domingo, 24 de fevereiro de 2008

Segunda-feira Rubro Negra!


Hó meu Mengão! Cante comigo, Mengão... A alegria de ser Rubro-negro...Uma vez Flamengo, sempre Flamengo! São tantos hinos, tantos gritos, tantas vitórias. Uma torcida, uma raça que une raças, classes sociais, sexos, gerações. O futebol no Brasil tem uma magia que só Deus explica, uma energia que contagia tudo e todos, fazendo esquecer a miséria de um país abandonado dos valores primários, perdido em tantas coisas, mas certo em uma: a paixão pelo o futebol.

Maracanã, bares, ruas, casas... lotadas, cerveja gelada, amigos reunidos, corações há mil a espera de ver a rede balançar e é um, é dois. Cada partida é uma emoção singular, cada campeonato o início de uma esperança emocional sem resultado final qualquer e perda de muitas vozes em gritos! Uma coleção de sentimentos traduzidos em títulos sem explicação, apenas na exaltação de uma paixão brasileira, chamada futebol.

Quando a rede balança, os gritos explodem, os abraços, pulos, lágrimas, adrenalina, toma conta da atmosfera. Não importa contra quem, o importante é vencer, vencer, vencer... mas se for contra o Vasco, ahhhh! O sabor é ainda mais gostoso!

Esse domingo foi lindo, saboroso e a Taça Guanabara é nossa mais uma vez! Na Libertadores somos nós! Botafogo não incendiou nem no primeiro, nem no segundo e nem nos minutos finais da partida, mas bem que tentou! Mengão virou o jogo e “créu”! Se foi pênalti ou não, não importa, a taça é nossa! Somos bi campeões e o prazer de poder comemorar mais um título, é só da maior torcida do Brasil, quem sabe do mundo, e não tem preço! Desculpem os outros, mas os outros são os outros e só! Afinal... uma vez Flamengo, sempre Flamengo!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

O Retrato da Mulher Moderna



Um interessante homem já descrente em encontrar a mulher perfeita: bonita, com belas curvas, inteligente, bem sucedida, sincera e simpática – pois, já parecia entender que não podia existir tudo num “pacote” só; um dia, em uma badalada festa, foi surpreendido por uma deslumbrante loira... alta, cabelos cumpridos, com curvas escondidas em um elegante e discreto vestido, seios fartos, unhas cumpridas e vermelhas, sorriso simpático e ar inteligente, fazendo parecer que podia existir sim tudo num pacote só.

Os olhos do interessante homem não conseguiam desviar da deslumbrante loira, e por obvio impulso, resolveu ir até ela levando duas taças de champagne e todo o seu charme. A deslumbrante loira foi receptiva e o papo fluiu naturalmente e logo o interessante homem percebeu que a deslumbrante loira era mais que deslumbrante: linda, simpática, doce, bem sucedida, de bons valores, culta, viajada, elegante, discreta, em forma... e o mais surpreendente, inteligente. Algum problema essa deslumbrante loira devia ter, afinal quando da esmola é demais, o Santo desconfia:

Ele – Posso te fazer uma pergunta?
Ela – Claro!
Ele – Você tem namorado, não tem?
Ela – Não....
Ele – Não consigo entender como uma mulher tão deslumbrante como você e ainda bem profissionalmente, pode estar sozinha...
Ela – Deve ser exatamente por isso... deslumbrante demais...
Ele – Impossível! Sorte a minha então...

E a deslumbrante loira sorriu...

Pronto! O clima estava criado e perfeito! E envolto por natural sinergia o interessante homem se aproximou da deslumbrante loira para beijá-la:

Ela – Desculpe, hoje não vai dar...
Ele – Por que? Tem algum ex por aqui?
Ela – Não é isso! Você é um homem super interessante, mas hoje não estou muito disposta.
Ele – Não entendi... agora me perdi, achei que você estava interessada.
Ela – Sabe o que é... fiz uma cirurgia recentemente e ainda estou me recuperando, entende?
Ele – Mas, está tudo bem com você?
Ela – Ah sim! Foi estética e não é a primeira.

Ele riu...
Ela riu...

Ele – Entendi.... posso saber o que você fez?
Ela – Dei uma melhorada nas curvas e uma avantajada na forma, se você me entende...

Os dois riram...

Ele – Pensei que esse lindo corpo era resultado de horas de academia..
Ela – Ahahah... não, não... tenho feito mais figuração na academia do que qualquer outra coisa.
Ele – Já que não posso abraçá-la, posso fazer um cafuné nesses seus lindos cumpridos cabelos dourados?
Ela – Pode.... mas, só cuidado para não se embaraçar no mega hair...
Ele – Mega hair? Nossa! Nem parece, pensei que fosse natural...

Ela riu...

Ele – Bom, será que em suas lindas mãos eu posso pegar?
Ela – Claro! Só não repara que esta unha de porcelana quebrou...
Ele – Nossa! Você me surpreende a cada segundo... posso saber o que de fato é natural?
Ela – O interior,é claro! Não é o que importa???

Naquele momento o interessante homem percebeu que o pacote completo existia sim, era a mulher moderna! Não existe mulher feia, acabada e burra, mas sim, mulher sem investimento!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Seja o que você Fala!


Uma interessante morena conheceu um não tão interessante rapaz que ficava telefonando a fim de convidá-la para uma saída e assim, poderem se conhecer melhor. A interessante morena não estava tão interessada, mas um dia desses quase que de uma forma casual ela e o não tão interessante rapaz estavam pela Quartier Latin do Rio de Janeiro, (claro!) e foram tomar um Café no Letras e Expressões.

A interessante morena e o não tão interessante rapaz sentaram em uma mesinha aconchegante...

Ele: 2 expressos!!
Ela: Uma água sem gás e 2 copos, por favor...

O papo começou a fluir... sobre trabalho, é claro, pois a interessante morena e o não tão interessante rapaz adoram falar de seus empregos, conquistas e o dia-a-dia estressante do mundo corporativo. De repente começou um festival de jargões em inglês por parte do não tão interessante rapaz; era Cashflow, Brainstorm, Best Practices, NDA, Break even, Plan Strategy para lá e para cá, fora algumas siglas desconhecidas por parte da interessante morena. Não precisava conhecer muito para perceber que o não tão interessante rapaz trabalhava em banco para clientes Corporativos, desculpe Corporates, que adorava um auto-elogio, “confete” e que estava ali querendo impressionar.

A interessante morena, mais para Poliana, não o achou de todo ruim... apesar de arrogante ele tinha uma certa doçura, que valia acreditar! Pois entre um jargão e outro ele também a elogiava e perguntava sobre sua vida e trabalho. Seu estilo? Não tinha nada haver com os padrões da interessante morena, mas para se ter resultados diferentes, é preciso fazer coisas e sair com pessoas diferentes. E por isso, a interessante morena estava lá.

O papo sobre trabalho continuou fluindo e assuntos como: problemas de relacionamento em equipes, chefes e líderes idiotas... foram ilustrados em histórias ou fatos, temperados como grandes doses de auto-elogios. Pérolas foram ouvidas pela interessante morena: “Pessoas inteligentes não discutem, argumentam”.... “Minha blusa de alfaiate, minha gravata Hermes e minhas abotoadoras de ouro incomodam meu diretor! Isso que já parei de usar o Rolex faz tempo!”..... “Não posso sair com o pessoal do meu trabalho, somos de níveis muito diferentes!”.... “Quando falei que ia para o Camarote da Brahma no carnaval, minha equipe toda caiu em cima, então tive que responder para eles me virem nas Revistas”. Depois de tantas pérolas a interessante morena pensou: “Será que ele tá achando que vai me impressionar?”

O Cansaço foi batendo na interessante morena e como o não tão interessante rapaz não parava de se auto-elogiar, “ops” falar, ela mesma fez sinal para a atendente trazer a conta, que veio imediatamente entregar em suas mãos:

Ele: Quanto deu?
Ela: A fortuna de R$9,17! – deixando a conta sobre a mesa.

Por impulso óbvio e natural a interessante morena pegou a sua bolsa já fazendo movimento para se levantar, quase que com a certeza de que aquele não tão interessante rapaz colocaria uma nota de R$10,00 e iriam embora, quando...

Ele: Você tem cinco aí?
Ela: Ãh??

O não tão interessante rapaz estava com a conta e uma nota de R$5,00 nas mãos. Por um segundo a interessante morena pensou: “Agora ele me impressionou!” e puxou uma nota de R$50,00.

Ela: Deixa que eu pago!
Ele: Ah! Ok!
Ela: Vamos?
Ele: Vamos!

Ao se levantar a interessante morena viu o não tão interessante rapaz colocar sua nota de R$5,00 junto com diversas outras sortidas notas em sua carteira Louis Vuitton.

Moral da História: Seja sempre o que você fala! Antes um cara que usa calça da TACO, mas que paga o caldo de cana; do que um que diz que bebe Veuve Clicquot e não paga nem o cafezinho!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Deus no Céu, Google na terra


Um homem perdido, desgostoso da vida, resolve conversar com Deus:

- "Deus, me ajuda! Como posso encontrar as respostas para os grandes questionamentos da vida?"
Deus responde:
- "Já procurou no Google?"


Isso é uma pequena brincadeira, mas definitivamente encontramos tudo no famoso Google. Para os que não sabem o Google foi criado em 1995 por dois estudantes de doutorado de ciência de computação da Universidade de Satanford, na época com 23 e 24 anos. Seu nome é um trocadilho feito por um matemático para representar o número 1 seguido de 100 zeros (ou 10 elevado a 100). Segundo o Google, esse nome foi escolhido pra refletir a missão da empresa: a de organizar a enorme quantidade de informações disponíveis na Internet. Claro, que peguei essa informação no próprio Google, em coisa de 5 segundos!

Cada vez mais ficamos dependentes dessa ferramenta capaz de identificar, classificar, traduzir, mostrar imagens e qualquer tipo de informação classificável. Considero o Google maravilhoso, parte integrante do meu dia-a-dia, mas você já experimentou colocar seu nome nesse poderoso buscador? Se não apareceu nada baby, fique preocupado! Você é literalmente um “Zé ninguém!” e sem realizações e por esse motivo mexa-se, ou não! Mas, se você possui vida ativa na internet, ganhou alguma rifa, passou em algum concurso, ou postou algum comentário em qualquer blog, seu nominho e de mais 865490 xarás aparecerão lá. Já percebeu como existem vários “vocês” pelo mundo?

Fiquei muito surpresa com a quantidade de resultados mostrados relacionados ao meu nome: um paper de quando fiz intercâmbio de 13 anos atrás, com foto, estava lá; comentários que postei em um blog solicitando dicas de viagem, estavam lá; resultado de monografia, currículo, dados de contato, também estavam lá e até duas faixas de um CD brega que gravei há anos atrás de codinome “Em Ritmo de Forró, Calipso e Brega” apareceu, fazendo referência ainda como cantora intérprete, junto com Ana Carolina e outras... tive que rir! O que me deixa intrigada e preocupada é com essa tamanha exposição de vida. E se eu quisesse esquecer esse passado? Não posso? E se eu não quisesse expor essas informações e a minha imagem? Agora estou aprisionada pelo Google? Quais são os meus direitos como usuária, ser humana, internauta, sei lá...? Será que o Google não é o mais novo “detetive cibernético”?

Esse questionamento valeu uma pesquisa, claro, no Google. E achei diversos artigos falando sobre sua violação quanto à privacidade de informações e que é possível retira-las quando indesejadas ou não verídicas. Quanto a processos jurídicos e tal, isso fica um pouco mais complicado porque o Google não tem responsabilidade sobre as informações, ele apenas as indexa no site como um classificador de informações disponíveis - coletadas “hitechmente”, claro!

O mais engraçado disso tudo é o fato de não mais podermos ser anônimos, de não mais querermos ser anônimos principalmente. Pois, ser anônimo na internet é ser um excluído digital, alguém sem conquistas, literalmente sem resultados, sem registros! Hoje os bebês já nascem com emails e sites. A criança antes de respirar já está exposta na internet. O quão saudável isso é? Quais são os riscos a essa exposição toda em Orkut, blogs, fóruns e infinitos outros sites onde nos expomos ingenuamente, ou não, pelo simples fato de se expor?

Toda e qualquer exposição envolve riscos e cada um de nós deve ficar alerta e saber a necessidade de expor a delícia de ser o que é por simples confete.