Movimentar é preciso, já dizia a minha mãe. Fazer “marola” é sempre bom, renova as energias e faz as coisas ao nosso redor acontecerem. Às vezes nos mantemos tão engessados em nossas rotinas, vidas e conhecido - que esquecemos de fazer a “roda da vida” girar. Sabe aquela coisa de abrir a janela só para deixar o sol e ar entrarem? Então, em nossas vidas também é preciso fazer isso.
Vocês podem achar que não, mas mofamos por dentro, e geramos um cupim-sentimental que nos corrói sem que percebamos, justamente pela falta de movimento e ações que repelem esses seres que se alimentam desses ambientes quase mortos e inertes.
Na linha do movimento, esbarramos no acaso, ou pseudo acaso.
A palavra “acaso” vem do latim (a casu, sem causa) e é algo que surge ou acontece a esmo, sem motivo ou explicação aparente. Possui três sentidos diferentes, que dependem do sentido que se dá à palavra causa:
O primeiro deles é algo que acontece sem finalidade ou sem objetivo – se opondo assim a teologia. O segundo, é algo que acontece sem ser conseqüência de algo passado, efeito que não se explica por uma determinação precedente – se opondo assim ao pré-determinismo. E no terceiro caso, é algo que acontece sem ser explicado por alguma relação com outra coisa, ou seja, sem qualquer determinação – se opondo assim ao determinismo. Logo, o acaso em um sentido pode não ser considerado acaso, em outro.
Interessante ir buscar na filosofia explicações de situações do cotidiano.
Por exemplo, estou escrevendo esse texto e o computador pifa. Pode ser considerado acaso no sentido da máquina quebrar, pois aparentemente não fiz nada de diferente do que faço todos os dias na utilização dela. Ao mesmo tempo, ela pode ter pifado devido a um desgaste de uma má utilização, ou qualquer outro motivo acumulado.
O acaso pode ter um sentindo mais subjetivista, atribuído à imprevisibilidade. Ou uma visão mais objetivista atribuído a misturas de interseções causais, digamos assim. E, até mesmo pode ser atribuído a uma insuficiência de probabilidades.
Se passo todos os dias em frente uma loja e num deles o dono da loja vem falar comigo, não é casualidade, mas sim conseqüência dessas interseções casuais que me fizeram ser notada. Mas, se vou fazer uma ponte aérea não programada e alguém interessante senta ao meu lado e dali nasce uma história, ou oportunidade de trabalho, aí sim é uma casualidade – bem aproveitada. Na verdade diria que nesse caso é sorte mesmo, pois se fosse uma velha chata, logo pegaria o Ipod, impossibilitando qualquer interação. E nessa não interação deixo de saber, que a velha chata é avó de um cara muito interessante que estudei, mas não vejo há anos e que esta super bem sucedido.
De qualquer forma, vale pensar nesse casamento de movimento, casualidade e sorte. Quando iniciamos ações como estas muitas coisas começam a acontecer – em efeito “cascata”. Mas, cuidado - os movimentos dependendo de como conduzidos, podem ser tanto para o bem, quanto para o mal.
Por isso, movimente-se! Deixe a preguiça de lado e comece a circular as energias ao seu redor. Abra suas janelas e deixe a borboleta entrar.
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