domingo, 18 de novembro de 2007

A ARTE DO NÃO SE APAIXONAR

As pessoas costumam escrever sobre a arte de se apaixonar, mas esquecem que a maior arte, ou desastre é o não se apaixonar. Na maioria das vezes não nos apaixonamos pela pessoa certa, que deixa de ser a pessoa certa, devido à arte do não se apaixonar. Abre-se então um espaço para a arte do se apaixonar erradamente pela pessoa errada e que por sua vez, vira a pessoa certa. Uma arte triste pegar sentimentos nobres de alguém e “jogar no lixo” porque simplesmente e inexplicavelmente “não bateu” e oferecer os seus sentimentos mais nobres para o errado, porque simplesmente e inexplicavelmente “bateu”. Como não ter vontade de bater com a cabeça na parede ao se deparar fazendo escolhas todos os dias desde a hora que se acorda e não ter o poder de escolher por quem se apaixonar, pelo simples fato que em matéria do coração a gente não escolhe. De onde surge esse sentimento inexplicável, intangível, imensurável e devastador? Qual é a fonte explicável da paixão? Maturidade, imaturidade? Para que rio nossos sentimentos correm e que jogo ele joga, ou a gente joga? A nosso favor ou contra? Às vezes me pego a pensar de onde vêm minhas erradas escolhas certas e minhas certas escolhas erradas? Só sei que a dor do não se apaixonar é inversamente proporcional a dor do amor não correspondido, o lado de duas moedas que sempre me encontro. Desencontros contínuos de um coração apaixonado, dono da arte do não se apaixonar a espera do Cupido e sua flecha certeira rumo à última e verdadeira paixão, transformando a arte de não se apaixonar em amor.

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