tranqüila e confortável nos braços que sempre busquei. O sol abençoou o dia e o glamour começou cedo. Cinco estrelas eram os aposentos, Champagne a bebida, mas simples era a alma. Vi uma menina de quinze anos num corpo de mulher, uma praia maravilhosa e uma cobertura que a noite viraria palco de festa - com o Cristo de braços abertos e tochas a iluminar. Artistas circulavam, mas nesse dia a personagem principal era eu. Relaxei o corpo com massagem e amor. Enfeitei a alma com muita maquiagem e decoração. Fotografei tudo como uma grande estréia de uma vida que já passou, mas que continua a todo o vapor. O avião uniu estados em um único estado de espírito. O cenário era preto e branco, mas o clima totalmente cor de rosa. Os detalhes foram dedicadamente pensados, mas a emoção foi surpreendentemente única. Cada um que chegava vinha com a sua história e com ela trazia também a nossa história. O disco voador passou apenas como figuração sobrevoando a nuvem e atmosfera da mais pura e verdadeira energia de alegria e comemoração. Juntos, formamos o quebra-cabeça de uma super história a base de muita trilha sonora. Abraços, sorrisos, beijos, declarações e lágrimas de alegria borbulhavam como Champagne noite a dentro. Como num passe de mágicas as luzes iluminaram o cenário colorido em preto e branco, informando que não é nem um pouco sem sentir.... que de repente 30.

Fazer 30 anos é....


BalzaquiANA Fazer 30 anos é...
É ter feito tudo igual ou diferente do planejado aos 20.
É ter a maturidade juvenil e ainda poder ser responsavelmente irresponsável.
É ter desbravado meio mundo e já ter acertado metade do caminho.
É ter perdido o medo de arriscar, mas ter ainda o medo de se comprometer eternamente.
É já ter as marcas do tempo em um corpo ainda jovem de mente madura.
É ter um longa metragem de várias curtas histórias.
É ter deixado de ser “au de toilet” e ter virado “au de parfum” da mesma essência.
É perceber que amanhã é o hoje mais o ontem, e que todos os dias são diferentemente iguais em qualquer idade.
By Ana Flávia Corujo 23 de maio 2009.

domingo, 3 de maio de 2009

A Comunicação e o Medo


Entramos na era do medo. Há duas semanas que o mundo não para de falar sobre a “Gripe Suína”, “Influenza”, “Nova Gripe”, ou “Gripe A”. O mundo virou de cabeça para baixo com tantas especulações. O medo juntado com a falta de informação contaminou muito mais rápido a população que qualquer “porquinho” não-contaminado.

Felizmente a classe suína conseguiu ser absolvida da culpa por tal disseminação e interrompeu o seu Holocausto! Só no Egito sacrificaram mais de 300 mil porquinhos por precaução! Mas, até explicar que nariz de porco não é tomada, a “costelinha” e o “tocinho” de cada dia, por questões literalmente de saúde entrou em recessão.

Com essas situações é que vejo a importância e a força – da comunicação e marketing.

Que a Gripe A, ou como queira chamar, vai chegar ao Brasil, isso vai (já avisou nosso Ministro da Saúde - Temporão, sobre maus tempos que virão). Porém, ainda não chegou! Temos que nos preparar, mas nada de ser como “peru que morre de véspera”! Hoje de concreto só temos poucos casos suspeitos por aqui. Porém, curiosamente segundo a ONU, em cada minuto dez crianças morrem por desnutrição no mundo! Só que isso não dá mais mídia, já saiu de moda, e não impacta mais tempestivamente a economia.

Quantas pessoas morrem por dia no Brasil no trânsito, de fome, bala perdida, doenças e violência em geral? Mas, isso também não é mais novidade, pelo contrário, já faz parte do nosso dia-a-dia. É o conhecido que aprendemos a conviver e administrar.

Meio paradoxal tudo isso, não?

Por essas e outras, que vejo como a comunicação, ou a falta dela, impacta no mundo e em nossas vidas. Como o medo, conhecido e desconhecido nos move governadamente ou não. A familiarização com o desconhecido gera o conforto e a ausência do medo. O que era desconhecido passa a ser conhecido e o que é conhecido se administra ou aceita.

Não estou desvalorizando a importância dessa nova gripe, porém percebo como desvalorizamos muitas outras coisas importantes, simplesmente por terem caído no esquecimento nosso ou mundial. Matamos mais de 300 mil porquinhos enquanto o mundo morre de fome. Será que vão querer exterminar também as pessoas gordas como um leitão, só porque a gripe suína passa de pessoa para pessoa?

Brincadeiras a parte a era do medo está chegando, com doenças, aquecimento global, recessão econômica e muitas coisas desconhecidas fruto da evolução destrutiva natural. Porém, nosso medo não deve ser de morrer, mas sim de não viver, pois antes uma gordurosa vida curta e feliz do que uma magra curta vida sem sal.