Adoro ditados populares, não pelo seu
clichê, mas por suas verdades simplista. Não tem como negarmos que a pressa é
inimiga da perfeição, e que o feito é sempre melhor que o perfeito. Assim como
água mole em pedra dura, tanto bate até que fura, e que há males que vem para
bem. Deus ajuda a quem cedo madruga, e que de grão em. grão a galinha enche o
papo. Se aqui não é a casa da mãe Joana, então cada macaco no seu galho.
Verdades populares maravilhosas que trazem
memórias do dia a dia que comprovam tais verdades. Viver nos proporciona
experimentar vivências capazes de nos levar à essência das coisas, de nós. Só
quem vive o fracasso, descobre como chegar ao sucesso. Só quem vive a si chega às
respostas de grandes questionamentos internos. O ponto é que não podemos
interromper o processo, desistir na primeira fase, afinal se não está tudo bem,
é porque ainda não terminou, porque tudo acaba bem, e o tempo, sempre é o
senhor das respostas.
O problema é que muitas vezes: mente
vazia, é oficina do diabo. Colocamos tantas caraminholas e desistências em
nossas mentes que contradizem que a fé é a última que morre. Morremos,
desistimos, e nos boicotamos antes de acreditar de que tudo podemos, e o que é seu
será.
Não tenho dúvidas que muitas coisas estão em
nossos destinos e que nossas escolhas, vivências e experiências nos preparam
para o famoso: era para ser, até quando não é.
Nesses tempos modernos, o certo ou errado,
ficou muito relativo. Hoje o certo é o que te faz feliz, mesmo não fazendo o menor
sentido para inúmeras pessoas, ou até aos ditados. Hoje, literalmente a unanimidade
é burra, o que vale é a diversidade. Águas passadas não movem moinhos, e a vida
é agora. Devagar, não mais chegamos longe, chegamos tarde, porque a vida urge
com muita urgência; e já foi o tempo que podíamos deixar para amanhã o que deve
ser feito hoje.
Adoro os ditados populares, mas muitos
perderão, ou já perderam o sentido, abrindo espaço para novos serem criados. E assim
como os ditados precisamos abrir espaço em nós para novas coisas serem criadas
e desapegar do que perdeu sentido.