Toda organização possui uma cultura, umas mais tradicionais,
outras mais dinâmicas e flexíveis. Assim como as organizações os colaboradores
também possuem comportamentos que vão em linha ou não com a cultura da
organização. E nem sempre só permanece quem se encaixa. O que mais vejo por aí
são desencaixes.
Parece que as empresas possuem alguns personagens
padrão. Que se repetem em qualquer
empresa que se vá.
No mercado falamos muito em Decisor (quem decide),
Influenciador (aquele que influencia o Decisor) e o Entusiasta (aquele que traz
novidades e promove certos temas na empresa na tentativa de chegar ao Decisor).
Esses perfis são muito observados para desenvolvimento de
novos negócios, e entendê-los bem, ajuda e muito na montagem de estratégias
para realizar – novos negócios. Porém, falando de comportamento e posturas profissionais;
me admira muito em tempos de crise ainda encontrarmos funcionários deitados em
berço esplêndido achando que se ficar lá boiando, apenas batendo ponto, seu
emprego estará garantido. Em todos os lugares que trabalhei, encontrei “Horácios”,
os famosos braços curtos - que fazem o mínimo, só para não falarem que não
fizeram. Aqueles “Deixa que eu deixo”, que só encaminham demandas na esperança
de que alguém, que não seja ele a faça. Os “artistas” aqueles que precisam de
palco que registram tudo por email copiando metade da empresa – o público. Os “Pé
na porta” que chegam chegando, no estilo justiceiro para conseguir realizar
algo em pró da organização. Normalmente
os “Pé na porta” batem de frente com os “Horácios”. Tem aqueles também, no
estilo “Poderoso Chefão”, que usam da hierarquia, poder, grito e influência
para se beneficiarem, ou darem ordens. E os “Carteiradas”, que usam o nome de
superiores como forma de intimidar os demais colaboradores.
Poderia ficar aqui detalhando mil outros tipos comuns de
pessoas cruzando com culturas organizacionais, desde as com metodologias ágeis,
as mais replicadas hoje em dia - com um perfil mais criativo e informal como
Google, facebook e outras, como as sem metodologias ou até as aristocráticas.
O ponto não é a cultura da empresa ou das pessoas. A postura
profissional está muito ligada ao significado pessoal que a profissão, ofício,
ou o que se exerce tem para cada um. Se não vemos valor no que fazemos, assim
nos posicionamos.
Como está a sua relação com a sua profissão, ofício, ou o que
exerce? Que significado isso tem para você?
Se hoje você saísse de seu trabalho se reinventaria
facilmente? Se recolocaria na mesma posição, ou melhor? Se a resposta é sim,
bom para você. E mesmo assim, sabemos que na prática nem sempre o que parece é,
fora que existe também o fator sorte e mercado. Porém se a resposta é não,
sugiro ficar no mínimo incomodado.
A empregabilidade é essencial na sustentabilidade
profissional. Manter-se ativo, aprendendo, estudando, se aperfeiçoando, e se
relacionando no mercado é lei de
sobrevivência e crescimento.
Porém, muitos preferem o silêncio às palavras, outros as
palavras à ação e alguns À ação ao tédio.
Qual o seu tipo?