Que somos donos de nossas histórias parece uma observação meio óbvia. Porém, nem sempre é. Muitas vezes esquecemos que nossas histórias são nossas e outras, queremos ser coadjuvantes nelas, ou até transferi-las para terceiros. Nossa! Quantas vezes quis transferir algumas histórias para “alguéns”, ou “ninguéns”, só para não ter que viver todos os sentimentos possíveis e “sentíveis” de uma bela, ou não história.
Que as histórias tem início, meio e fim, também parece uma observação meio óbvia. Porém, mais uma vez, nem sempre é. Triste ou não, cada um deve viver o tempo da sua história. E os donos desse tempo acreditem ou não, também somos nós.
As histórias mal resolvidas são aquelas que não conseguimos encerrar. Às vezes até encerramos na prática, mas a prática dentro de nós é uma logística bem diferente, não é mesmo?
Às vezes vivemos histórias curtas, mas que ficam vivas dentro de nós por meses, anos e até uma vida inteira. Outras, vivemos histórias longas que quando acabam são esquecidas com uma facilidade impressionante, nos fazendo até questionar se realmente vivemos aquilo, ou como vivemos aquilo por tanto tempo. Tem também as histórias que queremos matar, custe o que custar, pois não nos fazem bem. E tem aquelas que vamos levar a vida toda administrando, simplesmente por nos fazerem sorrir por ainda estarem vivas.
A gente é muito doido mesmo! Por isso relaxe, muitas vezes chegaremos à conclusão que ainda não podemos chegar à conclusão alguma; logo, seguimos ruminando.
O importante é tentar entender como a gente funciona e o que nós precisamos descobrir naquela história e desculpe o linguajar, “foda-se” o que os outros vão pesar. É ele quem esta vivendo a sua história? Com base na “donisse” de nossas histórias, fazemos delas o que quisermos. Só não vale pecar na dose e se arrepender depois. Até no emocional devemos pesar os ônus e bônus de algumas vivências.
Outro dia estava escutando a história de um casal que namora há mais de dez anos. Eles casam esse ano e o comentário default de quem os conhece, são os mil motivos pelos quais eles não devem se casar, pois é obvio que esse casamento não dará certo. De repente é obvio mesmo, mas, será que eles não devem se casar? Se as partes tem a capacidade de se retirar e seguir, de repente não deveriam mesmo casar. Mas, se não. Eles passaram dez anos se preparando para viver isso, com mil sonhos e ilusões. Essa história é deles e talvez tenham que viver até o “não dar certo” para cada um seguir com sua própria vida, e conseguir viver novas histórias. Podemos até, ser surpreendidos ao ver que o casamento deu certo. Vai saber? Só com o tempo e vivendo.
Por isso, faça o que achar que deve fazer para cada história. Descubra as perguntas que você precisa responder a você sobre aquela história. Resolva o que precisa resolver, pois só nós sabemos o que precisamos viver para seguir seguindo. Afinal quem é o dono da história?