domingo, 18 de novembro de 2007

ENCONTROS E DESENCONTROS

A vida às vezes brinca de pique e pega e faz dos encontros a arte dos desencontros. Quando achamos que encontramos a pessoa certa, nos perdemos e muitas vezes perdemos o outro, ou quando nos achamos, deixamos o outro ir para se encontrar.
Será que a história sempre será, “João que amava Maria, que amava José, que amava Joana, mas que amava João??” Os encontros e desencontros, estão aí por todas as ruas e prateleiras, nas vitrines, nos livros, nas novelas... na multidão. Os momentos não são que nem a física, mas muitas vezes podem ser exatos. Os erros muitas vezes podem ser acertos e nem sempre os fatos falam por si. Mas, muitas vezes palavras são apenas palavras, palavras apenas, palavras pequenas.... os encontros eles acontecem quando existe genuinidade, quando o querer é maior que o bem querer.
Encontrar requer coragem, requer escolher, se abrir para o novo, mergulhar no desconhecido, sorrir o sorriso do outro. Dizem que quem procura acha, mas depois que acham, são poucos os que sabem cuidar do que acharam. Por isso, às vezes é mais fácil e cômodo ficarmos com as lamentações dos desencontros e nos contentarmos com os produtos prateleiras... eles são práticos, descartáveis e não deixam marcas. Enquanto isso, nossas almas ficam vazias e os sonhos viram apenas sonhos. Pessoas vazias com sentimentos vazios, esperando muito pouco do outro e da vida. Por que não podemos mudar o ditado para: “João que amava Maria, se apaixonou por Joana, Maria esqueceu José e se encantou por Pedro e José resolveu se amar, pois descobriu que não se pode amar ninguém antes de amar a si próprio.”

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