Viajar é literalmente uma delícia, não há descrição melhor. Uma delícia de sabores, novidades, oportunidades, histórias, encontros, sensações, emoções, degustações... uma caixinha de surpresa, capaz de tirar você de seu mundinho habitual, rotinal e muitas vezes sacal, para um novo mundo desconhecido ou novamente conhecido. Viajar é sempre, sempre uma novidade... por mais que você conheça o lugar, nunca é igual, pois estamos diferentes, temos objetivos, amigos, amores diferentes, trabalho, passeio, época do ano, nunca é igual... cada experiência pode ser importantemente ou insignificantemente melhor, pior - ou simplesmente diferente.
Felizes são aqueles capazes de beber até a última gota a vivência da emoção de uma bela viagem. Eu costumo ficar que nem criança quando vai ganhar brinquedo novo. Estudo, pego dicas, mapas, guia, entendo a cultura, clima... me teletransporto mentalmente para o lugar de destino e me preparo emocionalmente para vivenciar da melhor forma possível o que os lugares e pessoas podem me oferecer e trocar. Nada melhor que vivenciar essa aquarela de cores, cultura, sabores, conversas com gente local, comida típica, ter muita história para contar e poder colocar na estante ou na geladeira os suvenirs de seu próprio caminho já percorrido.
Volto de cada viagem sempre mais evoluída como ser humano, mais feliz e oxigenada de vida, cheia de inspiração, tesão e motivação. O mundo é um infinito de coisas e seria eu uma anta em colocar nele um mata-burro. Por mais que em uma viagem dê tudo errado, tudo certo! São histórias, experiências de uma história e que seria de nossa história sem nossas alegres e tristes pontuais histórias? A linha reta de uma sobrevivível rotina previsível? Que inapetência!
Sair rumo a uma viagem de férias, é se presentear com o privilégio de apertar por alguns dias o botão do “eject” da sua própria vida, deixando a “mesmisse”, “rotinisse”, “chatisse” que tanto reclamamos, mas que também tanto amamos e não conseguiríamos viver sem, de lado, rumo a essência deliciosa da diversão e relaxamento mental. Eu poderia fechar os olhos agora e deixar sentir através do meu corpo, descendo pela nuca, os sabores, a forma, a emoção, experiência e sensação de cada viagem que fiz até abrir aquele saudoso sorriso de lembranças que sempre serão singularmente minhas.
A dose certa de uma viagem é aquela que ficamos com o “gostinho de quero mais”, mas também com aquele sorriso de canto de boca alegre em saber que se está voltando para casa e para sua vidinha percebidamente também deliciosa.
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