terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Avalanche Feminina

Confesso que resisti escrever sobre este assunto mesmo sendo solicitada em pauta pelas as amigas. Enquanto os amigos gerenciam a overdose feminina, agendas, ligações, nomes e conta bancária. As amigas gerenciam os bolos, os sumiços, as trocas, as incoerências, o chocolate, a terapia, a noitada e o cartão de crédito. Enquanto eles se escondem, desmarcam ou saem do facebook; elas postam fotos lindas sorrindo, se marcam em festas badaladas de uma vida independente e frases de felicidade. Elas reclamam da falta deles e muitas vezes os nivelam por cima, e eles reclamam da qualidade delas e na maioria as nivelam por baixo. Enquanto eles as encaram como oportunidade, elas os encaram como possibilidade. E assim seguimos nesse balanço, nada inversamente proporcional. 
Será que temos uma avalanche feminina, devido ao crescente e cada vez mais jovem mercado homossexual masculino, ou será que temos mulheres independentes cada vez mais exigentes e homens cada vez menos interessantes e super valorizados? 
Do lado de cá, posso falar que nitidamente vejo uma avalanche feminina, mulheres independentes cada vez mais exigentes, muito homossexual e homens desinteressantes. Onde os homens interessantes foram parar? Uhmmm. Os interessantes já se casaram com outras mulheres interessantes, ou não, e estão lá no Parque da Mônica. Os que ainda não se casaram, e tem um pouco de bom senso, gerenciam um caderninho repleto de opções onde uma delas pode ser você e outros se acham tão interessantes que é melhor nem competir com eles mesmos. Aí aquele gordo, careca, que ainda esta pensando se faz um curso de inglês, concurso, se sai da casa da mãe, ou aprende a fritar um ovo, te chama para sair e ainda pede para você busca-lo em casa, pois esta sem carro e para pagar a conta, afinal você ganha muito mais que ele. Motel? Para quê? Moramos todas sozinhas!  
Há estatísticas que comprovam que a impressão das mulheres sobre a falta de homens é equivocada. De acordo com o psicólogo Ailton Amélio da Silva, do Centro de Estudos sobre Sexualidade da Universidade de São Paulo, sobram homens na praça – e as mulheres que estão exigentes demais. Sua tese é corroborada por dados coletados em levantamentos oficiais do país. Apesar de os números absolutos indicarem a existência de um superávit de 3,5% de mulheres no país, há quase 330 000 homens disponíveis no mercado amoroso brasileiro. A pesquisa, coordenada por Silva, é curiosíssima, pois cruzando dados do censo com os da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados de São Paulo (Seade), o psicólogo descobriu a diferença. "Tirando o número de viúvos e viúvas do total de homens e mulheres, chegamos à conclusão de que existiam mais homens disponíveis que mulheres", explica. O que acontece é que os homens se casam em geral aos 27 anos. E preferem como parceiras mulheres na faixa dos 24. Resultado: sobram mulheres na casa dos 30 anos. 
Péssima notícia para nós - as balzaquianas, não é mesmo? Porém, fundamenta a explicação em relação à qualidade restante apresentada acima. 
De qualquer forma, uma coisa é fato. No jogo do amor, por mais que você ache que o seu é “resta um” ou “sobraram todas”, não existem regras e quando bate, bate – não tem jeito. Você pode estar sem maquiagem, bêbada, com feijão no dente, ter dado de primeira ou vomitado no banheiro; que quando é para ser é atemporal, sem grandes explicações. E no mundo moderno, tanto ele ou ela, pode-se viver grandes amores numa vida só em várias épocas ou décadas.  
Por isso relaxe! Saia do sofá, nada de se lamentar e reclamar que falta isso ou aquilo, pois o que não pode faltar, é auto-estima para ele ou para ela, pois uma hora vai! Sejamos apenas coerentes com o que queremos; nem que seja por uma noite. Afinal, muitos primeiros encontros hoje já são encontros de despedida. 
Mas, minha amiga se você esta na faixa dos 25 aos 35 anos sem muitas perspectivas concretas, vai aqui uma dica: foque em ser da casta “Sarahs”, uma sigla conhecidíssima na Europa que significa "Solteira, Rica e Feliz" - mulheres bem-sucedidas, que viajam bastante, saem para jantar em bons restaurantes, compram roupas de grife e se divertem com a turma de amigas. E só se valer muito a pena, muito mesmo, se envolvem com alguém. Nada mal né? Ou você prefere ficar com aquele careca gordo no sofá de chinelo Rider?

2 comentários:

Anônimo disse...

Nêga, tire essa idéia de achar alguém e fique tranquila com o que você é.
Depois, tudo se resolve.

Anônimo disse...

" Enquanto os amigos gerenciam a overdose feminina, agendas, ligações, nomes e conta bancária."
De onde você tirou isso? Estão se vendendo bem para você