segunda-feira, 14 de março de 2016

Tecnologia emocional


Estive na maior feira do mundo sobre mobile, a Mobile World Congress 2016, em Barcelona e fiquei muito impressionada com o que vi e assisti. A tecnologia caminha para algo que transcende a realidade. Ela invade os sentidos e está disrupitando o que vê pela frente através de telas, sensores, biometria, voz.

Podemos esquiar, voar, pagar, viajar por estradas sem dirigir, conversar em tempo real em qualquer idioma, fazer o mercado automaticamente quando a geladeira esvazia, comprar pelo mundo com uma moeda única e se tele transportar virtualmente para qualquer canto - e com todo o sentido.

Sim, muita informação. Queria saber o que uma vovozinha de 90 anos diria se fosse a uma feira dessas.

O ponto é que seremos naturalmente disruptados em um breve não tão longe.

O WhatsApp chegou e está matando o mercado de telefonia, o Uber os táxis, o Airbnb os hotéis, os aplicativos paquera a paquera na rua. Ok, matar pode ser muito forte, mas a tecnologia está mudando com muita rapidez a forma de se relacionar com tudo e com todos. Brigamos por WhatsApp, fazemos ciúmes por imagens, seduzimos por nudes.

Transferimos cada dia mais um pouco de nós para um repositório tecnológico. Nossa alma estará em nuvem é nosso conhecimento também.

Será que tudo ficou inteligente e nós emburrecemos?

Hoje, conteúdo e conhecimento podem ser adquiridos em tempo real sem qualquer esforço e com toda a mobilidade possível, basta ter internet e bateria carregada.

Porém, os sentimentos continuam analógicos, e os acontecimentos da vida também -  sem tecnologia ou previsão. 

Trocamos estrelas por telas que brilham, e as telas que brilham hoje falam com nossos corações.

Tecnológico ou analógico o sentimento sente de um jeito só, então que tenhamos tecnologia emocional para acompanhar toda essa evolução. 

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