terça-feira, 27 de setembro de 2011

Qual o seu tipo?


Outro dia estava conversando com um amigo e perguntei qual tema do cotidiano masculino ele gostaria de ler sob a ótica de uma mulher. Ele ficou pensando e me disse: “Difícil. Hoje em dia temos todos os tipos de mulher, que não dá para ter só uma ótica”. Apesar dele não ter respondido a minha pergunta, tava ali estampado - o tema dessa semana. Creio até, que mais interessante do que falar de futebol, relação com o dinheiro, ou tamanho do membro inferior - por exemplo.
Esse comentário me fez perceber, como não mais somos percebidas, muito menos entendidas pelos homens. Sendo bem sincera, acho até que por nós mesmas. Realmente, hoje em dia temos todos os tipos de mulher, podendo reunir todos eles numa mulher só!
Bom, ruim, ou apenas diferente dos velhos tempos, ou mães? Diria diferente, mas esse diferente faz com que os homens e nós mesmas nos percamos em alguns referenciais. Aí essa incoerência comportamental feminina, faz com que exista uma dúvida sobre o papel masculino nesse planeta.
Para mim, o papel masculino nesse planeta é bem claro: enlouquecer as mulheres com a sua presença e enlouquecer as mulheres com a sua ausência. Nos fazer morrer por vocês e nos fazer querer que vocês morram com a mesma facilidade. Os homens têm o dom de transformar e rotular, todas, digo todas as mulheres em loucas. A única coisa que esquecem é que antes de darmos de louca, vocês, nos enlouquecem muito antes.
Mas ok, tenho que concordar que ta tudo misturado; papeis, posturas, opiniões, atitudes, iniciativas, e principalmente o sucesso profissional. Como um homem pode ver uma “puta profissional”como puta, ou uma “puta menininha” como uma profissional? Como um homem que ainda não conseguiu sair da casa da mãe pode querer ter uma mulher só mãe?
Incoerências comportamentais à parte, as mulheres independentes ainda se sentem ofendidas ao dividirem uma conta e não mais receberem flores; mas, acham super normal chamar um cara para transar e não ter a menor coragem de comprar uma camisinha. A executiva, pode por o “pau na mesa” - que ela não tem, e ao mesmo tempo ser um “capacho” no relacionamento. E as santas, que de santas não tem nada, essas aí vão sempre existir, até para educar qualquer nova ou velha geração masculina, afinal esse tipo é mais do que necessário.
A mulher desde a época de Adão e Eva, tinha a capacidade de ser uma camaleoa, e talvez por hoje ter que jogar nas “11 posições” do mundo moderno; camaleou a simples visão delicada e frágil de sua essência.
Com esse “mexidão” de tipos, não mais podemos saber qual o nosso tipo de mulher ou homem, em qualquer um dos casos. Afinal hoje em dia podemos amar apenas o gênero sem qualquer classificação (a) ou (o), não é mesmo? Mas, podemos sim fazer muita terapia para continuar tentando, em seu pleno estado gerúndio de ser, em acreditar que quando aquele “tipo” bater a sua porta - ele ou ela, pode se transformar na Cinderela perfeita para o seu tipo Sapo comum.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ihhhh.... a Bolha Estourou!


Acordei cenário novo, abri os olhos, reconheci a área. Não te vi ao meu lado. Abri a cortina e o horizonte era diferente. Uma nova rotina, novas pessoas, novos cheiros, sons, temperatura. Onde eu estava todo esse tempo?
Na antiga bolha.
Vivemos em ciclos, bolhas que criamos, ambientes conhecidos e com horizontes limitados por nós. Sensações e sentimentos que passam a ser seguros. Ali ficamos, ficamos e nos acomodamos no “quentinho” gostoso, mas que nos faz esquecer de lembrar que estamos vivos e que é muito bom pulsar.
Romper essa bolha, não é fácil, mesmo em estado de infelicidade, pois até com ela nos acostumamos. E também nem sempre é necessário mudar, mas acredito que evoluir é uma necessidade continua. E muitas vezes o rompimento dessas bolhas ou cortes de cordões umbilicais são necessários para essa tal evolução ou revolução.
Só quem sai do estado de inércia, rompe essa bolha, esta sujeito a errar, meter os pés pelas mãos, sentir medo. Respirar todo esse novo ar te obriga a entrar em contato com muitos sentimentos em sua maioria desconhecidos, ou quase esquecidos.
Já perceberam que quando isso acontece, tudo se potencializa e fica a flor da pele? Seus anjos e demônios aparecem, o mundo roda, a ansiedade fica latente e toma conta. Vários “vocês” se manifestam; o medroso, o corajoso, o carente, o saudosista, o jovem sonhador, o apaixonado, até o cruel... esses “vocês” surgem em situações corriqueiras, do cotidiano comum, mas geram resultados incomuns.
Uma paixão por exemplo, que muitas vezes acontece você procurando ou não, na hora certa, ou não. É uma situação maravilhosa (ou não), que invade a sua bolha e muda tudo. Faz você perder o controle e as referencias de certo e errado. A única coisa que você quer é viver, viver, e viver aquilo intensamente, pois não existe sensação melhor do que a de estar vivo, respirando e muitas vezes sem ar. Mas, tudo que é rasgado, invadido, intenso - é perigoso, diria até voraz. Por isso, ficar na inércia muitas vezes é mais seguro e salvo. Requer menos esforço, menos exposição e probabilidade de errar.
Talvez seja por isso que existe o ditado: “Tudo que vem muito rápido, vai muito rápido”. Pode ser... as mudanças, as evoluções para serem sólidas, devem ser feitas se possíveis de forma transitória, sem muitos traumas, através de escolhas pensadas, pois existe todo um ecossistema, meu, seu, nosso, envolvido. Isso seria a situação ideal.
Mas, como a vida é muito rápida, orgânica, inesperada e nos coloca a prova a qualquer tempo. Precisamos saber lidar como malabaristas e com a paz de espírito necessária para não perder o controle com todo esse “ar”, muitas vezes “tufões” que vem com esses novos ciclos. Mas, se isso não for possível, também é preciso ter a sabedoria de se perdoar e aceitar seus limites, pois a felicidade está no que somos. E mais para frente iremos entender o porquê de nada ser simplesmente por acaso. 

domingo, 18 de setembro de 2011

Ser mulher nos dias de hoje é...

Será que é preciso de um dia exclusivo para marcar a importância da mulher no mundo, na sociedade, na família, no trabalho, no ciclo de amigos? Fiquei pensando se ser mulher era um presente ou uma penitência nos dias de hoje? E, acho que não precisei pensar muito para chegar à conclusão que ser mulher é um presente único, principalmente nos dias de hoje, pois podemos ser tudo e ainda gerar vidas! Não somos Deus, mas somos Deusas e tem presente maior de que este?
O problema nos dias de hoje não é ser mulher, mas sim saber ser mulher. Com tantas evoluções, revoluções, satisfações e aprovações, as mulheres estão deixando de saber ser mulher para se tornarem algo que sua essência, anatomia, genética, representatividade não é. E, com isso o “ecossistema moderno” acaba não entendendo muito bem e desastres emocionais e em relacionamentos, de uma forma em geral, acontecem. No mundo existe espaço, função e brilho para todos, até uma molécula ou barata tem o seu papel e razão em existir.
A mulher de hoje não pode perder a coisa mais preciosa que Deus lhe deu, a feminilidade, a alma feminina! Sábias as que percebem que podem juntá-la com a força e autonomia adquirida ao longo dessas evoluções, revoluções, satisfações e aprovações naturais da evolução humana e tecnológica. Que entendem que amor e poder não se ganham, mas sim se conquistam independentemente do sexo.
Fiquei pensando em como é mais colorido e apaixonante ser mulher nos dias de hoje e entendi que:
Ser mulher nos dias de hoje é ...Ter a capacidade de ser mãe, filha, esposa, amiga, menina e “homem” da casa.
Ser mulher nos dias de hoje é ... Ser uma saudável atleta pela manhã, excelente profissional à tarde, amável mãe ao entardecer e fogosa amante à noite.
Ser mulher nos dias de hoje é ...Saber chorar na hora certa, sorrir quando preciso, levantar toda vez que cai e se retirar quando menos se espera.
Ser mulher nos dias de hoje é ...Poder não saber instalar equipamentos eletrônicos, ver mapas, trocar pneus, ler manuais ou escolher fazer tudo isso simplesmente por hobby.
Ser mulher nos dias de hoje é ...Saber cozinhar um banquete, comprar o melhor congelado, pedir uma bela pizza e admirar um jantar preparado só para ela.
Ser mulher nos dias de hoje é ...Aprender a não sentir dor ao ter filho, ao fazer tratamentos estéticos, ao seguir aquela dieta e ao pagar a conta do cartão de crédito.
Ser mulher nos dias de hoje é ...Sentir dor quando se perde um amor, quando se está menstruada, quando não se sente desejada e quando se perde uma liquidação.
Ser mulher nos dias de hoje é ...Poder se declarar pelo Facebook, brigar pelo MSN, dar satisfação por email, marcar um encontro por torpedo e pagar suas contas pela internet.
Ser mulher nos dias de hoje é ...Ter a capacidade de admirar o papel do homem, se matar por um filho, enlouquecer por amor, brigar por uma amizade e mudar uma história sem sair do salto.
Precisaria muito mais do que um dia, precisaria de todos os dias, para escrever, vivenciar e admirar a força e fragilidade da mulher nos dias de hoje. Parabéns pelo nosso dia-a-dia!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sonífera Ilha....


Amigas num bar conversam. Encontros femininos têm apenas três assuntos principais: homens, roupas e dietas - podendo variar a ordem entre o segundo e terceiro tema, pois “homens” sempre será o assunto central.
Risadas a parte e fofocas também. O sub-item do assunto “homens”, que inquietou o papo da noite foi: “Por que os homens após a transa dormem profundamente?”. Situações como estas podem levar mulheres ao suicídio, traição, fim de casamento, assassinato ou a um ataque de nervos, vocês sabiam?
É verdade. Nada irrita mais uma mulher do que se sentir uma “boneca inflável” e com sonífero - ainda por cima (ou por baixo)! Na maioria das vezes, vocês homens esquecem de nos perguntar se foi bom, ou suficiente para nós, mas principalmente, que nos prometeram uma noite inesquecível de amor.
Se homem fizesse tudo o que fala para os amigos, nós mulheres seríamos o ser mais tranqüilo do mundo! Não é meninas?
O problema principal não é dormir; vocês até podem dormir como “anjos” depois do sexo, mas saibam que estarão com mulheres com o “diabo” no corpo, pelo simples fato de nos deixarem “olhando para o teto” acordadas com nossos pensamentos, ou melhor, lidando com a administração deles.
Para qualquer situação, nível, estado ou status da relação essa cena dá margem para os piores pensamentos femininos:
A casada: “Eu acordo antes de você, cuido das crianças, administro a casa, trabalho fora, faço ginástica, pago as contas, fico horas no salão para ficar linda... você malha 5 minutos e dorme assim de cansado? Você não sabe o que é cansaço! Eu é que estou cansada, eu é que estou cansaaaaaaaaaadaaaaaa!!”.
A namorada: “Já dormiu? No início do namoro eram 3, 4 vezes e quase todos os dias, agora essa rapidinha e você capota? Aonde eu deixei a minha lixa de unha, hein? Nessa escuridão vai ser impossível achar... e eu aqui na vontade.... ai ai... tudo igual... aquele carinha da academia deve ter muito mais pique...”
A amante: “Como assim você está dormindo? Achei que as amantes ficavam com a “cobertura do bolo”! E agora? Vou ter que ter quantos amantes para ficar satisfeita?”
A amiga colorida: “Ai meu Deus! Tô sem o menor sono! O que vou ficar fazendo aqui até você acordar e me levar para casa? To com fome, sede e vontade de fazer xixi e não posso sair desse quarto! Aí meu Deus! Meia hora de prazer e cinco de tédio, compensa?! O que eu faço? Ir embora vai ficar péssimo... Bom, se nem com essa televisão ligada você se mexe, acho que não vai ouvir eu mexendo nas suas coisas!”. 
A da noite: “O que estou fazendo nesse motel com esse cara? Onde eu estava com a cabeça? É lógico que ele vai me tratar como uma qualquer, fui uma qualquer! O que vou falar para a minha terapeuta?? Tira esse braço de cima de mim, nem te conheço direito! Já sei! Vou deixar um bilhete carinhoso com o meu telefone e dar o fora daqui! Ele vai entender e de repente até liga amanhã...”
A vovozinha: “Sexo???? Sai do sofá Aroldo e vai dormir na cama!”.
Segundo os médicos, está comprovado que quando atingimos o orgasmo, temos um relaxamento profundo que pode levar ao sono. Logo, se sua mulher ficou ou fica acordada, a resposta é óbvia, não é mesmo? Ela passou longe do prazer, ou do orgasmo, ou de estar satisfeita! E não precisa ser nenhum especialista para isso.
Por isso, ACORDE e canse sua mulher antes de você! Assim, você evita qualquer surpresa ao despertar. Afinal, nós mulheres somos completamente coerentes e previsíveis!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Mente Milionária


Você tem uma mente milionária?
Você vive para o dinheiro ou o dinheiro te ajuda a viver?
Você trabalha pelo salário, ou o seu salário é fruto de seu trabalho?
Você prefere ganhar ou fazer um milhão?

Recentemente li o livro “Segredos da mente milionária”. Antes de começar a ler, sem qualquer pretensão pensei: “O máximo que pode me acontecer é ficar rica”. Ora, ora, ainda estou longe, bem longe das cifras e zeros tão sonhadas na conta bancária; mas, minha mente não está tão “pobrinha” assim não, pelo contrário.
Se o dinheiro sempre vai para algum lugar, então que seja para o nosso bolso, não é mesmo? Precisamos nos projetar, nos construir de forma que o dinheiro seja resultado de nós mesmos. A moeda da bondade e felicidade.
Ter uma mente milionária é ter uma mente vitoriosa, com visão de responsabilidade, comprometimento, envolvimento. Quem pensa grande, escolhe grande; quem escolhe grande, colhe grande. Mas, quem se prepara para dias difíceis, dias difíceis terá.
Quem tem mente pobre - fraco é. Se conta histórias e transfere para os outros e situações as responsabilidades. Acha que na vida, se tem isso ou aquilo; quando o de mente milionária sabe que se pode ter isso e aquilo. O rico prefere fazer 1 milhão, pois quem faz 1 milhão, faz 2, 3 ou mais. Já o pobre quer ganhar 1 milhão para passar a vida inteira tentando não perdê-lo e fica sempre tentado tirar proveito de alguém ou das situações.
Um dado interessante que li, foi que as pessoas normalmente se relacionam com outras que ganham 20% a mais ou a menos que elas. Olhei a meu redor e concordei com essa afirmativa. Só não sei se fiquei feliz ou triste, pois estou longe de ser milionária, logo as pessoas que estão ao meu redor também – desanimou?
Porém, esse dado é bastante interessante e até motivacional para nosso processo evolutivo, não só financeiro, mas como intelectual e outros também. Dinheiro atrai dinheiro, inteligência atrai inteligência, beleza atrai beleza, bondade atrai bondade e assim sucessivamente e inversamente proporcional. Logo, basta escolhermos o caminho “balão” e não “âncora” – que a seleção natural “dos pessoal” ao nosso redor acontecerá.
A mente pobre confunde ambição com ganância, e na maioria das vezes não se acha merecedora das coisas boas. Não sabe se valorizar, precificar seu trabalho, conhecimento, disponibilidade e tempo; como também não sabe receber. Se achamos que não temos valor, como podem nos valorizar?
Meu chefe me disse uma vez, que nunca ganhamos o que merecemos, mas sim o que negociamos. Então, que sejamos negociadores, e bons negociadores de nós mesmos! E de preferência que não trabalhemos para terceiros, mas sim para nós mesmos.
Para ser independente financeiramente, primeiro é preciso entender nossa relação com o dinheiro. Perceber que ele é uma coisa boa, mesmo que muitas vezes pareça que não. Não ter medo dele, da falta dele, ou do excesso dele. Depois, fazer um planejamento, criando porcentagens para as despesas fixas, variáveis, investimentos e lazer. Recomenda-se que gastemos 20% de nosso salário com lazer, com nós mesmos. Enfim, criar uma vida saudável para nosso dinheiro, fazendo com que ele trabalhe por nós e não o contrário. Bom, se você chegou até o final desse texto, mostra que além da mente milionária, tens uma mente inteligente. Por isso, crie o seu “porquinho mental” e junte as moedinhas de sua independência financeira, pois espero me relacionar com você por muitos e muitos anos.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Injeções para uma mente Hipocondríaca



Uma senhora aparentemente saudável, entra em uma farmácia:

- Bom dia senhor farmacêutico, preciso de alguns medicamentos.
- Pois não senhora!
- Gostaria de alguns analgésicos para acabar com a dor de cabeça diária; um medicamento para conseguir dormir a noite; um anti-stress com tranqüilizante; e um estimulante para me manter acordada. Preciso também, de um remédio para a memória - que ultimamente tem me deixado na mão, e outro para a atenção. Este aqui para ansiedade e um anti-alérgico, pois hoje tudo me dá alergia. Gostaria dessa alta dosagem de inibidor de apetite e esse remédio que acelera o metabolismo. Quero esses cremes rejuvenescedores, um shampoo anti-queda e essas vitaminas, pois ando muito fraca. O senhor teria também, essa pomada que acaba com as espinhas e essa outra com as feridas? Além disso, preciso de um relaxante muscular, para aliviar a tensão e algo para aumentar a minha imunidade, que anda meio baixa....

Antes que a senhora continuasse, o farmacêutico falou:

- Senhora temos todos esses medicamentos, mas se preferir, posso substituí-los por 3 injeções e a senhora ainda ganha um brinde.
- Jura? Quais?
- Uma injeção de auto –estima, outra de paz de espírito e outra de sanidade mental.
- E o brinde?
- O brinde é um repelente para você se proteger contra a Dengue a única doença que a senhora deve se preocupar no momento.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Imagem Inconveniente?


Definitivamente, uma imagem vale mais do que mil palavras. Nunca a descrição de um pôr-do-sol vai ser igual a assistir a um. O sentido visual é muito forte, envolve e marca. Uma imagem é difícil de esquecer. E é por isso, que temos que dar a devida importância a nossa auto-imagem, pois somos para o outro literalmente o reflexo de nosso espelho.

Precisamos refletir o que somos, o que projetamos e também o que exercemos através de nossa imagem. Não dá para sermos incoerentes com ela e confundir o receptor. Mas, é impressionante como as pessoas de um modo geral se perdem e erram, e muito, nesse quesito.

Não estou falando só de moda, mas de tudo que compõe uma imagem, como; postura, tom de voz, linguagem corporal, astral e até a nossa cor.

Somos um ativo, uma marca, diria até que nossa imagem é nosso maior patrimônio.

Outro dia estava lendo uma reportagem sobre “estar na moda” e na minha opinião, estar na moda é ter o seu estilo e usá-lo de forma coerente por onde circula. Não é porque adoramos usar jeans que se pode usá-lo em um casamento, mesmo que seja um Diesel. Isso não é ser excêntrico, ou autentico, mas sim inadequado. Só será coerente se você quiser passar imagem de rebelde e inapropriado. Assim como nesse mesmo casamento, colocar um decote “até o joelho”, beber todas, dançar até o chão e querer ser vista como dama da sociedade. Incoerência total. Mas, cada um faz o que quiser com sua imagem e a vende da forma que desejar. Somos os publicitários e marqueteiros de nós mesmos e o mercado que compre, ou não.

A imagem tem poder e fala por si, nós é que precisamos saber o que queremos comunicar com ela.

Qual a sua opinião sobre um endocrinologista gordo, um dermatologista com espinhas ou um dentista com dentes tortos? Qual credibilidade uma imagem em desacordo com sua proposta pode passar?

Para aumentar o valor patrimonial de sua imagem; comece entendendo o seu papel, o que representa na sociedade, profissionalmente, e o que quer passar / comunicar com ela. A sua imagem deve estar clara para você, pois se não tiver, essa falta de clareza é o que será passado aos outros através de suas roupas, postura e linguagem corporal. Tenha o espelho como seu melhor amigo, ou como “advogado do diabo”.

Depois de ter claro o seu papel. Avalie como você se trata e se cuida. Desde a higiene pessoal até o cuidado com suas coisas. Se você é desleixado com você como não passar isso em seu trabalho, projetos e até mesmo com os outros?

No mundo empresarial, isso fica ainda mais evidente, pois você passa a representar também a marca da empresa ou instituição que trabalha, e o que você fala, compõe o que você está representando.

Até as apresentações hoje em dia estão mais focadas em imagens, na comunicação com menos palavras, e em efeitos com recursos visuais - que comunicam, registram e envolvem os sentidos emocionais do receptor.

Por último, perceba a impressão que os outros têm de você, isso se chama feedback e tem alto valor agregado. Procure saber como os outros te veem: elegante, seguro, apático, envolvente, comunicativo, confiante, arrogante, “molambento”, inconveniente, ou qualquer outra coisa que faça você saber se os outros te enxergam como você se vê ou gostaria que fosse visto.

Por isso meu amigo, não encare estética como vaidade. Cuidar bem de si é investimento e se apresentar bem é inteligência. E quando lhe for dada a oportunidade de mostrar o que você é no conteúdo, que seja apenas o reforço do que os olhos já sabiam.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

State of Love


“Liquid Love”, outro dia escutei essa expressão e logo quis entender o significado – logicamente não encontrado no dicionário.

Liquid Love, ou amor líquido, é aquele amor de uma noite só ou que evapora com o tempo. Aquele que você pode até congelar e guardar no freezer para tirar quando quiser, mas que naturalmente, por inércia ou não, vai derreter e escorrer pelo ralo – mesmo que você não queira.

Poderia dizer que estamos na era do Liquid Love, onde as pessoas vivem tudo numa noite só e se bebem até a última gota, pois algumas horas de sono depois vão transformar o presente em passado e o novo presente em possibilidades futuras. E esse “porre de amor” por noite, pode se chamar, Fulano, Cicrano, ou Beltrano; diria até Cleberson. Não importa a nomenclatura, pois muito provavelmente, nem eu ou você se lembrará amanhã. O que importa é o momento que eu e você queríamos viver.

Entenderam por que as pessoas hoje não perdem mais tempo conversando, se conhecendo, e se beijam / transam logo? Se conhecer, conversar para quê, se todas essas informações serão deletadas amanhã? Na memória, precisamos guardar a senha do banco, datas realmente importantes e outras coisas.

O prazer momentâneo é que nem serviço, consumido no presente e que quando acaba, se dá por concluído. Mas, nem sempre sabemos lidar com isso. Pois, muitas vezes queremos que o lado lúdico e leve do Liquid Love, se transforme em “Solid Love”. O erro esta na expectativa de viver um amor no estado liquido, querendo que gere resultados sólidos – onde o máximo de sólido que pode acontecer, é o estado congelado, citado acima.

Tem gente que não consegue entender: você sai, bebe, se diverte e conhece alguém; dança, ri, conversa coisas leves, descobre gente em comum, lugares comuns, dá muita risada, beijo e outras coisas – mas, no fim da noite, ele ou ela não pega o seu telefone, ou simplesmente não aparece mais. Falta de educação ou não, por que você pensou que justo nessa noite era especial? Releia o início do parágrafo e me diga se o que foi descrito é uma cena incomum, ou especial da minha ou da sua vida? Isso acontece e vai acontecer milhares de vezes, comigo, contigo, com Fulano, Cicrano, ou Beltrano e até com o Cleberson – inúmeras vezes: é o Liquid Love – a leveza descompromissada, o prazer momentâneo que faz essa situação comum ser tão boa e quase especial. Mas, que não cria laços, apenas insegurança.

Agora se coloque numa postura Solid Love, a linguagem corporal, os objetivos a evolução da conquista é outra. Até por que o fulano que só quer o Liquid Love, percebe logo que certos rios não correm para o mar, ou vai ter que partir para o ditado: “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, mas aí vamos precisar saber, dependendo da insistência, se esse Liquid no fundo não era Solid.

No meio dessa confusão, Liquid, Solid, pode-se gerar o “Boiling Love”- quando a coisa evolui, dilata, mas que não se sabe ao certo o que é e por isso, ferve, se perde, se enrosca – o que acaba muitas vezes sendo uma grande bosta, pois quando transborda; queima e dói.

Mas, independente do State of Love: Liquid, Solid ou em ebulição, a única coisa que sei, é que desde os primórdios, todos buscam o amor, o verdadeiro amor.

Você já encontrou?

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Terceirizando-Se

Estamos na era da terceirização, já repararam? Até aí ok, maravilha! Mas, acho que a terceirização, esta indo além dos benefícios práticos funcionais. Como terceirizar alguns serviços, pedir pizza em casa, áreas de trabalho, viva o mundo otimizado e moderno! Mas, acho que estamos passando dos limites e terceirizando, valores, papéis, e até a fé - coisas que vão além dos benefícios práticos emocionais, não acham? 
Terceirizamos a paternidade para as babás e avós, o cérebro para o Google e internet, as relações pessoais para o facebook, MSN, sms, whatApps, e até a fé. Terceirizamos até a fé e sabe para onde? Para a psicanálise. Qualquer instabilidade emocional corremos para a terapia. Não que eu seja contra, ao contrário, ao contrário mesmo. Mas, fé é algo além de nós, maior que nós, que estamos deixando de lado e substituindo, por resultados pontuais e rápidos. Terceirizamos também o amor pelos “deliverys”, pelas intensas e rápidas histórias, pelo viver tudo loucamente e numa noite só. E paradoxalmente, por mais lúdico, prático e fácil, com acessibilidade, informação, e milhões de aplicativos interativos, nos sentimos cada vez mais vazios e sós.
E por que isso? Ficamos mais superficiais?
Acho que não e sim ao mesmo tempo. Na verdade a vida tem nos obrigado a olhar ou viver as coisas de forma mais abrangente e com menos profundidade. E nessa abrangência, um tanto quanto individualista, ou situacional, nos perdemos no conceito: quero, devo, posso.
Quero, devo e posso ver meus filhos crescerem e participar de sua criação, educação mais ativamente? Quero, devo e posso, guardar de cabeça os telefones das pessoas que eu gosto, ir até os lugares e descobri-los; e ter minha própria e natural opinião, sem pesquisar todos os detalhes e resultados pela internet? Ou aprender os caminhos independentemente de ter GPS? Quero, devo e posso, encontrar com as pessoas que são importantes para mim para papos “olho no olho”, viver aqueles momentos que a gente nunca esquece, e deixar de lado a vida daqueles “1.458” amigos que se quer sei o nome direto, mas ta lá no meu facebook? Quero, devo, posso simplesmente acreditar na fé, em algo maior e conversar com Deus, entrar em contato comigo mesmo - sabendo e acreditando que as respostas vêm através de fatos e dos sentimentos; sem correr para um analista, terapeuta, psicólogo, psiquiatra que por alguns muitos reais vai te trazer essa paz momentânea que tanto precisamos? Quero, devo e posso, me abrir para viver um amor com todos as coisas boas e ruins que ele sempre vai nos trazer?  
Terceirizar não é o problema, quem vive hoje sem babá, sem internet e todos os seus aplicativos, sem um bom terapeuta para nos ajudar a entender essa vida louca que somos obrigados a viver, e sem umazinha de vez em quando? O problema não esta na terceirização, mas na dose que estamos fazendo isso. E muitas vezes transformamos o que poderia ser o remédio em veneno, felicidade em insatisfação, praticidade em culpa, modernidade em vazio.
Não tem jeito, para uma vida dosada e feliz é necessário dedicação, paciência, auto análise, investimento e a cima de tudo, de escolhas, alguns “abrir mão”. A vida é cheia de vazios que podemos preencher com um pouco mais de verdade. De verdade do que somos e queremos – e essa resposta só você sabe. E se não sabe, que tal descobrir?